Ninguém pode dizer que é fácil lidar com Azami, e ela tem plena consciência de que não é uma das pessoas mais delicadas do planeta.
Como escritora profissional, Azami usa suas horas vagas para fazer críticas em relação aos super heróis profissionai...
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QUATRO ANOS DEPOIS
-Não sei se isso é uma boa ideia, Azami. - Atsuko estava me olhando tão alarmada que quase me convenceu do contrário. Quer dizer, a heroína ali era ela, eu era apenas uma mera mortal. Ainda assim, apenas dei a ela um sorriso maldoso enquanto erguia o taser em minhas mãos. Atsuko só pareceu achar ainda mais que aquilo era uma péssima ideia, como se ela sequer confiasse em mim com aquele negócio na mão. Bem, ela não estava exatamente errada por achar que aquilo podia dar errado, mas podia dar errado tanto pra ela quanto pra mim! Não importava que ela fosse a profissional ali! -Azami, se o Shoto descobre que tô me enfiando numa merda dessas e te levando junto, ele pede divórcio. E eu gosto demais do meu casamento!
-Atsuko, não vou te deixar ir sozinha! - falei irritada, arrancando o papel que estava nas mãos dela e apontando para o que estava escrito ali. -Quem diabos ia te chamar pra ir num lugar deserto e abandonado se fosse coisa boa? Você que é a heroína aqui, presta atenção nos sinais! Isso claramente é coisa ruim. - Atsuko esfregou o rosto com força, parecendo estar dividida entre fazer minha mente parar de funcionar pra ela ir sozinha e me deixar ir com ela. Mas eu tive quatro anos praticando como manter ela pra fora, Atsuko gastaria um bom tempo tentando entrar na minha mente agora. Tempo esse que ela nem tinha.
-Exatamente! - Atsuko disse, pegando o papel de volta e me olhando de forma totalmente alarmada. Ela levou uma mão até o cabelo e o bagunçou, fazendo uma careta. -Claro que é coisa ruim! Por isso você não vai! Você é civil, Azami. Não tem treinamento nenhum! - revirei os olhos. Sim, eu sabia que ela estava certa e que Atsuko só me queria longe de problemas. Se eu achasse que estava em um grande perigo, eu seria a primeira a sair correndo, tudo para evitar me enfiar mais uma vez em um situação de quase morte. Mas a questão é que eu sabia que enquanto estivesse com Atsuko, estaria segura.
-Eu tenho um taser. - falei triunfante, mostrando de novo o objeto para ela. Atsuko deu um suspiro e olhou para o céu, como se estivesse se questionando o motivo de ainda sermos amigas, o que quase me fez dar risada. -Ou você me deixa ir, ou vou ligar para o Shoto agora mesmo.
-Isso é apelar, Zaza! - ela reclamou, fazendo cara feia para mim. Eu apenas dei de ombros; cada um tinha que usar as armas que tinha e, com o passar dos anos, descobri que a única que funcionava contra Atsuko, era Shoto. Só falar que ia contar pra ele as coisas claramente erradas que ela fazia que Atsuko já mudava automaticamente, fazendo tudo o que eu queria. Não que eu fosse dizer a ela que jamais iria entregar ela assim para Shoto, mas era engraçado ver ela mudar de ideia completamente só porque não queria ver Shoto minimamente chateado com ela. Chateado, porque se tinha algo que nunca rolava, era Shoto Todoroki ficar bravo com Atsuko. Ele era completamente rendido por essa mulher! Se bem que era bem compreensível, na verdade. Eu também ficava de quatro pra ela, então tanto faz. -Está bem, traidora. Você vem comigo, mas ao primeiro sinal de perigo, você vai sair correndo. Me escutou bem, Azami?
