Capítulo 8

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Ashanti: Eu não marquei com ninguém, só trouxe porque é confortável - Digo tentando pegar de novo.

Livinho: Tu ta me achando com cara de otário caralho? - Aumentou o tom da voz - Pra que tu trouxe essa porra? - Fala de forma mais lenta, como seu eu tivesse alguma dificuldade pra entender - Ele se aproxima um pouco já passando as mãos no cabelo de forma nervosa.

Ashanti: Eu já falei, eu nunca nem vim aqui? Ia combinar com quem? - Mas se combinasse também, qual o problema? Por que vc age desse jeito? Eu fico, me encontro, converso com quem EU quiser, qual seu problema? - Não entendo ele, de verdade.

Ele solta um risada sem humor, se virando e pegando o vaso que tinha em cima da cabeceira e tacando no chão. Tomo um susto soltando um grito.

Ele começa andar de um lado pro outro passando as mãos na cabeça como da última vez.

Livinho: ME EXPLICA!! TU COMBINOU COM AQUELE FILHO DA PUTA QUE VEIO TRAZER O COLCHÃO, NUM FOI? EM?!

Não penso muito e tento ir em direção ao meu celular ligar pra Débora, ela não tinha retornado minhas mensagens ou ligações ainda, mas não tinha muita escolha, tinha que achar alguém pra controlar ele.

Quando faço menção de sair do lugar ele vai até o meu celular, estava mais perto dele do que de mim e taca no quanto do quarto.

Ashanti: Você tem algum problema, não é possível!! Eu NÃO marquei com ninguém, eu estava em todos os momentos do seu lado, como iria marcar?

Livinho: TU MARCOU! OLHA PRA ESSA PORRA- Pegou minha calcinha de novo levantando perto do seu rosto - Ele vai até um quadro que estava pendurado e joga no chão também.

O que eu faço? Pensa, pensa.

Ashanti: Livinho, pelo amor de Deus, eu não trouxe pra ninguém, eu já falei é confortável, só isso.

Ele se aproxima mais pegando meu rosto com uma mão, não aperta muito, mas o suficiente pra me fazer olhar em seus olhos.

Livinho: FALA PRA QUE FILHO DA PUTA VC TROUXE ESSA MERDA!! - Fala tudo gritando no meu rosto.

Fecho os olhos e uma lágrima cai, tento mas não consigo segurar o choro, tô chorando mais nesses quase dois dias que trabalho com ele do que nos últimos anos.

Ashanti: Pra ninguém, eu juro, eu juro - Abro meu olhos e encaro os seus, que estão extremamente vermelhos, ele acompanha os meus olhos de um lado pro outro, parece que nossos olhos estavam presos um ao outro - Por favor, isso é loucura - Coloco uma mão em cima da sua que estão no meu rosto e outra no seu braço, sua pele se arrepia.

Livinho: NÃO ME FAZ DE OTÁRIO PORRA! - Ele não vai desistir, criou isso na cabeça e eu tenho que achar alguma desculpa pra sair disso, só não sei o que.

Ashanti: Ta, e.. eu, eu - Ele aperta mais meu rosto - Trouxe pr-

Vendo que eu ia "confessar", ele me conduz com a mão ainda no meu rosto até a parece e me encosta na mesma. O que eu falo? Não posso falar que só tinha essa, ou que de fato trouxe pra outra pessoa, já falei que é confortável então não posso falar que peguei errado, meu Deus, meus guias, me ajudem.

Os olhos dele se apertam mais e a respiração está desregulada.

Ashanti: Pra você, trouxe pra você - Meu Deus, o que eu fiz?

Os olhos dele se arregalam e logo o aperto no meu rosto afrouxa, ele se afasta um pouco parecendo ter se assustado, minhas lágrimas ainda descem. Coloco minha atenção nele, nos seus movimentos, será que ele vai ficar bolado? Senhor, que homem imprevisível.

Ele abaixa um pouco a cabeça perecendo pensar um pouco, preciso desfazer o que eu fiz.

Ashanti: Eu sei, sou uma sonsa, pensei que vc olharia pra mim, doida né? Melhor esquecermos tudo e seguirmos, afinal de contas, trabalhamos juntos - Ufa.

Aparentemente mais calmo, penso que ele vai se afastar, mas pelo contrário, se aproxima me encurralando na parede, os seus braços vão uma de cada lado do meu rosto, encostando as mãos na parede.

Ashanti: Livinho? Esquece o que eu falei, ta? Nós trabalhamos juntos, por favor esquec- Sou interrompida pelo rosto dele se aproximando do meu, meu Deus, ele vai me beijar - Tento sair dos sue braços, mas ele aproxima mais o corpo me prendendo com o mesmo, ele olha todos os meus traços, olhos, boca, nariz, bem lentamente.

Seu rosto vai até o meu, mas precisamente nos meus cabelos, cheira o mesmo e desce pro meu pescoço dando uma cheirando forte o mesmo, ele esfrega um a boca e o rosto no meu pescoço.

Ashanti: Livinho, e- Minha pele arrepia.

Ele cheira de novo meu pescoço, volta ao meu rosto olhando o mesmo novamente, ele se aproxima mais e passa a língua de forma lenta nos meus lábios, chupando meu lábio inferior. Um calor sobe pelo meu corpo, caramba, ele faz tudo bem devagar, o que faz com que seja ainda mais sensual, ele sabe o que faz.

Sua mão vai até o meu rosto, puxando meu queixo pra baixo, ofego abrindo um pouco a boca e ele aproveita pra pegar minha língua e chupar a mesma, sei que descrevendo parecendo um pouco estranho kkk, mas juro que é muito gostoso. Sua mão vai até o meu cabelo, puxando o mesmo pra trás, fazendo aquele jogo de beija ou não beija, eu já estou ofegante, não queria, juro, mas não consigo, o olhar dele, a respiração, o corpo grudado no meu.

Ele volta pro meu pescoço lambendo o mesmo e apertando mais o seu corpo no meu, chupa forte meu pescoço chegando a doer, solto um gemido por conta da dor, isso parece atiçar ele ainda mais, porque vai até o outro lado do meu pescoço fazendo o mesmo, solto outro gemido. Ele ta me deixando doida, isso que nem me beijou ainda.

Em um movimento rápido ele me vira, me colocando de trás pra ele, pressiona mais o corpo no meu, passando um dos braços na parte de frente do mesmo corpo e agarrando um dos meus seios, com a outra mão ele afasta o meu cabelo chupando meu pescoço e minha orelha.

Livinho: Quero te comer - A voz dele ta rouca, baixinha e tranquila, ele parecia ter se acalmado, ele fala no meu ouvido.

O som da sua voz parece que me tira do transe, eu tô prestes a transar com ele, meu Deus.

Me separo da parede empurrando um pouco o corpo dele, ainda ofegando, corro pegando minha calcinha e minhas roupas indo até o banheiro e fechando a porta rápido, Livinho tenta ir atrás de mim, mas sou mais rápida e fecho a porta trancando. Suspiro descendo até o chão com as costas encostadas na porta, o que eu tô fazendo?

Ele acabou de me agredir, surtou por nada, me trata mal e ainda é meu chefe.

Como eu pude ser tão fraca me rendendo pra ele desse jeito? Eu preciso me afastar, agora mais do que nunca, mas a pergunta é:

Como?

Preciso de mimOnde histórias criam vida. Descubra agora