Capítulo 10

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Livinho: Blza - Diz e volta pro meu pescoço.

Desvio dele surpresa pela sua reação, pera, simples assim?

Ashanti: Pera, vc entendeu o que eu falei? O máximo que eu dei foram uns beijinhos, nunca fiz nada além disse com ninguém - Confesso olhando pra ele, observando seus movimentos.

Livinho: Já sabia.

Ashanti: Como??

Livinho: Teu jeito, teu beijo, entregam.

Ele ta falando que eu beijo mal? Tô confusa.

Ashanti: Mas eu beijo mal? Tudo bem que só beijei duas pes- Sou interrompida (como sempre), com a boca dele na minha, o beijo é bruto, nossas línguas se encaixam certinho, lento, com cuidado, mas ao mesmo tempo forte, o corpo dele ta totalmente em cima do meu, meus peitos esmagados pelo seu peitoral e nossas intimidades em contato.

Suas mãos vão até o meu cabelo de novo, puxando o mesmo, ele vai descendo os beijos até o meu busto e peitos, sinto sua língua em contato com o bico do meu peito, ele beija o mesmo, bem devagar e logo abocanha. Estou em êxtase, não tem jeito, vou me entregar pra ele.

Desperto do transe com o som do meu telefone, puts merda, bem agora, decido ignorar mas a pessoa do outro lado é insistente, vai que é importante.

Ashanti: Livinho - Gemo, tentando chamá-lo, ele continua sugando e beijando meus peitos - Livinho, é sério, deve ser importante - Sei que ele também ouviu o telefone, só está ignorando.

Ele me ignora, fazendo com que eu tente levantar mesmo assim, o mesmo agarra a minha cintura.

Livinho: Para porra - Dá um aperto mais forte na minha cintura, voltando aos meus peitos.

Ashanti: É sério cara, deve ser importante - Meu chefe já me olha.

Livinho: Não é aquele filho da puta não né? - Tava demoraaando.

Ashanti: Não sei - O aperto se intensifica - Vou lá ver, sério.

O aperto fica mais fraco e me levanto indo em direção ao canto do quarto, ignorando fato de estar apenas de calcinha. Alcanço o telefone e vejo o nome da Débora na tela, ufa, até que enfim.

Livinho: Quem é?

Ashanti: Minha vizinha - Afasto o celular do rosto para falar pra ele - Acabo mentindo, preciso conversar em off com a Débora.

Débora: Oi Asha, mil desculpas, eu tava em uma correria danada, só via agora as mensagens e ligações, o que aconteceu?

Ashanti: Oii, tudo bem, eu preciso conversar com vc - Digo indo em direção a minha mala pra pegar algumas peças de roupas, visto as mesmas indo em direção a varanda.

Livinho: Por que vai sair pra falar? Deixa eu ver quem é - Ameaça vir na minha direção.

Ashanti: Paro, a ligação ta ruim aqui, vai controlar meu celular agora também? - Bufo irritada - Já volto. Sigo o caminho indo em direção a varanda.

Ashanti: Oi Déb, vim aqui pra fora para conseguirmos falar, olha, eu sei que vc confiou em mim e meu deu uma oportunidade, eu sou muito grata, juro, mas não dá, simplesmente não dá, ele surtou duas vezes em um dia, totalmente agressivo, não dá - Falo tudo muito rápido, com receio dele vir até aqui.

Débora: Asha, eu imagino como deve estar se sentindo, mas precisamos de vc, vc foi a primeira que ele aceitou, estamos a um bom tempo tentando contratar uma auxiliar pra ele e ele dispensava eles só de olhar na cara, sei que a situação é muito difícil, mas preciso da sua ajuda - A voz dele transparece cansaço.

Ashanti: Déb, eu te entendo, mas esse comportamento dele não é normal, ele faz algum acompanhamento psicológico? - Ouço ela suspirar do outro lado da linha.

Déb: Sabia que esse momento ia chegar, precisamos conversar presencialmente.

Ashanti: Ele tem alguma questão né? Eu sabia, comentei com ele que não ia ficar no cargo, e como previsto ele deu uma surtada, preciso que tente conversar com ele, eu quero muito te ajudar Déb, mas eu vou acabar enlouquecendo com ele, quero ir embora o mais rápido possível.

Poderia estar tomando uma decisão precipitada, pelo pouco tempo e até mesmo pela situação de alguns minutos atrás, mas não dá, não posso mais mergulhar nisso e preciso sair enquanto é tempo.

Débora: Tudo bem Asha, vou ligar pra ele agora, me manda por mensagem o nome do hotel/casa que vcs estão que vou mandar um carro te buscar pra te trazer de volta, não vou te forçar a nada, conversarmos e se for da sua vontade vc volta a trabalhar conosco ou não.

Ashanti: Obrigada, desculpa, mas realmente não dá, vou arrumar as minhas coisas.

Débora: Ta bom querida, tô ligando pra ele, bjs.

Ashanti: Bjs, obrigada de novo - Ufa, acho que deu certo, pelo menos a primeira parte. Agora é voltar pra enfrentar a fera. Sigo de volta pro quarto, ele permanece deitado na cama, agora com um dos braços atrás da cabeça e o outro mexendo no celular. Assim que ouve meus passos, sobe o olhar pra mim, aquele olhar. É agora ou nunca.

Livinho: Vem - Bate a mão do lado do colchão.

Respiro fundo, bem fundo, olho pra ele observando seus traços, tô assustada com a reação dele.

Ashanti: Livinho, era a Débora, nós conversamos, eu já tinha te avisado, não dá pra trabalhar com vc, pelo menos não assim, eu vou arrumar as minhas coisas e vol- Me assusto com o pulo que ele dá da cama.

Livinho: Ta ficando louca? Em? FALEI PRA TU QUE NINGUÉM TE MANDOU ENTRAR NESSA PORRA! AGORA VAI COMIGO ATÉ O FIM, NÃO TEM ESSA DE PULAR DO BARCO NÃO! - Ele se aproxima de mim, nervoso como sempre.

Ashanti: Não é vc que decide isso, sou eu, nos conhecemos a menos de 2 dias e quantos surtos vc já teve? Em? A forma como vc me trata, nem parece aquele artista que eu idealizava antes de te conhecer - Desabafo - E o seu comportamento? Vc acha normal? Vc bateu em uma pessoa que conhecia a menos de 10 minutos, eu não posso, eu não vou passar por isso, agradeço a oportunidade, mas pra mim não dá.

Ele ri, ele RI, meu Deus, é pior que do que eu pensei, ele se aproxima mais, agora um pouco mais devagar.

Livinho: E tu acha que vai conseguir ir embora assim? Em? Com o meu cheiro no seu corpo - Ele ta com um olhar de predador - Um? Vai conseguir ir depois de sentir minha língua na sua boca? Meus chupões? - Ele finalmente me alcança, colocando uma das suas mãos no meu pescoço apertando um pouco e uma na minha cintura apertando bem.

Eu já tô fraca, não consigo sequer responder ele, eu não sei, não sei se vou conseguir ir depois de tudo isso, que merda. Preciso ser forte.

Ashanti: Livinho, para, por fa- Sua boca encosta no meu pescoço dando um beijo bem leve, minha pele arrepia - Eu.. eu já decid- Outro beijo, ele raspa a boca no meu pescoço - Por favor - Falo em forma de gemido.

Livinho: Tu vai ficar - Não era um pedido - Tu.vai.ficar - Diz pausadamente apertando um pouco mais o meu pescoço - Seu olhos acompanham os meus de um lado pro outro, ele faz sinal de positivo com a cabeça e eu só acompanho seu movimento, afirmando com a cabeça que iria ficar, era como se o meu corpo não me obedecesse mais.

Ashanti: Eu vou fi- Seu lábios esmagam o meu, o beijo enquanto uma lágrima solitária cai sobre o meu rosto, me rendi a ele, de novo.

De novo...

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