Um recomeço não muito bom.

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-Delphine-

"Não achei que um recomeço simples na minha carreira seria tão difícil e doloroso como este."

•Sem informação de hora•

Finalmente minha vida iria continuar depois de uma pausa dolorosa do mundo do quanto gostava.

O mundo do crime.

Tive que me virar nestes últimos dias, Ashtray foi a uma viagem a "trabalho" e só volta amanhã, já a Rue está chapada demais pra vir me ver.

Mas até que foi bom por um lado, consegui e tentei fazer coisas que não conseguia, mas por outro, foi mais doloroso do que eu pensava.

Alguns machucados ja tinham se curado, já uns 3 iam ficar aqui por um bom tempo.

Continuava tampando minha barriga, aquelas letras me torturavam todo santo dia.

Não deixava mais ninguém fazer o curativo da barriga, a minha vergonha por algo não feito por mim me fazia delirar.

Decidi como disse, finalmente voltar a trabalhar, liguei meu celular do qual não ligava a um bom tempo, avistando mais de 2000 mensagens, como ameaças, dinheiro a mais, homens delirando, coisas de sempre.

Abri minha agenda novamente e no primeiro segundo recebendo milhões de mensagens.

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•14:37PM•

Suspirei me levantando calmamente da cama, indo em direção a porta pra ir ao laboratório.

Ligo aos meus capangas pra avisarem sobre o meu retorno, fazendo os mesmos correrem pra vir pra minha casa.

Me posicionei na cadeira do laboratório preparando todos os pacotes que eu havia marcado pra hoje.

A minha mão borbulhava de tanto produtivo e de tantos pacotes que estava fazendo, mesmo com luvas.

O meu cansaço da recuperação havia voltado lentamente com aquele todo trabalho prático em disposição, mas revelei pelo fato do dinheiro.

Os meus capangas chegaram finalmente me ajudando com o desespero da hora e do momento.

Finalmente o primeiro cliente chegou, vindo o outro, até o outro, e mais um, e outro....

Tive mais de 10 cliente hoje, vindo finalmente o último.

Como era um cliente fiel, os meus capangas foram embora ajudar meu irmão a trazer às mercadorias.

Ouvi a campainha tocar, avistando o homem.

E a droga? - O homem perguntou rapidamente quando abri a porta.

Estendi a mão mostrando pro mesmo a droga, e ele pega.

O homem coloca a mão no bolso puxando um bolo de dinheiro, e contando o mesmo.

Esperava pacientemente o homem contar o dinheiro, quando ele levanta a cabeça e da uma espiada na porta.

Fico atenta e desconfiada, mas logo ele olha pra baixo contando o dinheiro.

Finalmente o homem me deu o dinheiro.

Aonde está os seus capangas? - O homem pergunta e olho desconfiado pro mesmo esperando uma explicação do questionamento.

Lá dentro. - Minto pro mesmo, fazendo ele não acreditar muito.

Posso entrar? - O homem disse apontando pro sofá.

Nem fudendo. - Eu respondo sem medo nenhum.

O homem retira seu sorriso do rosto e entra a força.

Vai embora cara, já te dei o que precisava. - Eu afirmo abrindo mais a porta e avistando ele olhando atentamente a casa.

O mesmo se senta no sofá ignorando o meu pedido de saída.

Seguro a minha arma que estava no meu bolso,  andando em sua direção.

Nem pense em usar essa arma comigo, não será necessário. - O homem diz sem nenhum remorso.

Não será necessário se você for embora. - Eu digo chegando mas perto.

Aponto a arma pra sua cabeça perto da mesma, quando rapidamente ele segura o meu braço, jogando pro lado e socou o meu nariz.

Sinto sair um liquido do mesmo, chegando na minha boca, sentindo um gosto de metal em minha boca.

Vou pra cima dele dando golpes no seu rosto, avistando aquele sangue percorrer meu corpo e pingar no homem.

Sentia o meu abdómen burbulhar e doer como nunca tinha sentido.

Finalmente consegui pegar a arma do qual ele teria jogado pro lado, e apontei pra cabeça dele, em cima do mesmo.

Que porra você quer? - Digo gritando na sua cara com a maior bruteza que ja teria visto de mim.

O mesmo ri rapidamente me dando um soco na barriga e fugindo pela porta aberta.

Sinto a pior dor que ja senti em toda minha barriga.

Sentada no meio da sala, na frente da porta,  me inclinava e me contorcia com a mão no machucado, chorava de gritar com a dor no meu corpo, ficando ali.

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La Hermosa - AshtrayOnde histórias criam vida. Descubra agora