Meet Me In The Afterglow

*Capítulo 8 Celia*

    Eu sabia que Evelyn iria lá em casa no dia seguinte quando peguei aquelas garrafas de vinho. E sabia que ela ficaria entre se enfurecer e me proteger. De certo modo, inconscientemente, eu a manipulei para que acabássemos da forma que acabamos: na cama.
   
    Quando Evelyn me levantou do chão e rumou as escadas eu comecei a rir.
  
   — Evelyn, são quase nove da manhã. Acho que não é o horário mais adequado para o que você pretende. — eu disse rindo contra sua boca.

   — Ah é? E o que eu pretendo? — ela perguntou, afastando a boca da minha e me encarando com uma sobrancelha erguida para me provocar.

   — Pretende acordar meus vizinhos com barulhos inapropriados para o horário. — Respondi, passando minhas mãos pelo seu couro cabeludo.
  
   — Como se seus vizinhos pudessem fazer muita coisa. Não é você que vive dizendo que pode fazer o que quiser só porque tem um Oscar?
  
   — Na verdade, foi Harry quem disse isso, eu só absorvi seus ensinamentos. — respondi. Evelyn se virou de costas para a porta do quarto e a empurrou com o corpo para abrir.

    Assim que entramos no quarto as risadas cessaram, os beijos ficaram mais eletrizantes e meu corpo entrou em combustão. Em todos os lugares que a pele de Evelyn entrava em contato com a minha parecia que estava me queimando, e eu estar apenas de lingerie naquele momento não estava ajudando nessa questão.

    Evelyn andou até a cama e me colocou com tanto cuidado no colchão que eu quase voltei a chorar. Ela começou a desacelerar o beijo, que passou de um beijo desesperado para um beijo apaixonado. Os lábios dela deslizavam nos meus com delicadeza, mas confiança, enquanto uma das mão de Evelyn passava por baixo das minhas costas procurando o botão de meu sutiã.

    Quando arqueei as costas para ajudá-la a abrir, nossos peitos se tocaram. Evelyn suspirou em minha boca e eu mordi seu lábio. No momento em que o sutiã se abriu Evelyn desceu os beijos aos poucos enquanto jogava a peça pro outro lado da cama.

    Senti Evelyn dar um chupão em meu pescoço e puxei seu cabelo duramente para que ela parasse antes que deixasse uma marca, mas ela apenas colocou a boca perto do meu ouvido.

   — Desculpe querida, mas preciso ter uma prova de que você é minha. — ela sussurrou.

    Imediatamente troquei nossas posições, montando nela. Me inclinei para que nossos peitos se encontrassem e levei meu rosto para o pé de seu ouvido.

   — Então me deixe provar para você o quanto sou sua.

    Coloquei minhas mãos sob a blusa de Evelyn. Aquela blusa estava me enlouquecendo por ser tão justa, fazendo justiça a beleza dos seios de Evelyn. Lembro de ter pensado que o sutiã que ela estava usando devia ser de um tecido muito fino, pois dava para ver que os mamilos dela já estavam rígidos.

    Quando comecei a subir minhas mãos, Evelyn suspirou, e senti seus poros se arrepiarem sob meu toque. Quando cheguei alto o suficiente em seu corpo parei minhas mãos bruscamente, arregalando um pouco meus olhos, surpresa. Olhei para a mulher sob mim e ela estava com um sorriso indecente em seus lábios.

    Evelyn estava sem sutiã.

    Levantei as sobrancelhas para ela enquanto levei uma de minhas mãos ao seu lindo seio. Evelyn soltou uma lufada de ar antes de sussurrar:

   — Eu estou sempre preparada, meu amor.

   — É, estou vendo — respondi — Esqueceu a parte de baixo também?

   — Veja você mesma — foi sua resposta, e apertei levemente seu peito.

    Evelyn gemeu baixinho pela minha reação inesperada e me puxou para mais perto para um beijo, mas eu me recusei.