{73} A Ordem da Fenix.

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    Eles chegaram lá com vassouras. Fazia muito tempo que eles não montavam em suas vassouras, e a pausa do Quadribol no quarto ano, por conta do Torneio Tribruxo, influenciou bastante nisso.

    Hermione foi na garupa de Harry pois, segundo ela, Rony não era muito confiável. Mas até que ele voava bem. Não tanto quanto Potter, porém... Pansy foi na garupa de Blaise e Mary na de Jack. Draco e Sandy foram cada um em suas vassouras.

    Foi uma sensação gostosa atravessar Londres com a brisa e o pôr do sol em seus rostos. Não demorou muito tempo para eles aterrissarem em um beco deserto em uma área esquisita da cidade. Não questionaram nada pois estavam confiando nos Grifinórios.

    Hermione agitou a varinha e um buraco se abriu na parede. Era um porão iluminado com uma luz amarelada, cheio de vassouras e objetos estranhos.

    — Coloquem as vassouras de vocês aí dentro. Ninguém além da Ordem sabe desse esconderijo.— Garantiu Hermione, e o grupo confiou.

    Depois, seguiram a garota até a frente de um prédio de tijolos. E mais uma vez, com o agito de sua varinha, o prédio simplesmente começou a se abrir, e uma nova porta apareceu. Rony foi quem a abriu, revelando um corredor escuro e empoeirado. Vozes podiam ser ouvidas mais ao final dele.

    — Eles estão na cozinha. — Disse Harry. — Querem ir lá de uma vez, ou irem para o segundo andar, onde nossos amigos estão?

    — Vamos pra cozinha. Temos que resolver isso logo. — Falou Jack.

    — Está bem!

    Rony abriu a porta que estava no fim do corredor, e deixou Malfoy passar na frente, e acho que isso não foi uma boa ideia.

    Vários adultos estavam na sala. Alguns eram ruivos, outros tinham roupas engraçadas e outros eram familiares. A maioria ali o grupo reconheceu de cara. Meio que os sonserinos não se espantaram com eles ali, mas os adultos, sim.

    — Cabelos brancos, vestes caríssimas e exageradas... você deve ser um Malfoy. — Disse um homem de cabelos negros e compridos. — Mas que caralhos um Malfoy está fazendo da Sede da Ordem da Fênix?

    — Sirius! — Exclamou Harry, pedindo para ele parar com os insultos.

     Draco nem se importou. Já era de se esperar que ele não fosse uma visita muito esperada.

    — Expliquem-se. — Disse um homem de cicatriz no rosto, que eles reconheceram ser seu antigo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, no terceiro ano, Remus Lupin.

    — Eles são confiáveis, eu prometo. — Começou Hermione. — Precisavam de ajuda. Os pais deles queriam que eles se tornassem Comensais da Morte, mas eles se recusaram, e vieram pedir minha ajuda, a de Harry e de Ron. Precisavam de abrigo, proteção e um lado neste guerra. Um lado que não seja o das Trevas. Será se é tão difícil abrigar adolescentes que não tem para onde ir?

    Os adultos ficaram em silêncio, sem saber muito o que responder à garota de cachos dourados. Então, Malfoy decidiu abrir a boca:

    — Eu sei que vocês não esperavam que um Malfoy fosse entrar aqui e pedir pra entrar na Ordem da Fênix, mas, está acontecendo, e eu só queria dizer que eu não sou como minha família. Eu odeio minha família. Odeio meu pai, só não consigo odiar minha mãe. E Sirius deve saber que ela não era como Bellatrix. Sempre apoiou Andrômeda, mesmo que a família não pudesse descobrir isso nunca. — Draco falava olhando para o Black, os dois com os rostos sérios, mas o homem quis sorrir ao lembrar da mulher. — Eu quero lutar contra Voldemort e a minha família toda. Não ligo mais pra Sagrados Vinte e Oito merda nenhuma, nem pra herança idiota. Eu só não quero morrer nessa guerra. Entenderam? Não to afim de ficar com a porra de uma cobra tatuada no braço pro resto da vida. Nem eles. — E Malfoy apontou para sua namorada e amigos.

