{71} Longe De Mim, Você Não Fica.

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    Draco saiu do corujal só uma hora depois, quando conseguiu se estabilizar e parar de chorar. Ele saiu andando sem rumo para fora, indo em direção aos jardins. Estava arrasado.

    Antes, Malfoy já não queria ir para Durmstrang, e agora que tinha Sandy, a garota que ele ama com todas as suas forças, queria menos ainda. Ele não saberia seguir sua vida sem ver ela todos os dias. Sem observá-la de perto.

    Segurou o choro depois desses pensamentos e seguiu até a comunal da Sonserina, e ao chegar lá, encontrou todos os seus amigos reunidos. Tão tranquilos, descontraídos. Como se a vida deles fosse maravilhosa. Perfeita.

    Andou lentamente até eles, e antes que se acomodasse lá, sua namorada o avistou de longe e deu um sorriso lindo, para ele ficar mais apaixonado do que já estava.

    — Oi, meu amor! Vem ficar aqui com a gente! — Ela se levantou e foi correndo até Malfoy, o dando um selinho e agarrando seu braço.

    Draco se sentou em uma poltrona e colocou a namorada em seu colo, e enquanto ela conversava, ficou passando a mão em suas coxas. Olhava para cada detalhe de Sandy, admirado, e imaginando como seria ver aquela garota sendo machucada porque ele fez uma escolha que não agradou seu pai.

    O que Lúcio faria se Draco não fizesse o que ele quer? Viria atrás dele? O prejudicaria na escola para ele ser expulso? Ou pior, machucaria quem ele ama como uma forma de chantagem? Ele mal conseguia respirar ao pensar nessa possibilidade. E ele não podia nunca deixar isso acontecer.

    Então ali, notando o quanto ama aquela garota, ele teve uma decisão.

    As férias de Natal estavam próximas.

[...]

    Todas as malas já estavam em seus lugares, os vagões lotados e os trilhos arranhando. Os alunos estavam animados para verem suas famílias e para receberem seus presentes de Natal, mas Draco estava calado, sem participar da conversa de seus colegas. Sandy já estava ficando incomodada.

    — Draco, seu humor está estragando o nosso. O que é?

    — O trem está me deixando enjoado, só isso.

    — Mas você não está assim apenas agora. Tem dias que você está diferente.

    — Depois a gente conversa, tá bom? — Draco virou o rosto para a janela e Sandy revirou os olhos, voltando a conversar.

    A viagem foi a mesma de sempre. Depois de seis horas, o trem desembarcou em Londres, e os alunos desceram correndo atrás de seus familiares. Draco foi em direção ao estacionamento e abriu a porta de sua limusine, mas antes que pudesse entrar, ouviu alguém gritar seu nome.

    Sandy vinha andando até Malfoy, e a garota parecia estressada.

    — Draco, meus pais esqueceram de chamar um motorista, provavelmente, e tenho medo de andar de taxi. Além de Jack estar indo com Mary. Então... posso ir com você?

    Golpe baixo, Sandy. Golpe baixo. Draco nunca deixaria ela voltar para casa com um desconhecido como um motorista de taxi. Ele não pôde recusar.

    — Ok. Entra.

    As malas de Slytherin foram colocadas no porta-malas, e os dois se sentaram no banco de trás. Normalmente estariam se agarrando, aproveitando que havia uma janela que os separava do motorista, mas cada um estava em uma janela.

     Sandy fervia de raiva com esse comportamento.

     Um tempo depois, a limusine parou em frente a Mansão Slytherin, mas a loira não desceu, e disse para o motorista:

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