Não foi um erro.

1.7K 129 17
                                    


-Delphine-

"eu te suporto mais do que suporto meu amor por bebidas alcoólicas."

•18:30PM•

Era um dia irrelevante pra mim, as mesmas coisas idiotas de sempre, arrumar, limpar, vender, ameaçar, essas coisas...

Passando um tempo no laboratório, não podia parar de pensar.

"Foi um erro?"
"Foi um erro?"
"Foi um erro?"
"Foi um erro?"
"Foi um erro?"
"Foi um erro?"
"Foi um erro?"
"Foi um erro?"
"Foi um erro?"
"Foi um erro?"
"Foi um erro?"
"Foi um erro?"
"Foi um erro?"
"Foi um erro?"
"Foi um erro?"
"Foi um erro?"
"Foi um erro?"

A cada segundo que passava, pensava mais sobre isso, e isso me deixa louca.

——————————••••••••••••

Era dia de missão, portanto, só ouvia homens a discutir na sala.

Tentando manter a calma, saio do laboratório e vou a cozinha, pegando um copo de água, olhando pra trás, pra ver o movimento na sala.

Avia meu irmão e um capanga que não me dei o trabalho de decorar o nome, discutindo em forma amigável, mais dois capangas organizando a missão no papel, Fezco tentando agilizar o processo, e o Ashtray... Parado em um canto só observando o movimento, quando ele percebe minha presença, olha pra mim, e logo que ele me olha, me viro indo ao laboratório.

Depois de um tempo, paro de ouvir os homens, dando a perceber que saíram pra botar o seu plano em prática.

Paz.

Organizando as coisas no laboratório, limpando e marcando entregas, sinto o silêncio tomar conta da casa, e só ficar a confusão da minha mente.

———-————————•••••••••••

•23:41PM•

Era tarde, e eu já estava a espera dos meninos na sala, sendo sincera, um bocado preocupada pela demora do grupo.

A minha espera impacientemente retirava o silêncio da casa e adicionava pés tremendo, esperando que algo errado tinha acontecido.

Quando menos espero, entra o grupo, e logo me levanto com a esperança de ajudar.

Logo meu irmão entra, intacto como sempre, Fezco com alguns machucados, mas nada demais, ja os capangas totalmente feridos, Fezco e meu irmão colocavam eles deitados no sofá, pra cuidar, e Ashtray por ultimo aparece, com alguns machucados no rosto, percebendo que terei que cuidar do mesmo, não preciso falar nada, e o menino me segue até o meu quarto.

Abro a porta do meu quarto, fazendo o menino entrar no mesmo, sentando-se na cama a espera que eu pegasse os curativos.
Sento-me a frente do mesmo, abrindo a caixa, e cuidando dos machucados.
Nesses tempos, percebia os seus olhares revezarem pelos meus olhos e bocas, recebendo leves gemidos de dor.
Evitava contato visual o máximo possível.
Terminado o ato, fecho a caixa.

Pronto. - digo a o menino.

Ele se levanta e vai ate a porta, abrindo a mesma, mas parando na frente da porta, diz:

Não foi um erro.

Ahn? - digo virando a cabeça pra olha-lo.

Ele se vira rapidamente e corre até mim, segurando rapidamente o meu rosto e colocando nossos lábios juntos.

Um beijo!

Ainda sentada, abracei a cintura dele, sentindo nossos lábios se tocarem, a quentura do seu corpo percorrer pelo meus, sua respiração ofegante, os lábios deles me guiavam, ele estava no controle.
Seu polegar fazia carinho no meu rosto, e eu abraçava mais forte ele, fazendo ele se inclinar mais ainda pra me beijar, e eu levantar mais a cabeça.
Depois de uma sessão de beijos e sensações inexplicáveis, nossos lábios se distanciam pela falta de ar dos ambos, fazendo nossas testas se tocarem, e o polegar do menino fazendo carinho em meu rosto.

Por que? - Pergunto ainda com nossas testas a se tocarem.

Por que você é a única que eu quero e consigo suportar. - Fala ele retirando nossas testas juntas, se virando e abrindo a porta.

Um beijo!

———————————••••••••••

La Hermosa - AshtrayOnde histórias criam vida. Descubra agora