Esforços da realidade.

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-Ashtray-

"Pensei que teria palavras o suficiente."

•22:12PM•

Avistava a menina ser levada no colo pelo seu irmão, o momento parecia estar passando em câmera lenta.

Eu não acreditava nisso tudo, não parecia real.

Ver a minha amada naquele estado, as mãos delas brancas, o seu rosto relaxado, o seu corpo cortado.

Eu não queria que fosse real.

Ela foi colocada no carro do irmão, com o maior cuidado do mundo.

Demos partida no carro, obtendo um alívio constante em nossos corpos.

O sentimento de que ela estava segura, me fez reviver denovo.

Mas vai ser uma longa trajetória.

Aquela noite estrelada e cinzenta, me fazia pensar no que eu poderia fazer por ela.

Mas me veio a lembrança.

O irmão da menina não deixa-nos ficarmos juntos, eu vou ter que resolver isso.

Eu tenho que resolver isso.

O caminho da casa do irmão da garota parecia ficar cada vez mais longe, A minha ansiedade de ver minha amada de perto fazia o tempo virar horas.

As horas irónicas finalmente acabaram quanto eu avistei a pequena casa amarela suburbana dos irmãos, me fazendo ficar mais ansioso.

Estacionamos na frente da casa do mesmo, e o irmão levando a mesma pro quarto.

O irmão logo desce fazendo-nos ficarmos em silêncio.

Ela está a salvo, obrigada pela ajuda, garanto que todos serão recompensados. - O irmão afirma.

Todos os capangas finalmente saem da casa só deixando, eu, o irmão, e o Fezco.

Ja podem ir. - O irmão da menina fala se virando.

O que? Não! Nós fomos os que mais ajudamos a encontrar ela, a gente merece ficar! - Eu digo dando um passo pra frente.

Não preciso mais de vocês, já disse que serão recompensados. - O irmão responde ainda virado.

Você não precisa, mas ela sim. - Fezco finalmente contradiz o seu chefe com a calmaria do mesmo.

Nós não fizemos isso pra recompensa Chefe, e sim por que também somos da família. - Eu tentei falar calmo pro mesmo. - Eu fiz isso pra provar ao senhor que eu não sou um merdinha como você acha e que eu mereço ficar ao lado da sua irmã.

A casa fica em silêncio com os pensamentos do irmão vindo a tona.

Ok. - O Chefe responde fazendo-nos suspirarmos de relaxamento.

Posso ver ela? - Eu pergunto apontando pra a escada.

O irmão da um espaço pra eu passar, e vou ao quarto da garota.

Entro calmamente, fechando a porta novamente.

Andava cautelosamente pra não fazer barulho, olhando fixamente a garota.

Finalmente chego na cama da mesma, fazendo sentar-me dando uma leve aprofundada na cama.

Analisei a garota que eu tanto esperava pra ver, do qual eu não reconhecia mais.

A inconsciência da minha amada me fazia querer sacudi-la pra acorda-la.

Toquei seu rosto calmamente pra sentir sua pele, e era fria, não era o sentimento que eu pensava que seria quando tocaria ela denovo.

Me levantei e peguei o kit de socorros.

Retirei o lençol de cima da garota fazendo o corpo da mesma ficar a mostra.

Comecei limpando o sangue do qual era muito, logo após coloquei pomada nos roxos e curativos nos machucados e cortes.

Não retirei em nenhum momento a camisa larga do qual a menina usava, deixei as partes mais íntimas e as barrigas pra quando ela acordar ou se ela preferir fazer.

A ansiedade da inconsciência dela se retirar do qual me fazia querer ficar la com ela ate ela acordar.

Toquei a mão dela, sentindo sua frieza tocar o meu corpo inteiro e arrepiar-lo.

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La Hermosa - AshtrayOnde histórias criam vida. Descubra agora