Capítulo 5

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Após terem se passados umas 3 horas o Livinho começa a acordar.

Oliver: Que horas são? - Diz com a voz rouca.

Ashanti: Boa tarde pra você também - Ele me olha - 17:30 rs, bom acho que não vamos mais conseguir ir pra Búzios hoje né? Não consegui arrumar as minhas coisas.

Oliver: Vai pra sua casa, arruma tuas coisas que eu passo lá pra te pegar e vamo de lá - Quando eu ia retrucar ele se adianta - É uma ordem.

Ashanti: E.. então mas teríamos que ver sobre a questão dos meus horários né, horário de entrada, saída, essas coisinhas de TRABALHO né? - Digo meio receosa mas bolada por ele achar que tenho que ficar a disposição 24hrs por dia.

Oliver: A Débora não te avisou não? Tu tem que ficar a disposição 24hrs por dia e tem uma folga por semana - Oi?

Ashanti: Ela não tinha me falado isso, olha acho melhor eu falar com ela e vocês procur-

Oliver: Mas por 8 conto tem que ser isso mesmo.

8 mil...

Ashanti: Procurarem mais coisas pra eu fazer, que isso, só te auxiliar? Muito de boas - Digo dando um sorrisão de orelha a orelha - Bom, então eu vou indo pra casa.

Oliver: Passo lá em 2 hrs.

Ashanti: Blza, tchau chefe.

Saindo de lá pegando o celular e buscando no Google Maps como eu ia voltar pra casa, vou indo em direção ao metrô próximo, meu Deus, que dia, que dia.

Chego em casa depois de 1:30, logo tiro meu tênis e me jogo no sofá exausta, finalmente podendo ficar só com o meu silêncio, a solidão não é algo necessariamente ruim, eu sei, eu sei que no início falei que era péssima, mas isso quando impõem a mesma há você e você não tem outra alternativa a não ser ela, mas quando ela é uma opção por um tempo, curto que seja, é até boa, só você, o seu silencia, seus pensamentos e nenhuma interferência.

Fico alguns minutos jogada no sofá, pensando em tudo e pensando em como estava me sentindo em relação a tudo que aconteceu, eu ainda não me amo, mas sempre que possível tento criar/desenvolver  um movimento de autocuidado, priorizando meus sentimentos , emoções, dá certo? Na maioria das vezes não, mas tô tentando.

Dona Rute, será que eu vou dar conta? Devo ficar lá? Ou pedir as contas e fingir que nada aconteceu, como eu queria ter ela aqui, pra me abençoar, aconselhar ou só estar aqui, até a presença dela me confortava.

Mas vou orar e pedir pra ela e pros orixás me guiarem. Depois dos minutos de reflexão me levanto indo até o quarto arrumar as minhas coisas.

Produtos de higiene (x)

Calcinhas (x)

Roupa de dormir (x)

Calças e camisetas (x)

Acho que ta pronto, o Livinho avisou que vamos passar apenas dois dias lá, há devem estar se perguntando o porquê não estou levando biquinis ou shorts, ainda não me sinto confortável usar eles na frente de outras pessoas, eu acho lindo em outras meninas, mas quando eu uso, sinto que estão me olhando e julgando e sinto desconfortável, então prefiro não usar, com shorts é o mesmo, minhas coxas são bem grossas, aí me sinto um pouco mal, neura minha? Sim, mas vou trabalhar isso.

Termino de arrumar tudo e vou tomar um banho, adoro tomar banho, quando tô triste, feliz, desanimada, parece que ele tem o poder de levar a energia ruim embora e me recarregar, fico moscando e ouvindo meu sambinha, aproveito pra lavar o cabelo. Depois de uns 20 minutos, saio de vou me arrumar.

Preciso de mimOnde histórias criam vida. Descubra agora