A conversa.

1.2K 84 3
                                    


-Delphine-

"Nunca imaginei que teria uma conversa assim com ele."

•3:56AM•

Ei, precisamos conversar. - Ashtray dizia se sentando na cama dele do qual eu estava deitada.

Pode ser depois, to cansada. - Dizia resmungando me virando pro lado.

Delphine, levanta dai e vem conversar comigo. - Ele manda ainda sentado.

Resmunguei e me levantei rapidamente sentando na cama, esperando ele falar e eu ouvir atentamente.

Fala... - Digo depois do mesmo ficar em silêncio.

Foi mal por não ter falado depois de voltarmos. - Ele afirma dando uma pausa. - Eu fiquei chateado que você quis voltar.

Ash... - Digo pondo uma mão nas costas dele.

Achei que eu não fosse bom o suficiente pra fugirmos juntos, e eu tava gostando. - Ele desabafa olhando pra baixo.

Depois do mesmo reconhecer a melosidade daquela conversa.

Então NUNCA MAIS peça pra eu fazer alguma coisa que depois possa se arrepender. - Ele cita em um tom grosseiro.

Ignoro a idiotice do mesmo, e dou um leve sorriso reconfortante, abraçando o mesmo.

Depois de segundos ele retribuiu, e vamos dormir.

Eu me aconchego em um lado da cama, e nele outro, logo coloco minha cabeça no peito do menino, fazendo seus braços por baixo de mim tocarem nos meus cabelos, enrolando os dedos no meu cabelo, já o meu outro braço ficava ao redor dele, fazendo o abraçar, e as minhas pernas por cima do mesmo.

Era um momento perfeito, sentia falta daquele aconchego com o menino que eu gosto, eu sentia falta dele.

—————————•••••••••••••

•12:38AM•

Já era tarde, devido o acontecimento da noite anterior ficamos tão exaustos que dormimos ate demais.

Acordei com o meu amante na cama, estávamos de conchinha, e eu sendo a conchinha menor.

Me remexi um pouco fazendo o meu amante se mexer, acordando levemente.

Aonde você vai? - Pergunta o menino com os olhos fechados e com uma voz rouca e sonolenta.

Ver se está tudo bem com a Rue. - Afirmo me sentando na cama prestes a sair.

Fica. - O mesmo afirma me puxando pra cama, fazendo eu deitar em cima dele.

Me dei por vencido e finalmente parei de lutar, sentindo nossos corpos quentes se tocarem, o seu abdómen definido em meu peito, fazendo eu sentir cada músculo.

O menino abraçava a minha cintura a cada mínimo movimento, pra eu não sair.

—————————•••••••••••••

•13:47PM•

Passou-se um tempo, e o menino acordou, eu por um lado ainda dormindo, ele se levanta e coloca a sua camisa saindo do quarto.

Logo quando ele bateu a porta acabei por acordar com o barulho, me fazendo me questionar onde estava o menino.

Me levantei coçando os olhos e abri a porta, me deparando com a Rue deitada no sofá super espaçosa e o mesmo na cozinha fazendo alguma coisa.

Então quer dizer que você pede pra eu ficar e depois vai embora? - Digo me aproximando da cozinha com uma voz sarcástica.

Estava sem sono, não enche. - Ele diz virado para a bancada.

Dou um leve risinho e subo na mesma, fazendo observar o menino.

O menino ia para um lado e para o outro, ainda sem saber o que ele estava a fazer, e o mesmo nem ligando pra sua presença.

O que você quer? - O menino perguntou me vendo sentada na bancada.

Nada, não posso te apreciar? - Eu disse com uma voz sarcástica e com um leve sorriso no rosto.

Não. - Ele respondeu me olhando e olhando de volta para qualquer coisa que ele fazia.

Fiquei em silêncio vendo o menino andar de um lado para o outro, esperando a atenção do mesmo.

O menino ignorava totalmente a minha existência.

Tentando ter a atenção do mesmo, tossia e me mexia.

Sem nenhum sinal de vida do menino, cansei e me desci da bancada, indo pra o quarto.

Aonde você vai? - O menino perguntou se virando.

Quarto. - Digo parando pra responder o mesmo.

Fica. - O menino diz meio envergonhado.

Pra você não me dar atenção? - Respondo o mesmo.

Ele chega perto de mim e me pega no colo, me colocando na bancada, me segurando pela cintura logo em seguida.

Coloco os meus braços no pescoço do mesmo, e empurrando um pouco pra ele chegar mais perto.

Ele finalmente toca os lábios dele no meu lentamente, prensando minha cintura.

O menino ficava entre minhas pernas manipulando meus lábios lentamente.

Ele sempre ta no controle.

Ei mano, sem pegação na cozinha. - Diz o Fezco a observar, e rapidamente nos afastamos.

—————————•••••••••••••••

La Hermosa - AshtrayOnde histórias criam vida. Descubra agora