19ª Sessão de Psicoterapia

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"Tudo que morre fica vivo na lembrança

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"Tudo que morre fica vivo na lembrança. Como é difícil viver carregando cemitério na cabeça". Impossível — Biquini Cavadão


A porta foi aberta e o vi deslizando para dentro do quarto discretamente.

Ao vê-lo entrar meu estômago se contorceu em meio a um turbilhão de emoções como tristeza, culpa, saudade e até medo.

Ele fechou a porta atrás de si ficando de pé diante de mim. Fixamos nossos olhares um no outro. Ele não se moveu, mas um pequeno sorriso surgiu em seus lábios.

— Até esclarecerem que você não estava junto eu quase enlouqueci. — Me perdoa por não ter estado aqui quando você precisou? — Aproveitei o feriado para visitar meus pais em Santa Mônica. — Quando soube vim o mais rápido que pude; eu sinto muito. Ele estava consternado.

Pus-me de pé, chorando e, então, os braços dele me envolveram puxando contra seu peito. 

— Está insuportável continuar. — Como posso me despedir de alguém que não quero que vá embora? — falei soluçando.

— Chora, pode chorar, estou aqui por você. Ele me apertou mais um pouco. Ficamos abraçados por um tempo. Ele se solidarizou com minha dor e chorou junto.

— Eu não pude me despedir dele, passei muito mal e precisei de acompanhamento médico. Me odeio todos os dias da minha vida por não ter desistido daquela receita. Norman se foi para sempre e metade de mim também.

— Por que teve que acontecer com ele? — A culpa foi minha. — Penso a todo instante no por que tive que pedir para ele sair. Minha voz saiu rouca.

— Você não teve culpa. — Põe uma coisa na sua cabeça, você não tem culpa. — Foi uma fatalidade — ele disse um pouco mais enérgico quando olhou em meu rosto.

 — Ao longo da minha vida tenho perdido as pessoas que mais amo. — Dessa vez está doendo demais Ryan, tenho a sensação que irei sucumbir. — Meu bebê será o próximo! — Deus sempre tira de mim o que mais amo. Continuei chorando, molhando seus ombros com minhas lágrimas.

— Nada disso vai acontecer. — Daqui a alguns meses você estará com seu filho nos braços.

— Meu destino é ficar sozinha. — Ele está esperando o momento certo para tirar meu bebê. — O que eu fiz para merecer tudo isso? — Só pode ser um castigo divino.

— Coisas ruins acontecem a todo instante com pessoas boas. — Não tem nada a ver com castigo Mel — disse ele segurando meu rosto entre suas mãos.

— O médico me disse que vai te dar alta, que o bebê está bem. — Vou te levar para casa.

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PRAZER MELISSA - o amor pode ser plural FANFIC MCREEDUSOnde histórias criam vida. Descubra agora