2ª Sessão de Psicoterapia

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Atlanta é a cidade que escolhi como meu segundo lar, vim para cá quando sai da casa dos meus pais em busca do meu sonho. Ela é conhecida como a terra das oportunidades e as pessoas daqui são muito hospitaleiras. Sinto uma enorme gratidão por ter sido acolhida.

Atlanta é a capital da Geórgia e gosto de pensar que a origem de seu nome tem conexão com a lenda do continente perdido de Atlântida. É uma cidade que teve papel fundamental no movimento dos direitos civis dos negros. Tenho orgulho da capital, ela renasceu das cinzas após ser totalmente incendiada durante a guerra civil.

No exato momento que cogitava a ideia de dedicar tempo integral ao trabalho de diretora de elenco surgiu o convite para interpretar Carol Peletier, a dona de casa que se transformou em uma assassina letal, mudando minha vida de uma vez por todas.

No início da série as gravações eram todas na Geórgia, mas com o decorrer do tempo elas se estenderam até Senóia.

Como atriz é gratificante dar vida a uma personagem tão rica e cheia de camadas que me proporciona experiências incríveis. Carol é como uma melhor amiga. Se fosse outro personagem talvez não tivesse dedicado tanto tempo assim, já se foram 10 anos, mas Carol para mim é questão de honra, quero um final digno para ela. 

Nunca almejei ser famosa, não suporto a ideia de estar em capas de revistas ou noticiários por motivos que não sejam únicos e exclusivamente meu trabalho. Assim venho ao longo dos anos tentando manter minha privacidade e da minha família. Algumas pessoas não respeitam e chegam a ter atitudes agressivas, principalmente por meio das redes sociais onde elas se sentem seguras para destilar todo seu veneno. 

Não consigo entender por que para eles é tão importante saber quantas pessoas já passaram pela minha cama, se tenho câncer, se sou lésbica, entre outras questões.

Com o reconhecimento veio a exposição, os fãs, os paparazzi e o mais absurdo, recebi ameaças por trabalhar e ser próxima do Norman. Ameaças graves. Alguns fãs não têm limite, são perigosos. Desenvolvi o pânico por multidões. Descobri quando comecei a ter dificuldade em me sentir segura em lugares públicos com aglomerado de pessoas.

Norman tem me ajudado, ele tem sido fundamental no meu tratamento do transtorno. Estou em débito com ele. Sendo assim eu não poderia deixar de atender a um pedido seu de ajuda. Pessoa nenhuma, namorado ou ficante, tem o direito de dizer o que devo ou não fazer a respeito de nós dois. Temos uma relação de cumplicidade. Sei que da parte dele também é recíproco. Ele nunca permitiu que nenhuma namorada interferisse em nossa relação. Algumas já chegam estabelecendo regras, porém ele sempre deixou claro que não abre mão de mim.

Amores vão e vem, mas uma amizade verdadeira prevalece. Certos amigos valem mais do que algumas relações românticas, apesar de atualmente não saber mais o que temos.

PRAZER MELISSA - o amor pode ser plural FANFIC MCREEDUSOnde histórias criam vida. Descubra agora