• Borderland, o mundo onde tudo é apostado, inclusive sua vida.
Tudo de Tokyo, de repente, desaparece. Nenhuma outra cidade, nenhuma tecnologia, nenhum humano. Até que uma tela, no ar, se acende, e faz Haia seguir caminho à arena de jogos.
Foi assi...
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Tenho os olhos caídos enquanto me encosto em uma mesa onde fica a dispensa de comida. Eu estou com muito sono, mas infelizmente, tenho esse jogo para jogar. Todos também parecem com sono, inclusive Kaia, que está até babando de tanto cansaço. Eu luto contra o sono, já que caso eu caia em um sono pesado, eu posso morrer por não ter ido falar na solitária sobre meu naipe. Olho para Kaia e nego com a cabeça antes de dar um tapão na cabeça do mesmo. Com o susto do impacto que acabou de sofrer, ele levanta a cabeça tentando imaginar quem que o bateu. Sou euuuu.
- Vamos logo! Precisamos tentar descobrir quem é o Valete de Copas. - Falo o puxando de onde o mesmo está sentado. Sem sucesso, parece que ele e Chishiya tem o mesmo peso de cavalo.
- Mas eu só quero dormiiiiiiiiiir - Ele diz.
- Se você errar seu Naipe você dorme para sempre. Anda, vamos logo! - O puxo mais uma vez.
Sem opção, ele se levanta. Estamos nessa joça de jogo há mais de três horas. Nessas últimas partidas, alguma pessoas morreram, e adivinha, a maioria das pessoas que morreram estavam no grupo da Alice no País das Maravilhas. Enquanto eu e Kaia passamos pela mesa onde a Alice está, eu paro de andar quando escuto algo "interessante" sair pela boca daquela quenga.
- Aquela garota ficou contra a gente quando pensamos em matar aquele garoto - Ela diz em sussurros para os tais "amigos". - Vamos eliminá-la.
Solto uma risadinha de humor quando ela termina de falar. Ela me olha confusa antes de sorrir para mim.
- Olá! - Ela diz com o tom falso que ela sempre.
- "Olá!" - Imito ela. - Como está a matança? Percebo que você está manipulando todos aqui. - Digo com um tom alegre, como o que ela usa.
- Haia... - Kaia sussurra para mim. Está tentando me alertar.
O lanço um olhar antes de volta-lo para a Alice.
- Como? - Ela pergunta. - Não sei do que você está falando.
Me volto para o grupinho dela.
- Lembrem-se, o Valete pode ser qualquer um de nós. A amiguinha de vocês também pode ser. - Falo. - Ela é quem mais está matando aqui.
Quando termino de falar, saio da sala, sendo seguida por Kaia.
- Por que fez isso? - Ele pergunta. - Esse jogo tem que ter mortes. É assim que funciona.
- Eu sei. - Falo. - Esse jogo consiste em uma jogada suja, e ela quem é a mais suja daqui. Mas, se esse jogo tem que ter mortes, isso inclui a dela também. Ela também pode ser o Valete. Eu não menti quando falei aquilo para eles.
Escuto Kaia respirar fundo.
- Você gosta de arrumar confusão? - Ele pergunta.
- Só quando é necessário - Falo. - Mas aquilo é para alertá-los: Aquela Alice no País das Maravilhas não é flor que se cheire.
