Meet Me In The Afterglow

Capítulo 12 Celia

   — Como assim Malibu? — perguntei completamente confusa. Evelyn se levantou da cama.

   — Nós vamos para Malibu, Sweetheart. — ela pegou uma mala na parte de cima da prateleira do closet — O que não está entendendo?

   — Não estou entendendo o porquê dessa ida repentina até Malibu — respondi.

    Evelyn estava arrumando minha mala com saídas de praia, maiôs e biquínis, shorts, blusinhas e um vestidinho que eu tinha que ela amava. Ela também pôs uma calça jeans e uma de moletom, dois casacos, roupas íntimas  e fechou a mala. Ela foi até mim e colocou a mala perto dos meus pés, em seguida rumou o banheiro.

   — Sua surpresa está lá. Não quero nenhum questionamento até chegarmos, você vai entender tudo depois. — respondeu do banheiro.

    Ela voltou com as mãos cheias com um protetor solar, desodorante, escova de dentes, perfume e cremes para pele e cabelo. Jogou tudo na cama, pegou uma bolsinha e colocou as coisas dentro.

    Fiquei olhando o cuidado com que ela arrumava minhas coisas com toda a concentração que tinha naquela mulher. Todo o carinho e preocupação em organizar tudo da mesma forma que eu sempre fazia. Quando foi que Evelyn me viu fazer as malas?

    Então eu me lembrei...

   — Obrigada. — eu disse, repentinamente.

   — Deixe os agradecimentos para depois, você ainda não viu nada da loucura que eu fiz. — ela respondeu, sem tirar os olhos da bolsa onde organizava os meus xampus e os três tipos de condicionadores que eu usava.

   — Evelyn. — eu a chamei, colocando minha mão por cima da sua, a voz meio aflita, o que a fez olhar para mim — Obrigada.

    Evelyn sorriu enquanto me olhava nos olhos. Ela não disse nada, só veio até mim sentada na cama e se abaixou para me beijar.

    A princípio era um beijo um pouco casto, mas quando ela fez de se afastar coloquei meus braços ao redor de seu pescoço e a puxei para mim.

    Me deitei devagar enquanto puxava Evelyn para cima de mim. Passei minha língua por seus lábios para que o beijo se intensifica-se e ela abriu a boca para mim.

    A beijei com intensidade, com todo o amor que eu tinha em meu coração. Nossas línguas deslizando em sincronia, suas mãos estavam em minha cintura subindo por minhas costelas, descendo novamente até minha bunda e apertando lenta e levemente. 

    Eu não conseguia entender, não entrava em minha cabeça na época, como eu podia merecer uma mulher como aquela. Como eu consegui suportar todo esse tempo que passei sem tocá-la, sem olhá-la, sem seu cheiro, sua risada... Como pensei que conseguiria ser feliz sem ela? Como achei que aguentaria muito tempo sem seu colo, sem sentir sua respiração em minha nuca enquanto ela dormia e sem sentir seu corpo encaixado às minhas costas todas noites?

    Passei a mão pelos cabelos loiros e macios de Evelyn, por sua nuca e seus ombros, suas costas, agradecendo aos céus por estar de novo nos braços da mulher que eu amava. Voltei com elas e segurei seu rosto.

    Nesse momento paramos para respirar e ela encostou sua testa na minha. Olhei para aqueles abismos castanhos e me perguntei como pude ter sequer cogitado abandonar essa mulher. 

    Evelyn esfregou o seu nariz no meu e eu dei um risinho. Meu coração estava acelerado.

   — Eu te amo — eu disse em voz firme para ela. Meus olhos começando a arder.

    Evelyn sabia extremamente o que se passava em minha cabeça e por que eu estava dizendo aquilo com tanta convicção.

   — Eu sei, querida — ela sussurrou para mim e sorriu — Eu sei.