Implicância

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O barulho da buzina estourou e outro barulho de alguém caindo no chão também. Ri. Ouvi passos rápidos vindos da escada e todos direcionamos a cabeça à ela, vendo Dani todo vermelho.

- Porra, Angell! Nem quando a gente termina você sossega, menina? - Dani disse indignado. Gargalhei de forma ofensiva e irritante, com uma pequena misturação de ironia e sarcasmo.

- Isso só foi uma pequena amostra de que os velhos e ótimos tempos, voltaram meu amigo - pisquei o olho para ele e Dani me encarou de cima a baixo.

- Ah é? - perguntou.

- Ah é - provoquei com um sorriso torto.

Ele deu uma última encarada e foi para a cozinha, depois voltou com uma tigela na mão. Dani rapidamente ergueu a tigela em cima da minha cabeça, inclinou-a e a massa do cupcake caiu no meu cabelo. Vi um sorriso crescendo nos cantos dos seus lábios rosados, enquanto a minha cara estava estupefata com a sua ação e coragem.

Ele não fez isso.

Ah, ele não fez.

Os meus amigos olhavam pra ele com cara surpresa e pareciam estar segurando as gargalhadas.

- Você está tão morto, cara - Luke abafou o riso pondo a mão na boca.

- Vou até sair daqui pro ringue se formar - Anne se levantou e correu.

Olhei de boca totalmente aberta para o Daniel, sentindo a massa escorrendo na minha cara. Peguei a massa bege e olhei para ela, em seguida para ele novamente.

- DANIEL! - peguei a tigela da sua mão e taque ina cabeça dele.

- AAAI! - ele berrou e puxou o meu cabelo com toda a força possível na mão, enquanto eu mordia o seu braço como um cão raivoso.

- SOLTA O MEU CABELO SEU BABACA! - chutei a canela dele e este gritou.

- NÃO SUA PESTE! - fui lançada no chão e eu gemi de dor nas costas. Ele caiu por cima de mim e dessa vez eu berrei pela caralha gay do Daniel ter acertado a minha barriga.

Tentei chutá-lo nas suas partes sensíveis, mas as minhas pernas estavam presas por causa dele, então, dei um tapa forte na sua cara que até ficou a marca da minha mão. Ele gritou e mordeu a minha bochecha.

- FILHO DA PUTA! - gritei dando uma cotovelada no seu olho.

- AI MEU OLHO, ÉGUA - ele saiu de cima de mim e se levantou, pegou nos meus pés e começou a me arrastar no chão. Mas eu, toda esperta, agarrei na mesa, tirei de cima dela um relógio e taquei na cabeça do Daniel, fazendo ele me soltar e gritar.

Me levantei também e agarrei agarrei nas suas costas, com os meus braços em volta da sua barriga, jogando-o no sofá e fazendo-o ficar de barriga para baixo. Agarrei no seu tornozelo e comecei a torce-lo.

- NÃO ANGELL! - ele berrou.

- PEDE DESCULPA! - gritei torcendo mais.

- NUNCA! - o cuzão conseguiu chutar o meu nariz e eu escandalosamente, gritei que nem uma cabra parindo dois elefantes de uma vez.

Peguei a massa do meu cabelo e joguei na cara dele, depois começando a correr pela sala e sendo perseguida pela girafa.

- CHEGA! - Mirian surgiu do além e ficou no meio da gente - Vocês parecem duas crianças brigando por um brinquedo!

- Antes criança do que um imbecil - avancei um pouco e dei outro tapa na cara do Daniel. Mirian ficou na minha frente para me impedir de outra agressão.

- Antes imbecil do que ser uma galinha com massa na cara! - ele atirou.

A minha boca se formou um O e saiu aquele "ohh" abafado e exagerado.

Once Again - (Angell)Onde histórias criam vida. Descubra agora