*Capítulo 20 Evelyn*

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    Celia correu até mim e me beijou. Um beijo com sabor de desculpas e arrependimento, de uísque e batom.

    Suas mãos estavam em meu cabelo, os braços ao redor do meu pescoço. Coloquei minhas mãos em sua cintura, a segurando perto de mim. Subia e descia minhas mãos por suas costelas, sentindo suas curvas, enquanto ela percorreu meu lábio inferior com a língua pedindo permissão para aprofundar o beijo.


    Cedi e abri meus lábios devagar, sentindo nossas línguas se encontrarem. Um arrepio me percorreu e levei uma mão até suas costas e a trouxe mais para mim. Celia suspirou.

    Senti a mão de Celia ir à minha bochecha, acariciando meu rosto com o polegar, e então ela se afastou um pouco. Celia tinha os olhos fechados, a testa contra a minha.

    — Você me perdoa Evelyn? Me perdoa por tentar fugir... De novo? — a última parte veio em um sussurro sofrido. Senti a dor dela, a aflição em seu rosto, e meu peito se apertou.

    Por mais magoada que eu ainda estivesse eu não gostava de discutir com Celia. Guardei tudo o que sentia, toda a raiva e mágoa, as palavras que ainda queria dizer a ela, dentro de mim e coloquei meus dedos em seu queixo, puxando levemente para cima para que ela me olhasse.

    Eu ia dizer a ela que estava tudo bem, que eu não me importava, ia varrer o problema para debaixo do tapete. Entretanto, não consegui dizer nada, senti tudo entalado em minha garganta e engoli em seco.

    Quando vi aqueles olhos azuis marejados, ansiosos por minha resposta, senti meu coração explodir em meu peito. Então levei ambas as mãos ao seu rosto e a beijei, beijei até ela esquecer aquilo tudo; até ela perder toda a culpa que sentia.

    Eu ainda não sabia como iria resolver o problema da revista, mas não queria pensar naquilo. Celia iria embora em poucos dias, não tínhamos tempo para esses problemas. Nós sabíamos a verdade, e aquilo bastava para nós.

    Não sei dizer exatamente o momento em que o beijo se tornou mais intenso, passando de lento e calmo para intenso e quente. Celia fechou suas mãos em punhos em meus cabelos e eu a puxava cada vez mais contra meu corpo, minhas mãos passeando por todas as suas curvas tão familiares para mim.

    Desci uma das mãos até sua bunda e a apertei, ouvindo Celia suspirar contra meus lábios. Passei ambas as mãos por suas coxas e a ergui do chão. Celia travou as pernas ao redor de minha cintura, me apertando entre elas e depois soltando, roçando o corpo contra o meu enquanto eu ia conosco em direção à cama.

    — Eu só acho... — eu disse entre beijos — que ainda não lhe mostrei... realmente... como é profundo o... meu amor por você... — eu sorria maliciosamente enquanto falava, distribuindo beijos por toda a região do rosto, queixo, pescoço e colo de Celia.

    Sentia a respiração ofegante dela contra mim com cada levantar e descer de seu peito. Além de beijos comecei a morder sua pele branca, a deixando avermelhada, e beijava e mordia em cada pinta, contando suas sardas e deixando minha marca por onde passava.

    Olhei para cima e Celia estava de olhos fechados, o cenho franzido e os lábios entreabertos. Suas mãos estavam em meus ombros e cabelo, me arranhando e apertando. Lambi devagar para cima, do decote aonde eu estava, até sua boca novamente, onde mordi aqueles lindos lábios rosados e volumosos.

    Celia abriu os olhos e olhou para mim, então para minha boca a milímetros da sua, ela se projetou para frente, querendo que eu a beijasse, porém me afastei. Olhei-a nos olhos, meu olhar penetrando o seu até seu interior, sua alma, suas nuances. Sorri de lado e comecei a despi-la devagar.

Meet Me In The AfterglowOnde histórias criam vida. Descubra agora