Não me abandona

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Coloquem a música que está na multimédia para acompanhar o cap ❤

Ótima leitura, babes :)

Ainda estou aqui na cama, pensando em absolutamente tudo que está ocorrendo.

Eu costumava pensar que as pessoas se afastavam de mim, mas percebi que sou eu quem se afasta delas e, mesmo que seja o Daniel quem está se afastando agora, fui eu quem o fiz fazer isso.

Soltei um riso fraco e baixo, sem humor algum.

Eu e essa minha mania de acabar com tudo que me faz bem, com medo de que possa me fazer mal.

Mas... o Dani não me faz mal.

Nunca fez.

Ele é bom para mim.

E eu o amo.

Então percebi que estava prestes a perdê-lo.

Me levantei abruptamente da cama com um pulo e vesti a primeira roupa que encontrei no armário. Uma calça e um casaco longo para me proteger do frio.

Corri pelas escadas pulando os degraus, sem me preocupar em cair ou escorregar.

Saí de casa e comecei a correr pelas ruas, em rumo ao aeroporto para impedir que o homem da minha vida me deixasse.

Mike até me viu e me olhou confuso, mas eu não dei bola e continuei correndo apressadamente.

Avistei um garoto em média aos 12 anos de idade, pronto para começar a pedalar numa bicicleta.

Corri até ele e o empurrei da bike. O menino gritou quando caiu no chão. Montei na bicicleta e pedalei rapidamente, ele começou a me xingar ainda gritando.

- FODA-SE, GAROTO! - berrei mostrando o meu dedo do meio, sem parar a bicicleta.

O aeroporto ficava uns trinta minutos daqui, então eu tinha que correr muito, visto que eles tinham ido há uns quinze minutos atrás.

Eu atravessava os carros pelas ruas, ultrapassava os sinais vermelhos, quase sendo atropelada, até mesmo por um caminhão.

Para o meu azar, o pneu da bicicleta estourou por causa de uma pedra pontuda e eu caí no chão, devido à freiada forte que tive que dar.

Não me importei com os meus machucados e nem com as pessoas que me olhavam torto ou espantadas, como se eu fosse uma louca foragida.

Comecei a correr novamente, reclamando da dor nos joelhos e cotovelos por causa dos machucados que causei.

Decidi chamar um táxi, quase sendo atropelada novamente ao chamá-lo no meio da rua. Entrei no automóvel e pedi para o taxista dirigir até o aeroporto da cidade. Eu estava nervosa, roendo as minhas unhas e, para ajudar, no meio do caminho encontramos um tráfego enorme na nossa frente. Abri a porta do veículo e saí correndo no meio dos carros, sendo xingada pelo taxista por não ter pagado a viagem.

E, para melhorar a minha situação, começou a garoar, e não demorou muito para que a chuva aumentasse e ficasse cada vez mais forte, a cada passo de corrida que eu dava.

Eu já estava toda ensopada, o meu casaco todo molhado, assim como o meu cabelo e o meu rosto que não parava de escorrer água.

Em todo o caminho, eu pensava que o Daniel já teria partido e o meu coração disparava em dor e nervosismo.

Eu já estava perto do aeroporto e já via alguns aviões decolando, o que me deixava mais desesperada ainda, fazendo os meus olhos se encherem de água só de pensar que ele teria ido embora.

Once Again - (Angell)Onde histórias criam vida. Descubra agora