Sem dança?!

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Na minha frente, estavam Thomas e Carolinne. O que esses dois vieram fazer aqui?

Pergunto o mesmo.

- Quem em sã consciência visita alguém de madrugada? - perguntei apertando o roupão contra o meu corpo.

- Nós! - is dois irmãos disseram em coro, fazendo-me revirar os olhos.

- O que vocês querem, merda? - perguntei.

- Preciso dar uma coisa importante para você e para o Ethan - meu primo disse.

- Porra. Não podiam esperar amanhecer pelo menos? Aposto que não é nada de mais. Voltem quando estiver sol - digo. Quando Carolinne ia dizer algo, fechei a porta e dei um longo suspiro.

Voltei para o meu quarto e me deitei na cama, até esperar o sono vir outra vez.

Horas depois

O relógio dispertava no meu ouvido, causando um mal humor repentino e diário.

Me sentei na cama e fiquei meditando sobre a vida durante uns cinco minutos, até eu me levantar e me despreguiçar. Caminhei até o banheiro e fiz o que toda a menina normal faz. Caso você não seja uma menina normal, procure tratamento. Tirei a roupa e entrei de baixo do chuveiro.

Depois de alguns minutinhos, saí e fui até o meu guarda-roupa, pegando numa calça moletom saruel preta e o meu Vans preto. Coloquei um top preto de alças e prendi o cabelo em um coque rápido e desarrumado.

Paguei a minha bolsa e os meus óculos escuros. Desci as escadas e como já era de se esperar, meus amigos estavam na cozinha tomando café da manhã SEM MIM.

- Quem vocês pensam que são pra comerem sem a sua amiga querida? - perguntei pegando nos ovos e em dois bacons.

- Pessoas talvez - Ethan disse. Lhe mostrei o dedo do meio.

- Ou um unicórnio quem sabe - Naomi disse. Ri.

O casal que eu tanto shippo, olharam um para o outro e riram levemente. Vou fazê-los voltarem a namorar, ah se vou.

- Engraçada - sorri irônica - Cadê os meninos? - perguntei.

- O Lucas tá dormindo, Chris já foi pra faculdade, Giovanni tá se arrumando como o bom gay vaidoso que ele é James está no banheiro e o Dani tá vindo - Henrique respondeu.

- Uau. Resumo impressionante. Pena que eu não ouvi metade do que você disse - murmurei. Henrique resmungou e foi para a sala.

- Você está comendo os meus bacons - Dani disse abrindo uma porta do armário.

- Esses? - perguntei comendo um bacon só pra provocar.

- Esses - ele pegou o bacon da minha mão e pôs perto da boca.

FILHO DA PUTA!

- SE VOCÊ COMER ESSE BACON, EU JURO QUE JOGO ESSA FRIGIDEIRA NA SUA CABEÇA! - ameacei apontando para a frigideira com o ovo fritando no fogão.

- Ah é? Quero ver - Daniel COMEU o bacon e cruzou os braços.

Nunca provoque ou duvide de Angell Green.

Peguei no cabo da panela do fogo e atirei contra o Daniel, com os ovos, bacon, óleo quente e tudo dentro. Dani desviou e a panela passou raspando na cara dele. Sortudo.

- AVE MARIA, ANGELL! NÃO SABE BRINCAR? - Daniel começou a correr em volta do balcão da cozinha, enquanto eu atirava colheres e garfos. Cadê as porras dessas facas quando eu preciso?

Ninguém pega comida da mão de Angell e muito menos come-a! Ninguém!

- Atenção, atenção! Vamos começar a coreografia - Dylan disse.

Sobre a madrugada de hoje, agora que estou pensando no que o Thomas tinha para nos dar. O que será que é? Será que é algum tipo de arma especial?

Ah! Falando em arma, eu preciso encontrar um jeito de fazer a Hanna ir para a nossa casa para fazer o que eu quero fazer.

Ela não pode continuar viva depois de tudo que fez.

Sinto um esbarrão no meu ombro e acordo, olhando para o filho da puta que tinha ousado esbarrar em mim. Vi Alex.

Alex é um otário que gosta de implicar comigo toda hora.

Não comento sobre ele porque nós não nos falamos muito, e porque eu não sou obrigada. Sou? Não sou.

- Você é cego caralho? - perguntei gritando, atraindo olhares na nossa direção.

- Você que deveria prestar atenção com esses seus passos esquisitos, Green - ele atira e eu cerro os olhos.

- Pelo menos eu sei fazer. Diferente de você, que nem punheta deve saber como se faz - cruzei os braços e ri, junto com mais algumas pessoas.

Alex cerrou os olhos e sorriu.

- Eu não preciso saber como se faz punheta. Até porque eu não preciso disso - ele falou num tom de deboche e eu gargalhei.

- Então quer dizer que você não tem pinto? - gargalhei cada vez mais.

- Quer ver? - questionou erguendo as suas sobrancelhas. 

- Quero - cheguei perto dele, peguei nos seus ombros e dei uma joelhada no possível pinto existente ali no meio das pernas dele. Alex berrou e se ajoelhou - Oh, agora está comprovado que o bebezão tem pintinho - fiz um beicinho "fofo" e ele me olhou com dor.

- Sua louca! - gritou e eu ri.

- Angell.

Parei de rir quando eu vi aquela voz brava do Dylan.

Fodeu

- Sim? - olhei para trás e o vi com uma expressão nervosa.

- Diretoria. Agora - ele ordenou e eu bufei.

- Se fodeu, vadia - ouvi Alex dizendo quando me virei. Então parei de andar, olhei lentamente para ele e percebi que Alex gelou.

- Você me chamou de que? - perguntei me aproximando e pegando nos seus cabelos. Sem esperar a resposta do Alex, elevei a minha mão e dei um tapa forte na cara dele, fazendo todo mundo gritar "wow" - Nunca volte a me chamar de vadia, senão eu faço algo muito pior do que um simples tapa.

- Angell! - Dylan gritou.

Assim, larguei os seus cabelos e comecei a andar em direção à diretoria.

O meu professor bateu na porta, muito irritado.

Eu só tinha vontade de rir.

- Entrem - ouvimos e ele abriu a porta. Sentei na pequena poltroninha que tinha na frente da mesa e suspirei - O que a moça fez dessa vez? - a diretora perguntou.

- Bom, ela bateu no colega de classe dela - o professor disse e eu comecei a balançar a cabeça, fazendo "tsc, tsc, tsc, tsc, tsc".

- Ele não é o meu colega! Nunca foi! - afirmo cruzando os braços.

- Vamos ser diretos aqui, não tenho muito tempo para ficar resolvendo esses assuntos, por tanto, Angell, você sabe que não aturamos agressões físicas nessa escola, certo? - a mulher falou e eu assenti - Ótimo, então o seu castigo irá ficar sem dança. E depois das aulas, irá limpar as salas.

- O QUE? - berrei - Mas o Alex que começou! Ele também deveria receber uma punição! - exclamei e ela suspirou.

- Já podem ir embora - ela disse e eu fiquei mais indignada ainda.

Dylan me levantou e me arrastou até fora da sala dela.

- Isso não é justo! Por que só eu me fodo nessa porra toda? - perguntei gritando.

- Você que bateu nele - Dylan deu de ombros e eu o olhei por meros segundos.

- QUE PORRA! - berrei novamente.

   


Bug fixed (:


Once Again - (Angell)Onde histórias criam vida. Descubra agora