Capítulo 11 Desastre Compartilhado

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Jungkook é um babaca.

Suspirei, arrumando minha mochila, enquanto meus lábios se franziam com um pequeno biquinho. Ouvi a porta do quarto se abrir e olhei sobre os ombros para Jungkook, de forma acusadora. Ele estava cheio de hematomas por causa da luta da noite anterior, e eu estava com raiva dele. Virei o rosto, voltando a pegar as minhas coisas e jogá-las na mochila. Ele se colocou ao meu lado, com uma cara de cachorro abandonado, e rapidamente meu coração tropeçou de nervosismo, e eu queria me bater por isso.

— Lindinho, olhe para mim — ele pediu, mas eu virei o rosto para o outro lado, disposto a ignorá-lo. — Lindinho.

Afastei-me de Jungkook com passos rápidos no instante em que ele levantou o braço para me tocar. Ouvi um resmungo irritado dele, mas eu já tinha aprendido que ele ficava irritado quando eu fugia dele. Eu nem me lembrava do porque estava com raiva, mas eu estava.

— Taehyung, porra, olha para mim! — ele disse irritado, mas eu me fingi de surdo, disposto a ignorá-lo. Meu queixo tremia pelo tanto de tempo que eu tinha passado com aquele bico nos lábios, mas eu não iria ceder a esse babaca. Dei de ombros e arfei quando Jungkook bateu na minha bunda. Arregalei os olhos, virando para ele, e o vi levantar uma sobrancelha. — Se vai fazer birra como uma criança, vou te castigar igual a uma.

Gritei, agarrando o travesseiro e jogando na sua direção, mas Jungkook desviou dando passos para trás e sorrindo cafajeste. Virei o rosto, e o ouvi bufar. Agarrei minha mochila, saindo do quarto e batendo a porta com força. Escutei quando ele me chamou de mimado.

— Foda-se, seu filho da puta.

(...)

Quando chegamos à faculdade, eu desci da moto, saltando porque ela era estupidamente alta, e deixei Jungkook para trás, ouvindo quando ele me chamou. Empinei o nariz caminhando em direção ao meu armário.

— Tae… Lindinho! — Jungkook me chamou, e eu olhei para ele sobre os ombros, mostrando o dedo do meio, notando quando ele trancou o maxilar.

Parei em frente ao meu armário, abrindo-o, mas arfei quando Jungkook o fechou com uma batida e me virou para ele. Cruzei os braços, encostando-me no armário e olhando para o lado.

— Chega de drama, Lindinho, você esta irritado desde ontem, eu nem sei que porra eu fiz — ele falou irritado. Arregalei os olhos quando vi Hoseok e Jimin aparecerem no corredor, enquanto me virei e agarrei sua cintura. Jungkook deu um passo para trás, segurando a minha cintura e resmungou algo que eu não entendi. Dei meu melhor sorriso, assistindo seu rosto confuso.

— Jungkook! Tae! — Jimin gritou, e eu arfei, olhando para ele e Hoseok, o vendo acenando de forma escandalosa e sorrindo. Iria me soltar de Jungkook, porém ele me prendeu nos braços, puxando-me para mais perto.

— Ei! — falei quando meus amigos se aproximaram. — Bom dia, Hyungs — os cumprimentei em coreano e Hoseok me respondeu, enquanto Jimin revirava os olhos.

— Odeio quando vocês falam em coreano — Jimin resmungou. — Nunca entendo nada. Jungkook, você fala coreano?

— Não — ele respondeu, e eu tentei me soltar, mas ele me segurou com mais força.

— Você não tem vontade de aprender? — Jimin perguntou, curioso.

— Talvez você seja desinteressado como Yoongi. Eu já tentei ensinar muitas vezes, porém ele é um caso perdido, diz que não precisa saber.  — Levantei os olhos para Jungkook quando Hoseok disse aquilo e assisti ele morder o lábio inferior, levantando o lábio de canto.

— Não quero aprender, porque quando o Lindinho fica nervoso, ele mistura o inglês com coreano, e eu acho isso fofo. — Arfei, sentindo as minhas bochechas pegarem fogo, me encolhi abaixando a cabeça e meu estômago deu voltas. A vergonha aumentou ainda mais quando Hoseok e Jimin riram.

Underground 1 : Dentro do Ringue. ( Taekook version ) Revisão Onde histórias criam vida. Descubra agora