2ª e dolorosa recuperação.

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-Delphine-

"A alma se acalma com a recuperação já a minha alma se acalma com ele"

•17:38PM•

O garoto me abraça com a maior força que eu já teria visto, de um menino tão novo como o tal.

Eu finalmente me senti um pouco melhor, o seu abraço que em si estava disposto de cuidar de todos os meus problemas me fez sentir esperança.

Nós vamos resolver isso. - O menino afirmou acariciando levemente minha mandíbula, e eu soltando um sorriso amargo.

Finalmente, depois de muito tempo, senti seus lábios macios e tão esperados tocarem nos meus, senti aquele brilho do qual tanto desejava voltar.

Estava sendo curada por amor.

O beijo era verdadeiro, as suas mãos tocando meus ombros e sua sinceridade com um só toque me fez querer ficar naquele momento por um bom tempo.

Eu insistia no beijo, querendo torna-lo mais intenso, mas percebi que, não era aquele momento.

O mesmo tornou-o mais intenso, mas logo descolou nosso beijo, colocando nossas testas juntas.

O olhar dele era tão esperançoso e preocuposo, que ignorei o fato de que ele estava sendo carinhoso demais.

O mesmo se deitou comigo, fazendo minha cabeça ficar a cima do seu ombro, tornando a cama mais confortável.

Fechei meu olho só sentindo seus dedos se enrolarem nos meus cabelos, e percebendo a energia pensativa do mesmo.

Aquilo por só, aquele momento, abriu-me a porta que tanto precisava pra sair daquela escuridão do qual estava tão indisposta a sair.

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Desde então, o menino vem me visitado muito
mais, trazendo coisas diferentes a cada dia, md ajudando a andar e passear no jardim.

As vezes, ele não falava nada, com sua cara fechada de sempre, não parecia obrigado a fazer favores, mas estava concentrado demais em seus pensamentos pra raciocinar e falar comigo.

O mesmo me dava mais carinho do que o normal, me fazendo perceber que não estava acostumada, e ele não se sentia tão confortável assim.

Com o tempo, com muito tempo, fui me recuperando, com um dia e um passo de cada vez, comecei a falar mais, andar mais, raciocinar mais.

A minha felicidade estava explícita em meus olhos facilmente, fui começando a trabalhar denovo com um tempo, a me vestir e fazer coisas que as pessoas fazem.

O Ashtray  continuava lá, com suas visitas totalmente niveladas e seu ar "carismático" de sempre.

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Estava arrumando a mesa do meu quarto,  com meu cabelo solto, um moletom azul escuro e um short preto colado, quando ouço a porta abrir.

Já sabendo quem é, olhei rapidamente pra porta abrindo mais logo desviei os olhos.

Oi... - Ouço a voz do Ashtray fazendo eco pela casa.

Oi! veio mais cedo! - Digo arrumando cada vez mais rápido a mesa.

O mesmo chega mais perto colocando a surpresa de sempre na mesa.

Olho para aquelas flores simples e cheirosas na minha mesa, fazendo eu olhar pro mesmo com um sorriso sem mostrar os dentes.

Chego perto do mesmo e coloco meus braços ao redor do seu pescoço.

São lindas. - Digo olhando para os seus olhos.

Cala a boca, são só flores. - Ele dizia revirando o olhar, e retirando suas mãos da minha cintura.

Eu dou um leve risinho de lado e colo nossos lábios, o mesmo vai assustado pelo inesperado, mas logo coloca suas mãos em minhas costas, continuando o beijo.

O seu gosto me fazia viciar, seu toque me fazia arrepiar, sua voz me fazia delirar, ele, me fazia amar.

O beijo se tornava mais intenso, suas mãos mais pesadas e seu corpo pesado, fazia minhas mãos rodearem pelo seu rosto, puxando o mesmo.

Depois de um longo beijo e gesto de amor, me afasto do mesmo dando a perceber que ele queria mais.

Senti sua falta. - Eu digo com um leve sorrisinho, segurando sua mão.

Eu vim ontem garota.-  Ele disse indignado.

Não importa, não da pra ser fofo por um minuto? - Eu digo meio sarcástica.

Eu acho que ja fui fofo até demais. - Ele afirma me fazendo pensar do qual era verdade.

Eu ignoro a realidade e me afasto, continuando  a arrumar minha mesa do qual estava uma bagunça.

Logo sinto uma mão rodear minhas cinturas por trás, pelo toque, afirmando que obviamente, era a mão do menino.

Sinto o mesmo me abraçar, sentindo o cheiro dele.

Assim eu não vou conseguir terminar de arrumar a mesa. - Digo com um sorriso enorme em meu rosto, mas disfarçando.

Foda-se. - O mesmo solta me abraçando mais.

Senti saudade disso. - Eu revelo tentando arrumar a mesa do qual não conseguia pelo peso do garoto.

O menino fica em silêncio só me abraçando.

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La Hermosa - AshtrayOnde histórias criam vida. Descubra agora