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A VANTAGEM DO QATAR SER UM PAÍS PEQUENO era que aparentemente todos os brasileiros estavam no mesmo metro quadrado. Depois de esbarrar em Diogo Defante que se juntou a ela e Liz para reencontrar a sua equipe, ficou mais fácil seguir outros grupos de brasileiros. Haviam alguns chegando e se organizando para irem até os hotéis.
— Falaram que lá fora é mais quente que o Hell de Janeiro. — Defante avisou arrumando o enorme chapéu verde e amarelo que estava usando. — A equipe vai para o mesmo hotel de vocês, só pedir para o táxi de vocês seguir o nosso.
— Obrigada! — Estela e Liz o seguiam junto com um grupo composto de outros três caras.
Um deles estava atento só ao celular, o outro passando mal devido a viagem e o terceiro segurava uma câmera e tentava gravar sempre que Defante apontava para algo interessante.
Ao saírem para fora do aeroporto para pegar o táxi, foi possível sentir a mudança da temperatura. Estela que havia nascido e crescido em São Luís no Maranhão, não achou muito alarmante. Mas sentiu o impacto por estar também muitos meses em um país frio.
Mas Liz ficou muito mais branca do que já era e a cor deixou o rosto da garota por um instante. E isso sendo que o sol já havia se posto e o clima estava mais ameno.
— Eu sinto que minha alma entrou em um forno. — Liz murmurou. Logo em seguida entraram em um táxi e felizmente tinha ar condicionado.
Fizeram como Defante indicou e seguiram o seu carro até o hotel e levou apenas cerca de quinze minutos. Foi possível ter um vislumbre daquela parte da cidade e o tamanho do luxo chocou Estela e Liz.
Os prédios e arranhas céus que pareciam tocar as nuvens, a arquitetura e design indicavam que tudo era novo. Era diferente de Londres que parecia ter sido transportada do século XVIII para a atualidade e feito alguns ajustes no caminho. Não, parecia que a cidade havia acabado de nascer do golfo pérsico. Então ela lembrou de que eles eram um país em extrema pobreza e foi a descoberta de sítios de petróleo que mudou toda a economia.
Chegando no hotel, o luxo ficou escancarado. Havia um chafariz na entrada, e na recepção pinturas que remetiam à cultura árabe da região, uma mistura de história e tecnologia que enchia os olhos.
Estela se virou para Liz para exclamar e compartilhar o que estava achando, mas ao olhar o rosto da amiga percebeu que ela não estava muito bem depois da longa viagem.
— Eu vou fazer o check-in para a gente, ok? Senta um pouco, eu já volto. — Ela guiou Liz até um dos sofás e deixou uma garrafa de água com ela.
— Você é um anjo, Estela. — Ela sentou e relaxou.
Em poucos minutos realizaram o check-in e receberam o cartão de acesso para os quartos e seguiram para o elevador.
— Estela, você por acaso sabe onde os jogadores estão hospedados? — Lizzie olhou para ela com um meio sorriso.
— Não. Por quê? Já quer escapar para o quarto do Son?
— Claro que sim, sua sonsa. Mas não era isso que eu estava pensando. — Liz fez uma careta para ela. — Como é que você e o Richarlison vão se ver?
— Eu vou vê-lo bem durante o jogo, vou estar com a torcida. — Estela deu de ombros.
— Sério? Achei que já tínhamos passado dessa fase.
— Que fase?
— A da negação! — Lizzie falou e mostrou a língua para ela. O elevador parou e as duas saíram para o corredor. — Quantos andares tem esse hotel? Ficamos uns dez anos no elevador.
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✔ A CIÊNCIA DO JOGO - Richarlison
Fiksi PenggemarDOIS BRASILEIROS EM LONDRES, a princípio essa era a única coisa em comum entre Richarlison e Estela. Longe de casa e lutando por coisas completamente diferentes, de alguma forma a história dos dois se cruza em um complicado nó que tem cara de confus...