HOGWARTS SERPENTS • Draco Malfoy

{62} Contar Para Os Pais.

Após todo aquele pedido de desculpas, os sonserinos e grifinórios ficaram juntos naquele último vagão de trem, conversando como se fossem amigos de longa data. Realmente passar aquele tempo juntos havia sido maravilhoso. Ah, se pudessem voltar no tempo...

- Gente, desculpa, mas eu preciso mudar de assunto drasticamente. - Neville cortou a conversa. - Aqui vai a pergunta que não quer calar, sonserinos: em que lado dessa guerra vocês ficarão?

Com a pergunta de Neville o vagão virou um silêncio temporário, até que Pansy respondeu:

- Se tivermos escolha, com toda certeza, ficaremos com vocês. Contra o filho da puta de Você-Sabe-Quem. Mas... se não tivermos escolha, provavelmente teremos de ficar com nossos pais, ou seja, com os comensais e Lorde das Trevas.

- Compreensível, ao mesmo tempo que é triste pra um caralho. - Rony suspirou. - Graças a Merlin não passo e nunca passarei por isso.

- Uau, Roniquinho! Que fofo da sua parte! - Gina debochou, fazendo os outros caírem em risada enquanto Rony corava e se desculpava.

- Ah, gente... eu pedi desculpa e tals, mas não sou obrigado a gostar do Potter, não, né?

- DRAY!

- Mas ele é seu ex-namorado! Tenho todo o direito de odiá-lo. - Draco brincou.

- Idiota! - Harry riu mais uma vez com todos do vagão. - Mas falando nisso, como vai o relacionamento entre você e Sandy?

- Desequilibrado. - Jack interrompeu.

- Por quê?! - Draco e Sandy se sobressaltaram.

- Porque Sandy é linda e Draco parece uma doninha albina.

- Vai tomar no seu cu, Slytherin. - Draco revirou os olhos, não achando graça como os outros dali.

- Agora falem sério. - Pediu Harry cessando as risadas.

- De verdade? É bom pra caralho. - Respondeu Malfoy. - Sandy é super atenciosa, me dá toda a atenção do mundo. Ela é demais pra mim.

- Owwt! - Sandy corou e pulou em Draco, sem vergonha nenhuma, o enchendo de beijos.

- Chega! Chega! - Jack tentava os separar enquanto os outros riam.

[...]

A última hora de viagem passou rápido graças ao clima maravilhoso que estava naquele vagão, e logo eles ouviram o arranhado dos trilhos, a movimentação de Kings Cross e as malas se arrastando.

Pegaram suas coisas e se despediram dos grifinórios, então desceram do trem. Os pais de todos eles estavam ali, menos os de Mary (obviamente).

Se despediram mais ou menos, pois sabiam que se reencontrariam logo, logo.

Draco cumprimentou seus pais e os seguiu até o estacionamento da estação, onde a limusine dos Malfoy os aguardava. O motorista dirigia na frente, separado da família, enquanto Lúcio, Narcisa e Draco estavam atrás. Sem muito assunto. Até que Draco desembucha:

- Pai, mãe... eu e meus amigos tivemos uma conversa no trem, sobre nossos planos nessas férias. Queríamos fazer uma viagem. Uma viagem para fora do país. O que acham? Uma semana, quinze dias... de viagem.

Narcisa e Lúcio se entreolharam, surpresos com a ideia repentina, então voltaram a olhar para o filho.

- E pra onde querem ir exatamente? - Perguntou Lúcio.

- Ainda não sabemos. Quando eu chegar em casa converso com eles. Posso chamá-los para irem lá em casa e resolvermos isso? Hoje. E na hora do jantar eu converso com vocês sobre onde vamos. - Draco se animou, pelo menos seus pais estavam o escutando. - Aliás, após a volta do Lorde das Trevas, vocês querem privacidade para resolver tudo, certo? Não quero atrapalhar seus planos, de verdade.