Você só faz porcaria

2.5K 232 48
                                    

Eu já tinha chegado em um bar que estava mais ou menos lotado, então fiquei observando as pessoas bebendo.

Vai beber também.

Não posso. Prometi para o Dani.

Um golinho não vai fazer diferença nenhuma.

Tem razão.

Caminhei até o balcão de bebidas e pedi uma Vodka. Em pouco tempo, a bebida estava na minha frente.

Peguei o copo pequeno e bebi o conteúdo, dentro do mesmo.

A minha garganta ferveu e o gosto ardente ficou na minha boca, provocando uma careta. Olhei para  a garrafa de Vodka mais uma vez.

Não resisti.

Dois copos não vão fazer diferença nenhuma. Não é?

Bebi mais um copo e fiz outra careta. Negócio ardente.

Okay, só mais alguns copos também não vão fazer diferença.

Você bebeu quase a garrafa inteira. Chega.

Não. Quero encher a cara.

Horas depois

Já passou algumas horinhas desde que eu saí de casa e estou bebendo. Os meninos devem estar furiosos comigo, mas o Chris deve estar rezando para que eu morra.

Ele é malvado.

Meus pés já estão cansados de tanto andar. Mas eu ainda quero beber. Mas eu estou com sono. Mas eu quero fazer novos amigos.

Ah, quer saber? Eu vou é ligar pro Dani.

Peguei o meu celular e disquei o número do Daniel atrapalhadamente. Coloquei o celular no ouvido e acompanhei aquele som irritante.

- Alô? - ouço a voz dele, sonolenta. Abro os olhos com o susto e rio.

- Oooooooi, Daaaani - eu disse rindo ainda.

- Angell? Você tem ideia de que horas são? - ele perguntou.

- Hum... acho que não. Não tenho relógio. Ah, pera aê, eu tenho as horas do celular - gargalhei alto e tomei mais uma garrafa de Vodka.

Eu bebi o líquido da garrafa, não a garrafa. Quer dizer, a garrafa não tem líquido. Eu bebi o líquido que tinha dentro da garrafa. AHÁ!

- Você bebeu? - Dani perguntou. Pude imaginá-lo de sobrancelhas franzidas.

- Talvez... - sorri.

- Angell, onde você está? - perguntou outra vez. Ouvi um barulho do outro lado da linha. Parece que a fera se levantou.

- Euu nãããão seeeiiii - digo - Dani... acho que eu estou perdida - gargalhei e bati a garrafa no chão.

- Merda - ouvi ele resmungando. Sorri - Angell, fica aonde você está. Não sai daí - ele disse. Assenti. Espera... que? - Entendeu? Não sai daí - ele me acordou.

- Ah... você vai vir pra cá? Não vem, não! Eu não... - eu ia terminar de falar, mas Daniel desliga o celular - Ah. Filho da puta - arremessei o celular na parede com tudo, que se partiu rapidamente. Arregalei os olhos - Meu celular! - gritei, tentando me levantar. Não deu muito certo. Estiquei o braço e tentei pegar o celular - Não! Meu amor...

Eu comecei a chorar. Meu celulaaaar!

Ugh.

Vou dormir.

E assim o fiz, fechei os olhos e deixei o sono se apoderar de mim

Once Again - (Angell)Onde histórias criam vida. Descubra agora