Capítulo 7

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Vamos em direção a recepção para entrar nos quartos, vou indo atrás dele quando percebo que ele vai até uma das cadeiras que tinham ali, se sentando, pera, ele não ia fazer o check in? Ele não falou nada comigo, então imaginei que já tinha resolvido isso ou que iriamos ficar em alguma casa dele ou de alguém.

Ashanti: Livinho? Vc alugou os chalés? - De longe dava pra ver que não eram quartos, eram tipo chalés, bem bonitinhos por sinal e caros também, dava pra ver só pelo porcelanato do chão.

Livinho: Resolve lá - Fala se virando pro celular.

Gente, juro, esse homem é inacreditável. Sem opções, vou em direção a recepcionista.

Ashanti: Boa noite, tudo bem? Vc tem quartos disponível?

Recepcionista: Oi - Os olhos vagam dos meus pés até a cabeça - É a faxineira nova né? Terceira porta a esquerda.

Não é possível cara.

Ashanti: Olha, não sei o que faz com que vc pense que eu sou a nova faxineira, na verdade até sei, mas vou ignorar pra não me igualar a vc, sou cliente e gostaria que respondesse minha pergunta anterior, isso se a sua capacidade cognitiva permitir claro - Racistas tem limitação cognitiva, essa não era diferente - Digo e dou um sorrisinho.

Ela da um sorrisinho de deboche e vira os olhos pro computador.

Recepcionista: Temos apenas um chalé, alta temporada, o valor da diária é R$ 3.500,00, incluso café da manhã e serviço de quarto, se quiser também, daqui umas 4 ruas tem uma pensãozinha charmosa - O sorrisinho de deboche não sei do rosto.

Livinho: Vai esse mesmo - Sinto seu corpo se aproximar das minhas costas.

Os olhos da moço se arregalam um pouco reconhecendo ele e logo o deboche vai abandonando seu rosto.

Recepcionista: O..Oi, prazer em recebe-lo - Um sorriso de orelha a orelha surge em seu rosto.

Ashanti: Livinho é um chalé só, não dá, vamos ver em outro lugar, deve ter vários hotéis por aqui.

Livinho: Tem cama separada? - Diz olhando pra moça da recepção.

Ela parece estar em transe, com o sorriso no rosto e olhando em direção ao meu chefe. Depois de alguns segundos ela parece despertar.

Recepcionista: Ah, é comigo?

Livinho: Não, sou médium e tô falando com os espíritos daqui porra!

Ele se irrita muito fácil.

Recepcionista: Vou verificar, 1 minuto - Seus olhos se viram novamente pra tela do computador - Tem apenas uma cama de casal, mas se desejar podemos verificar um colchão auxiliar.

Livinho: Arranja aí faz favor.

Ashanti: Livinho, é melho-

Livinho: Bora - Fala pegando a chave do chalé e indo em direção a uma porta grande que acredito que deem acesso aos chalés.

Bufo passando as mãos no rosto e olhando pro teto.

Aluguel, água, luz, internet, faculdade...

Com meu mantra em mente dou uma corridinha pra alcançar meu chefe, entramos em uma área que poxaa, que lindo, parece um palácio, tem a área coberta e mais a frente um caminho com plantas que acredito que seja o caminho pra ir pros quartos.

Acho que o Livinho já veio aqui, segue o caminho certinho, vou seguindo o mesmo, os chalés parecem casinhas, muito fofos, são maiores que a minha casa, certeza, andamos mais um pouco e logo avisto o número do nosso quarto: 44.

Preciso de mimOnde histórias criam vida. Descubra agora