{72} Rua dos Alfeneiros.

283 17 3
                                    

    O dia amanheceu e um sol forte bateu na janela do quarto de Draco, acordando-o. Quando ele ia levantar para buscar algum agasalho para o proteger do frio de Dezembro, notou um peso em seu peito que o impedia de sair da cama.

    Sandy dormia preguiçosamente, quase de forma angelical, no peitoral de Malfoy. Respirava de leve, e a bochecha estava amassada embaixo do rosto dela. 

    Adorável.

    Porém, Draco estava congelando.

    — Linda, preciso levantar... — Ele cutucou suas costas com pena, e ela resmungou. — Sam...

    Mas a garota ignorou-o completamente. Então Draco suspirou e a tirou de cima dele devagar, a deitando do outro lado da cama.

    — Draco Malfoy, vá dormir agora! — Ela levantou a cabeça, irritada, mas o garoto apenas riu.

    — Você não acha que seu irmão está procurando por você, não? Ele já deve estar em casa. E seus pais mesmo sendo uns idiotas, devem estar atrás de você também.

    — Oh, meu Deus! É verdade!

    Ela se levanta correndo da cama e procura por seus sapatos, dá uma penteada no seu cabelo e corre até o closet onde Malfoy mudava de roupa, para poder se despedir.

    — Mais tarde vou mandar uma carta para algum dos Grifinórios, pra a gente conversar com eles. Sinto que eles tem algo que possa nos ajudar. Ok?

    — Tudo bem, amor. Peça a Tink para te levar em casa.

    — Ok. Te amo!

    Sandy encontra Tink na cozinha guardando alguns pratos e copos e não demora para cochichar para a elfa a aparatar para sua casa. Não queria que Lúcio ou Narcisa acidentalmente a achassem andando pela casa descabelada e com a cara amassada logo de manhãzinha. Ia ser vergonhoso e humilhante, além de suspeito. 

    Ao Sandy se ver em seu quarto depois de uma aparatação, que ela sempre acabava ficando enjoada, leva um susto ao ver que já havia alguém em seu quarto. 

    — VAGABUNDA, ONDE VOCÊ TAVA? — Escutou a voz de Mary, preocupada.

    — AH! O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO NO MEU QUARTO? 

    — ESPERANDO VOCÊ APARECER! — Responde Jack. 

    — Eu dormi na casa de Malfoy, gente. Calma! Fui conversar com ele porque ele estava esquisito, e acabei dormindo. 

    — Foi dar a bunda, né? — Jack cerrou os olhos e Sandy ficou indignada. 

    — Não! 

    — Cale a boca, Jack. — Mary revirou os olhos. — Mas e aí, amiga? Vocês já estão resolvidos? Também notei que Draco nas últimas semanas andava muito diferente. 

    — Nos resolvemos, sim. E inclusive queria marcar de nos encontrarmos todos para a gente conversar sobre um assunto bastante importante. 

    — Que assunto? — Mary teve a obrigação de ficar curiosa. 

    Sandy contou tudo que Draco havia dito para ela na noite passada, e os dois escutaram atenciosamente. Depois de contar, ela disse o que estava pensando em fazer para conseguir tirar Draco de perto das ameaças do pai:

    — Sabem a Armada de Dumbledore? — Os dois assentiram com a cabeça. — Eu sinto que a ideia de criar ela não veio atoa, sabe? Harry, Hermione e os Weasleys devem ter se inspirado em alguma coisa, e suas famílias são próximas de Dumbledore, e ele tem a capacidade e força suficiente para conseguir fazer algo como a Armada. Algo bem mais grandioso. E é essa minha teoria que eu queria confirmar conversando com esses grifinórios. 

HOGWARTS SERPENTS • Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora