HOGWARTS SERPENTS • Draco Malfoy

{50} Meu Lindo Vilão.

Após conversar com Harry sobre o Baile de Inverno e ter entregado sua resposta para seus pais, Sandy retornou para a comunal da Sonserina. No momento que ela chegou avistou Jack e Mary aos beijos sem nenhum disfarce, acho que sabiam que não tinha mais como esconder.

- Vão procurar um quarto! - Sandy riu, empurrando-os mais para o canto do sofá.

- Vamos mesmo. - E Jack arrastou Mary para longe dali, em direção ao dormitório masculino.

- Já vi que terei que dormir fora de meu dormitório por causa daquela ruivinha idiota que Jack quis se apaixonar. - Blaise amarrou a cara, com uma falsa raiva.

Draco estava mais quieto que o normal. Bem, depois da briga de Sandy e ele, Draco realmente tinha ficado mais quieto com a garota, mas com o tempo até que as coisas pararam de ser assim.

Era como se os dois tivessem brigado novamente.

Draco não escondia seu intenso olhar para a leitora a sua frente, Sandy, lendo comédia romântica de Natal.

Ele estava puto que não iria com ela para o baile, mas ao mesmo tempo se culpava por isso. Ficou chateado que a garota iria com Adrian, que aceitou ir com ele, que ele a convidou, mas também se chateou com si mesmo por ter demorado tanto para a convidar.

Além de tudo isso, ainda não tinha um par, e ainda por cima se recusava a ir com qualquer garota que a convidasse.

Mas ele não podia ir ao baile sem par. Ninguém vai a um baile de pares sem um par. Draco Malfoy não iria passar por isso.

No fim das contas ele fez a pior escolha que poderia fazer.

- Rose!

Rose, a garota que Draco saíra em sua primeira ida a Hogsmeade para enciumar Sandy, havia acabado de entrar na comunal da Sonserina junto de uma amiga.

A garota era obcecada nele, e não se importava em mostrar isso para todo mundo. Ela não rejeitaria um convite de Malfoy nem se tivesse um par.

Rose parou de andar e procurou a direção em que a voz viera, então encontrou Malfoy parado em sua poltrona.

Sandy levantou os olhos para a situação.

- Oi Draco! - A garota se aproximou.

- Tem par?

- Hm, não...

- Então você vai comigo. - Disse sem expressão nenhuma, voltando seu olhar para Sandy novamente.

- OK! - Rose faltou dar pulinhos no lugar, e se dirigiu para seu dormitório.

Sandy sabia que, de certa forma, a culpa de não ir ao baile com Malfoy era dela, já que aceitara ir com Adrian e não ter esperado para ser convidada por Malfoy ou ela mesma o convidar, mas do mesmo jeito se sentiu mal por Draco ter convidado Rose.

Fechou seu livro com grosseria e arrastou Pansy pelo braço, furiosa e com vontade de chorar, até o dormitório.

E elas subiram para o dormitório. Sandy foi tomar um banho, pegou um pijama, penteou o cabelo e saiu do banheiro encontrando Pansy ainda acordada lendo cartas de seus pais. Mary, obviamente, ainda não havia chegado.

Pansy levantou os olhos para a amiga.

- Minha mãe me mandou uma carta... pediu para tomarmos muito cuidado esse ano. Com as tarefas do torneio e tudo mais. Se manter longe do centro, sabe? Sentar-se nas últimas arquibancadas perto das saídas. - Pansy disse risonha. - E uma outra coisa... Seu vestido chegou! Está naquela caixa!

Sandy não se animou, perdera completamente a vontade de ir ao baile. Tinha um par, Adrian era um ótimo par, era um campeão do torneio. Mas..., Sandy queria Draco. E apenas ele.

- Foda. - Fingiu ânimo.

- Sam, se anima!

- Por que eu iria ficar animada com isso? O garoto que eu gosto convidou outra na minha frente! - Levantou, furiosa, e percebeu o que acabou de falar. - Ah...

- Como assim? - Pansy se levantou da cama quase no mesmo milésimo, esbofeteada.

- Ops..., tenho que contar uma coisa, né?

Pansy concordou com a cabeça, eufórica, e se juntou de Sandy na cama da garota.

- Bem, desde o ano passado nós dois andamos meio estranhos. Depois daquela nossa péssima briga em Hogsmeade eu percebi que não consigo ficar longe dele por muito tempo. E foi assim, com o tempo passando, que percebi que sentia mais e mais falta dele. Então no dia da execução de Bicuço eu dei um soco na cara dele, ele nem mesmo me xingou. Cheguei em meu dormitório e vi nada mais nada menos que um Malfoy aos prantos. Por mim, pelo que entendi. Conversamos, desabafamos, nos abraçamos e..., então..., percebi que PORRA! Estou apaixonada.

Pansy não conseguiu esconder sua excitação, já que se levantou e deu pulinhos pelo dormitório, berrando igual uma maluca.

Os dois se amam - Pensou Pansy, enérgica, enquanto berrava coisas sem sentido.

- O "quebra-cabeça" se encaixou, porra!

- Que quebra-cabeça? - Sandy interessou-se pela fala repentina de sua amiga.

Pansy imediatamente parou de pular e berrar e se jogou de volta na cama, dizendo:

- Nadica de nada...

- Hm..., eu vou ver meu vestido.

Sandy se virou para a caixa preta que estava na mesinha do lado de sua cama, pegou e tirou o laço. Só de ver a caixa teve certeza de que era caro, muito caro.

Ele era todo "verde-sonserina", tinha mangas nos ombros com um pano transparente, era comprido indo até os pés e tinha detalhes com pérolas que ficavam por todo o tronco.

Simplesmente lindo, se admirou Sandy após experimentá-lo no corpo.

- Puta merda Slytherin, você vai dar trabalho...

- Ótimo.

[...]

Sandy acordou cedo e fez tudo que tinha que fazer para sua última sexta-feira de aula antes das férias de Natal, apesar de quase ninguém ter preferido ir para casa. Após se arrumar, rumou para a sala comunal.

Encontrou os meninos na comunal as esperando, e viu Draco. Nunca parou para pensar, mas ele ficava lindo naquele uniforme de blusa branca e mangas no cotovelo.

Ele conversava distraído com Blaise e Jack, e nem viu quando Sandy chegou por trás dele dizendo:

- Oi...

Ele pula de susto e quase cai da poltrona, Sandy caiu na gargalhada.

- Que susto, Sam!

- Toda vez que eu te vejo você toma susto, sou tão feia assim?

- NÃO! Claro que não... é só que... - Gaguejou.

- Tudo bem Malfoy, vamos. Temos aula.

E saíram pelos corredores.

A primeira aula era com Alastor que evitava sempre olhar para Sandy, e quando ela respondia alguma pergunta ele gaguejava, logo dando 30 pontos a Sonserina.

Parecia ter medo de Sand, quero dizer, estava óbvio que ele tinha medo de Sandy.

Quando a aula acabou, a Sonserina havia conseguido oitenta pontos só por Sandy. Alastor estava tentando chantagear com esses pontos, não que Sandy ligasse.

O último dia antes do baile acabou, e agora, Sandy sonhava com livros muito românticos, cujos vilões eram gatos e loiros.

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