Once Again - (Angell)

Cabelo azul

POV Daniel

Eu não acredito que eu a vi outra vez!

Vim para Nova Jersey para fazer faculdade com os meus amigos, mas não sabia que iria encontrá-la.

Depois desses anos todos, estou aqui, na mesma casa que ela. E vou ficar durante anos.

Queria ir atrás da Angell quando ela foi lá para fora, mas os nossos amigos iriam estranhar, principalmente o irmão dela.

Nesses dois anos que se passaram, eu voltei para a minha cidade natal, onde fiquei mais preocupado com a Angell e comigo mesmo. Sim, eu tenho a certeza que ela me odeia mais do que odeia brócolis.

Depois de tudo que aconteceu naquele dia infernal, dias se passaram e a Hanna tem se tornado uma pessoa legal, até me apoiou na causa do acidente da Angell.

Depois, Hanna foi querer ter uma coisa a mais comigo. Eu não quis, mas ela insistiu.

E agora vocês me perguntam o porquê de eu ainda estar falando com ela. Simples, ela foi a única pessoa que me deu total força e me apoiou pra caralho.

Agora, ela deu aquela notícia idiota dizendo que nós estamos namorando. É tudo mentira. Eu realmente nem gosto dela.

Mas, na hora eu não disse nada, até porque eu sei que a Angell tem uma relação especial com aquele Chris, então, não ia fazer diferença.

E aqui estou eu, olhando para o teto escuro.

Decidi me levantar, já que o sono não ia com a minha cara ultimamente. Quando ia sair do quarto, ouço a voz da Hanna.

- Volta pra cama, amor - ela diz olhando para mim.

Me irrita tanto quando ela me chama disso.

- Não enche - revirei os olhos e saí do quarto, ignorando-a completamente.

Desço as escadas e escuto o barulho da TV. Olho para a pessoa que está sentada no sofá e encontro a Angell.

Suspiro e caminho até lá, sentando-me no sofá.

- Ainda acordada? - pergunto depois de segundos, tentando afastar o silêncio.

- Está vendo eu de olhos fechados por acaso?

Ela não mudou.

Senti falta da sua voz, apesar de ela ter me respondido desse jeito.

Não respondo e tento arranjar outra frase.

- Senti saudades - assumi. Ela ergueu as sobrancelhas e abaixou-as, como se não estivesse ligando para o que eu acabei de dizer.

- Angell... olha, eu sei o que eu fiz e estou pagando por isso, mas será que podemos conviver com um simples 'bom dia'? Ou 'boa tarde' e 'boa noite'? - questiono novamente e ela olha para mim.

Seus olhos estão mais escuros do que alguma vez eu já vi.

- Você pode me perdoar?

Ela dá uma risada sarcástica e forçada.

- Você acha que é fácil perdoar uma traição? Acha que é fácil esquecer e sermos amigos de uma hora para outra? Traição não se esquece e nem se perdoa, Daniel. O que você fez não se esquece. Foi hoje que eu senti mais nojo de você do que qualquer outra coisa! Você namora com aquela garota depois de tudo que causou! Você não pensou em mim, não pensou no que poderia acontecer naquela noite! - ela se levantou e ficou frente a frente comigo - A pior coisa que existe nesse mundo é a traição. Você dizia que me amava, mas me traiu! - apontou o seu dedo na minha cara. Engoli em seco - Aliás... eu nem sei se podia chamar aquilo de amor. Você nem me visitou quando eu estava em coma - ela disse e eu olhei-a totalmente confuso.