✨Capítulo 11✨

269 29 0
                                    



Estava indo para o escritório do meu chefe

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Estava indo para o escritório do meu chefe. O Tomás tentou me impedir e disse que ia falar com ele, mas não estou braba, bom, antes estava. Mas agora não estou. Sei que ele fez aquilo porque se preocupa comigo. Mas acho que estava pressentindo que o senhor Joaquim ia me mandar embora... Espero o que eu receber dê pelo menos pra comprar os remédios do meu avô e também nas dispensa lá de casa.. Paro de andar, estou bem de frente a porta. Respiro fundo, depois solto o ar. Em seguida ergo o braço e começo a bater, mais ou menos três vezes.
- PODE ENTRAR! ESTÁ ABERTA! - ouço um berro. Na mesma hora abaixo o braço e levo a mão até a maçaneta. Abro a porta, entro e depois a fecho. Já dentro ficou olhando ao redor não tem muita coisa. Nunca entrei aqui. Quem já veio aqui foi o Tomás quando o senhor Joaquim o chamou. Na época o por que dele ter faltado o dia de trabalho e ele disse que estava doente, não dava pra ele vir trabalhar. Falei pra ele ir no hospital pra pegar um atestado. Mas ele falou que não ia adiantar, já que não é trabalho de carteira assinada e que ia perder tempo de vir ao hospital se ia perder o dia melhor ficar em casa mesmo. Porém o senhor Joaquim ficou muito puto nesse dia e estava com muito movimento que nem o Júlio deu conta. Tive que ajudá-lo na cozinha e ainda atender os clientes. Por falar nisso, esse dia foi brabo! E olho para o meu chefe, quer dizer... Meu ex chefe, estava na sua cadeira parece assinando alguns papéis. O que deve ser? Fico só observando. E de repente ele levanta a cabeça e me vê. Levanto a sobrancelha e engulo a seco, não sei o que fazer? Noto que ele revira os olhos, vira o seu rosto para lado bufando. Ele nem disfarça que não gostou de me ver. Depois voltou a olhar para mim.
- Vem logo gorda! Não tenho todo o tempo. - ergueu a mão fazendo o resto para me aproximar. Sacudir a cabeça, vou andando até a sua mesa. Me controlo para as lágrimas não cair. Quando me chego na mesa levo minha mão na cadeira para puxar pra me sentar, mas ele dá um grito. - PARÁ AGORA MESMO! O QUE VOCÊ VAI FAZER? - pergunta, erguendo a mão apontando para mim.
- Vou me sentar... - falo, minha voz sai baixa que nem dar pra ouvir direito.
- O quê? Nem pensar! Olha o seu tamanho e se sentar vai quebrar a minha cadeira. Essa merda foi caro, tá? Fica em pé mesmo! - ele disse, apontando para eu ficar em pé mesmo. Olho para o teto, fico pelo menos uns dez minutos assim. As lágrimas querendo cair, mas não posso fazer isso agora. Tenho que ser forte, pelo menos neste momento tenho que ser. Abaixo a cabeça e olho pra ele. Noto que ele me entrega um envelope.
- O que é isso? - pergunto.
- É o seu pagamento. Pega aí! - ele disse. Levo a minha mão no envelope. Logo começo a desconfiar. Estou sentindo muito leve. Abro e pego o dinheiro. Começo a contar... Não pode ser? Não, não... Levanto a cabeça para olhar pra ele.
- Está errado isso aqui? Cadê o restante, bom, acho que tem que ter mais? - indago segurando algumas notas na minha mão. Ele encosta na cadeira e me fita.
- Está tudo aí. Só que tem alguns descontos.
- Descontos? Mas de quê? Eu nunca faltei, fiz horas extras... - debato, apoio minhas mãos sobre a mesa, o encarando.
- Um momento! - ele ergueu o braço e depois se levantou da cadeira. - Parece que ficou brabinha a gorda né? - zomba. E continua. - E esses descontos que fiz foi dos seus atrasos, de comer a minha comida sem anotar na sua conta e sem contar as horas longas de almoço que você faz pra comprar remédio do seu avô. E olha fui até bonzinho. - levanta a mão com o dedo apontando para cima. - Nem teria recebido nada! - garante ele.
- Bonzinho? O senhor foi um crápula, isso sim! - reclamo, fitando ele. - Isso não é justo... - dou um pulo pelo susto que levo. Ele bateu com força na mesa me pegando de surpresa.
- CHEGA! Estou cansado dessa merda! - ele sai da sua mesa e vem até mim. - Estou sem paciência com tanta ingratidão! - aponta para mim com a voz ríspida. Ele abaixou a mão e se aproxima mais um pouco. Ergue sua mão no meu cabelo, pega uma mecha para cheirar. Me afasto dele que olha para o meu corpo. O que ele está pensando? - Até poderia dar uma segunda chance, porém... - Dar uma pausa. - Você é muito gorda. Meu pau Fica mole só de imaginar essa banha toda em cima de mim. Sinto uma lágrima cair do meu rosto. Logo, ergo minha mão para secar. - Sophia, você é enorme! Nenhum cara vai... - olho para ele que levanta a mão apontando para o meu corpo. Depois continua. - Te comer. Acho que nem isso você serve. - viro o meu rosto para o lado, abaixando. Fecho os olhos e deixo as lágrimas para baixo. E de repente ouço passos. Olho para frente. Ele se afastou indo para a porta. Abre e volta olhar pra mim. - Agora dá pra você ir? Já pegou o seu dinheiro, que tenho muito o que fazer. Não posso perder tempo! Ainda vou fazer algumas ligações e ainda hoje vou ter que entrevistar algumas garotas. - ele avisa e aponta para eu sair. Então seco mais uma vez as lágrimas. Começo a caminhar até a porta. Assim que chego viro o meu rosto e olho para ele. - ANDA! SAI LOGO! - exclama fazendo gesto para eu sair. Viro o cenho e continuo andando. Depois que estava fora, escuto a porta se fechar com força. Olho mais uma vez no envelope e com o dinheiro que estava ali. Volto a chorar. Que droga! Isso aqui vai dar pra esse mês. Levo a mão na cabeça. O que vou fazer? Droga de velho! Continuo caminhando pelo corredor. Quando estava indo para o salão que dava para porta, olho para o lado onde fica a cozinha. Será que devo falar com o Tomás? Melhor não. Com certeza vai tentar fazer alguma besteira e hoje já fez demais. Então continuo andando até a porta. Já do lado de fora do restaurante. Acho que vai dar tempo de pegar o ônibus de três horas. Mas como vou explicar para minha avó?

Preciso ser pai (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora