{74} Natal de 1995.

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    Era véspera de Natal. Uma semana se passou desde o dia da Sede da Ordem da Fênix, e eles não tiveram tempo de voltar para lá, desde então.

    O grupo passou a semana tentando distrair a cabeça comprando presentes de Natal uns pros outros. Porém, agora, eles não sabiam onde se encontrar para abrirem esses presentes.

    Essa preocupação logo não foi mais relevante, pois Sandy recebeu uma carta de Harry, a chamando para passar o Natal na Sede.

    Rapidinho a garota avisou a todos os seus amigos, e na noite de véspera, eles saíram todos juntos no carro dos Malfoy, em direção ao centro de Londres. Dali eles andariam a pé até a Casa dos Black, para o motorista do carro não contar pro pai de Draco que ele esteve ali.

    Blaise imitou o que Hermione havia feito no outro dia, agitando a varinha e fazendo o prédio se abrir no meio. Eles entraram pela porta velha e depois pela que ficava no final do corredor, encontrando todo mundo jantando na mesa.

    Molly foi a primeira a correr para cumprimentar todos eles. O grupo em pouquíssimo tempo já conseguia sentir um acolhimento materno na mulher ruiva. A atenção e o carinho que a maioria deles não tiveram de suas mães em tantos anos, foi recompensada enquanto estiveram com a Weasley naquele curto período de tempo.

    Em seguida os adolescentes que estudavam com eles em Hogwarts, e, por último, o resto dos adultos.

    Molly pediu para eles se sentarem na ponta da mesa, perto dos jovens, e que ela já iria distribuir seus pratos. O jantar era peru, salada de batata, arroz soltinho, e comidas comuns do dia a dia. Estava tão gostoso que eles quiseram repetir algumas vezes, e Molly não negou. Ela parecia com aquelas avós que nunca saiam de perto do fogão e que gostam de agradar todos os netos.

    Enquanto comiam, eles conversavam entre si num volume alto. Estavam felizes em estar em união.

    — Estão gostando da Ordem da Fênix? — Perguntou Fred.

    — Aposto que sim, principalmente da comida. É o terceiro prato cheio de Jack, e eu estou contando. — George levantou três dedos na cara do loiro, arrancando risadas dos jovens.

    — Estamos adorando! Pedimos acolhimento aqui, mas eu não esperava que fosse literalmente. Vocês estão nos recebendo tão bem, mesmo que a gente não mereça. — Falou Mary, e Gina a abraçou apertado. A Weasley mais nova podia ser durona, mas tinha seu lado fofo.

    — Se a gente pudesse, ficava aqui dentro pra sempre. Mas só se vocês estivessem também. Essa casa sem os grifinórios para a animarem parece um cemitério. E eu não duvido que deva ter algum tataravô do Draco enterrado debaixo da casa. — Brincou Jack, e eles riram mais uma vez.

    — Quem sabe, depois que tudo isso acabar, a gente não usa isso aqui como sede também? Mas não pra Ordem. — Harry deu de ombros, mas com a ideia na cabeça.

     Algumas horas se passaram e já estava bem tarde. Ainda não era meia-noite, porque Molly proibiu todo mundo de ficar acordado até aquela hora, dizendo que o Natal só dá certo se dormir no dia 24 e acordar no dia 25. Todo mundo respeitou essa ideia nova que ela colocou na cabeça, e às onze todos já se encontravam dormindo.

    Os sonserinos dormiram lá, os seis num quarto que não estava sendo utilizado. Eles disseram que não se importavam de ir pra casa e voltar na manhã seguinte, mas Lupin insistiu que eles ficassem lá.

    Foi uma noite maravilhosa. Provavelmente uma das melhores depois de várias outras mal dormidas.

[...]

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