Psicopata safado

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Horas depois

Fui na cozinha para procurar alguma coisa pra comer e achei um pacote de Cheetos do Chris. Ele não vai se importar se eu pegar. Vai?

Vai nada. Pode pegar.

Se importasse, eu estaria pouco me fodendo também.

Malvada.

Hehe.

Os meus amigos saíram e eu aproveitei o "cansaço" para ficar. Eu vou é comer muito, quem sabe, aprontar algumas com eles.

Coloquei a música Uptown Funk do Bruno Mars e fiquei dançando que nem uma doida, enquanto esvaziava o saco de salgadinho.

No refrão da música, comecei a dançar igualzinho ao Bruno Mars no clipe, e assim que falou "stop", eu pulei e gritei, me remexendo ainda mais.

- Você fica tão sexy dançando de camisetão.

Uma voz rouca e sonolenta atrás de mim, soou dentro dos meus ouvidos, fazendo eu pular outra vez, só que de susto. Encarei um garoto de olhos verdes, cabelo preto e desarrumado, sem camisa, calça moletom larga e uma tatuagem se arrastando no seu ombro direito, até a clavícula. Porra, quem é esse maluco?

- Ladrão! - gritei e peguei a frigideira, apontando a mesma na cara dele. O menino rendeu os braços e ficou com cara de assustado.

- Calma! Sou o Luke! - ele disse. Abaixei a panela e ergui uma sobrancelha.

- Luke?

- Sim. Nos conhecemos na balada ontem - ele se aproximou e eu ergui a frigideira de novo.

- Vai me estuprar? - perguntei.

- Se você quiser - ele sorriu e eu revirei os olhos.

- Se você tocar um dedo em mim, eu juro que arranco o seu pinto e dou pro Thor comer - largo a frigideira na bancada e Luke suspira, rindo.

Olha o que a bebida faz. Trouxemos um louco safado para casa! Nem conhecemos esse menino!

- Então, Angell, você mora aqui faz quanto tempo? - ele perguntou bocejando e se sentando no banco da bancada, como se a casa fosse dele.

- Três meses e meio - respondi comendo mais um pouco de salgadinho.

- Você tem namorado? - perguntou me encarando. Que olhos são esses, Jesus.

- Não e nem pretendo ter - dou um leve suspiro e olho para ele - Por que?

- Você é gostosa demais pra não namorar - disse e eu arregalei os olhos.

- Olha aqui, querido! Que porra é essa? Tô com cara de princesa Isabel pra te dar essa liberdade? - perguntei.

- Que isso, gata? Eu sou aberto. Vai dizer que nunca foi chamada de gostosa? - Luke fez um bico e eu resmunguei baixinho. 

Filho da puta...

- Já sim. Mas eu não te conheço nem vinte e quatro horas pra você me chamar disso.

- Então falta mais duas horas pra eu poder te chamar do que eu quiser - ele olhou no relógio imaginário do seu pulso e eu rebolei os olhos.

- Não. Preciso conhecer a pessoa por uma semana pelo menos, até ela poder me chamar de qualquer coisa - fiz cara feia e ele riu abanando a cabeça.

- Já percebi que você não é que nem as outras. Gostei - o Luke me olhou de cima à baixo. Fiz uma bolinha com o pacote do salgadinho e atirei na cara dele.

Once Again - (Angell)Onde histórias criam vida. Descubra agora