    — Desculpa pela boca suja do Draco. Meio que a gente tá desesperado aqui. De verdade. Garantimos que vamos fazer tudo que for preciso. Matar, talvez, mas nos recusamos a morrer. — Disse Sandy, mordendo a boca de nervosismo.

    Draco notou que ela ia entrar em um colapso a qualquer momento, até conseguiu ter um vislumbre de uma pequena chama nos cabelos platinados da namorada. Com isso, a puxou para perto dele e a abraçou firme.

    Um minuto depois, Molly Weasley falou;

    — Olha... por mim, tudo bem. Eu confio no meu filhinho, em Harry e Mione. Se eles os trouxeram aqui, é porque não são pessoas ruins.

    Em seguida, seu marido, Artur Weasley, concordou:

    — Se a Molly concorda, por mim também não há problema.

    Draco já conseguia sentir o coração de Sandy voltar aos batimentos normais. Estava dando certo.

    — Tudo bem, crianças. Por mim, vocês estão dentro. — Disse Remus Lupin, e os jovens sorriram para ele, lembrando dele dando aula e provando ser o melhor professor de DCAT que aquela escola já teve.

    Os outros adultos presentes na sala também concordaram, e por último, Sirius disse:

    — Tá bom. Podem de juntar a nós. Porém, se fizerem alguma coisa para nos atrapalhar... não serei bonzinho.

    — Sirius... — Sibilou Tonks.

    — Entrem, meninos! O jantar já está quase pronto. — Disse Molly, puxando Pansy e Mary pelo braço para elas se sentarem perto de sua cadeira. A mulher passou a mão nos cabelos de Mary. — Que cabelo lindo! Os meus quando eu era da sua idade era assim, sedoso. Hoje em dia está meio quebradiço, mas não o odeio.

    — Eles estão lindos, Sra. Weasley! — Disseram as garotas.

    Blaise e Jack se sentaram com Remus Lupin, que começaram a conversar alegremente sobre assuntos aleatórios.

    Harry, Rony e Hermione subiram para chamar os outros jovens que estavam na casa.

    Enquanto isso, Sandy e Draco foram se sentar perto de Sirius. Ele olhou diretamente para Malfoy, e o loiro fez o mesmo.

    — Oi, Draco. Faz um tempão que não te vejo. — Disse Sirius, sorrindo de canto.

    — Você já me viu alguma vez?

    — Claro. Eu era o cachorro comendo os docinhos do seu batismo.

    Eles riram entre si. Malfoy gostou de saber que ele esteve presente naquela data.

    — Por que foi em sua forma animaga?

    — Não fui convidado, mas quis aparecer do mesmo jeito. Meu irmão, Regulus, ia te batizar.

    De repente eles ficaram em silêncio, até Sandy dizer:

    — Sirius, por que não volta a falar com seu irmão?

    — Ele não pensa como eu, nunca nos demos muito bem. Desde pequenos.

    — Para a sua informação, Regulus é igualzinho a você. E ele pensa, sim, como você. Ele gosta de você. E ele nunca quis estar do lado do Lorde das Trevas. — Informou Sandy.

    — Inclusive, meu pai e ele caíram no soco depois de Lúcio começar a insultar você e a família de vocês. Nossa família, no caso. — Disse Malfoy.

    Sirius claramente ficou surpreso com a declaração de Malfoy. Nunca esperou que seu irmão, depois de todos esses anos longe de tudo, ainda defendesse a família. Isso era uma prova de lealdade.

    — Sabe... talvez Regulus mereça uma segunda chance também.

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Desculpa demorar tanto pra postar! Acabei de entrar de férias, meus últimos dias de aula foram bem puxados!

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