✨Capítulo 26✨

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O garçom veio na nossa mesa trazendo o vinho que o Vitor pediu

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O garçom veio na nossa mesa trazendo o vinho que o Vitor pediu.  Assim que ele chegou na nossa mesa com o vinho e com as taças, colocou as taças sobre a mesa e depois abriu o vinho com um saca rolha, em seguida nos serviu.  Quando terminou de servir, deixou a garrafa sobre a mesa, pois o Vitor tinha pedido. Depois deu as costas e saiu. Olhei para o Vitor, que estava saboreando o seu vinho, daí em frente ele ficou conversando com o outro homem que estava sentado com a gente. Ouvi ele o chamar de irmão. Olhei rápido para ele e notei a semelhança física, eles são parecidos, porém só na aparência, pois personalidade são bem diferentes. Bom, foi assim que notei. O Vitor foi o tempo todo educado e atencioso, apesar que antes eu achei que estava zombando de mim por conta do meu  peso, mas agora é diferente, ele até pegou na minha mão e nem ligou que as outras pessoas estavam olhando. Queria que o Tomás fizesse isso…
— Não vai beber?
Olho eu para o lado e ele estava me fitando.
— Oi? O que disse? — perguntei.
Ele colocou a taça sobre a mesa, depois se inclinou para frente, apoiando os braços.
— Eu perguntei se não vai beber o vinho. — Apontou para a taça que estava segurando com as duas mãos.
— Ah…  Isso? — Ergui mostrando para ele. Depois coloquei na mesa.  — Acho melhor não…  Não estou acostumada com essas coisas…  — Encolhi os ombros. Em seguida, abaixei a cabeça, mas senti suas mãos no meu queixo, me fazendo olhar para ele.
— Bebe. Você nem vai sentir de tão leve que é — ele disse com suavidade.
Pisquei duas vezes e depois assenti, sacudindo a cabeça. Depois ele se afastou para eu beber. Logo depois que ele se distanciou, peguei a taça e dei um gole. Depois voltei a olhar para ele.
— E aí, o que achou? — demandou, encostando na cadeira.
— É…  Gostoso… — respondi e coloquei a taça de vinho de volta sobre a mesa.
— Pode beber. — ele insistiu.
—  Não, obrigada. Na verdade, eu queria ir ao banheiro. Você sabe onde fica? — perguntei. Olhei para ele.
Se afastou da cadeira e virou o rosto para trás, acho que estava procurando o garçom. Depois ergueu o braço e começou a acenar para o garçom que estava ao lado do balcão de bebidas. Logo, o garçom veio até a nossa mesa.
— Sim senhor, o que deseja?  — indagou e fitou o Vitor.
—  Por favor mostre o toalete para essa senhorita.  — disse o Vitor apontando para mim. E notei que o garçom fez uma cara de poucos amigos para mim. Logo depois ele balançou a cabeça.
— Sim, claro. Por favor me acompanhe… — deu uma pausa.  — Senhorita. — Em seguida me levantei da cadeira, dei a volta na mesa. Ele foi caminhando na frente e eu fui seguindo atrás. Logo ele me levou para o banheiro feminino, que ficava perto de um corredor antes do que ia para cozinha. Ele se virou e apontou para a porta. — Aqui está, senhorita. — Soltou um riso, mas quando eu olhei para ele, parou. Sacudi a cabeça agradecendo. E quando eu entrei ouvi ele sussurrando algo: — Cuidado quando sentar com esse traseiro grande para não quebrar o vaso.
Virei o meu rosto imediatamente para ele e perguntei:
— O que você disse?  —  O encarei, levantando a sobrancelha e ele disse que não disse nada e depois saiu, dando as costas para mim, mas sei muito bem o que eu ouvi e não é a primeira vez que fazem piada do meu corpo. Tentei me acalmar, olhei para cima para não deixar as lágrimas caírem, então eu entrei no banheiro.

***

Quando estava saindo do banheiro, depois de lavar as minhas mãos, vi um grupo de Garçons conversando e rindo. Pensei que deveria ser alguém contando alguma piada e algo desse tipo, mas quando me aproximei e escutei do que eles estavam rindo, lágrimas começaram a cair.
O garçom que tinha me trazido até o banheiro, começou a fazer piadas sobre o meu corpo, falando como um cara rico e boa pinta poderia trazer uma baita de uma gorda no restaurante. E ainda falando que ele poderia escolher qualquer coisa, os outros começaram a rir também e ele continuou falando que estava até com medo, assim que entregasse os pedidos, que eu acabasse de comer, poderia até quebrar aquela cadeira. Seria o maior prejuízo para o chefe dele aqui no restaurante e os outros concordaram e voltaram a rir e a zombar.
Quando ouvi aquilo, senti uma dor enorme no meu peito e fechei os olhos. Deixando as lágrimas caírem. Imediatamente saí dali correndo e esbarrei em um deles, mas nem liguei continuei correndo até a mesa. Puxei a cadeira e me sentei, chorando muito.
Vítor notou o meu estado e logo se aproximou, perguntando o que houve. Mas não quero me lembrar daquela situação que acabei de presenciar e falei para ele para a gente ir embora logo dali. A voz saiu embargada de tanto que chorava. Ele continuou insistindo e pegou até na minha mão e eu acabei olhando para ele.
Bom, tentar porque não parava de cair lágrimas, eu estava me sentindo muito mal, com muita dor no coração. E de tanto ele insistir, eu acabei falando o motivo por estar assim, logo ele levantou-se da mesa e falou que ia tirar satisfação com esse tal de garçom, falando que aquilo não podia ficar assim. Ele desmerecendo a futura mãe do seu filho.
Levantou o meu rosto para olhar para ele, não acreditando. Então ele afastou a cadeira e foi em direção ao garçom. Depois olhei para o lado que estava o irmão dele sentado e olhando também perplexo o que ele ia fazer. Falei para ele ir lá impedir ele de fazer isso.  O irmão dele me ouviu e levantou, afastou-se da cadeira e foi atrás do Vitor, tentando impedir ele de fazer essa loucura.
Depois levei as mãos no meu rosto e apoiei os cotovelos na mesa, não acreditando no que o Vitor estava tentando fazer e comecei a me culpar por ter falado isso para ele.

Preciso ser pai (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora