Capítulo 10 Lindinho Mimado

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Jungkook Jeon aka Caos

Quando estou lutando, não sinto nada, não penso em nada. Tudo o que faço é levantar os punhos e socar descontroladamente, destruindo qualquer adversário, sem me importar com os socos que estou levando. Simplesmente estou agindo, lutando não como se minha vida dependesse daquilo, mas como se fosse a única coisa que sei fazer. E, então, sinto algo e não consigo parar, mesmo que tente.

Sete anos atrás.
Localização: Galpões, New York.

Arfei, debatendo e tentando me soltar do cara que me segurava com força. Minhas mãos estavam presas nas costas, e ele me arrastava por um galpão abandonado. Arregalei os olhos, vendo meu pai de joelhos e três homens ao seu entorno.

— Jungkook — meu pai me chamou, e eu gemi quando fui jogado no chão, caindo de joelhos. Olhei para o cara que se abaixou na minha frente; ele tinha os cabelos grisalhos e uma cicatriz longa na sobrancelha.

— Veja só, parece que o rato tem um ratinho. — Ele segurou nas minhas bochechas, e eu virei o rosto com raiva, soltando-me de seu aperto.

— Pare, Elias, meu filho não tem nada a ver com isso! — meu pai falou, eu vi o cara à minha frente revirar os olhos e se levantar.

— É claro que ele tem, por culpa sua. Leve-os para fora, não vou sujar meu galpão com o sangue desse imundo.

Ofeguei, arregalando os olhos quando me levantaram.

— Não! Me larga! Me solta! — gritei, debatendo-me.

Meus joelhos doeram pra caralho quando me colocaram no chão seco e cheio de brita. Levantei os olhos para o meu pai quando ele foi colocado na minha frente. Tentei me levantar, mas minha cabeça foi empurrada para baixo.

— Jungkook, feche os olhos — meu pai me disse, e eu arregalei os olhos ainda mais quando vi Elias colocar a arma apontada para sua cabeça.

— Não! Pai! Não! — gritei.

— Jungkook, me perdoe. — Foi a última coisa que ouvi do meu pai. O som do tiro foi alto. O sangue em meu rosto sumiu quando o do meu pai espirrou no meu rosto.

Ofeguei, sentindo meu corpo tremer quando vi meu pai cair na minha frente. Puxei o ar várias vezes, com os olhos arregalados, e os levantei até Elias. Gritei, me erguendo e partindo para cima dele, mal sentindo quando fui segurado, lutei me soltando, e ao mesmo tempo tentando alcançá-lo. A corrente no meu pescoço foi puxada, e caí para trás, sentindo-a me enforcar. Fui posto de joelhos e levantei os olhos para Elias, sentindo meu corpo tremer de ódio.

— Ora, ora. Parece que o ratinho está tentando revidar. — Arfei, tentando atacá-lo. Queria me vingar pela morte do meu pai, mas fui posto de joelhos novamente. Eu sentia meu rosto se molhar com as lágrimas de ódio e não desviei os olhos de Elias quando ele apontou a arma para mim. — Vamos acabar com todas as pragas.

— Pai, espere. — Um cara falou atrás de Elias. — Ele pode ser útil.

Flashback off...

Eu nunca tive realmente alguma coisa na minha vida. Primeiro, minha mãe morreu quando eu era muito pequeno, e meu pai foi morto na minha frente com um tiro na cabeça. Depois daquilo, eu fiquei sem família, sem alguém ou um lugar para voltar. Tudo que restou era o ringue, e minha vida eram as Undergrounds. Eu vivia para pagar aquela dívida que meu pai fez, e por sete anos, eu era tratado como um cachorro de luta. A minha vida inteira, fui tratado como um filho da puta.

Naquele instante, eu ouvia gritos eufóricos enquanto tinha um cara embaixo de mim e eu o socava. O suor descia pelas minhas costas, e o via tentando se proteger, mas eu já o tinha acertado algumas vezes no rosto, que sangrava.

Underground 1 : Dentro do Ringue. ( Taekook version ) Revisão Onde histórias criam vida. Descubra agora