9ª Sessão de Psicoterapia

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— Senta Melissa — ele falou apontando para a poltrona

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— Senta Melissa — ele falou apontando para a poltrona. — E aí, como foi o evento? — Vi que você se divertiu. Norman acendeu um cigarro. 

— Foi legal, mas faltou você. — Era um público apaixonado, caloroso. — A todo instante perguntavam sobre você — disse empolgada.

— Não acredito que fiz tanta falta assim. — Pelas imagens e pelo que fiquei sabendo você não desgrudou do Ryan. — Disseram que até saíram juntos. — E seu problema com multidões? — Parece que você superou. Ele pegou o cinzeiro e ficou de pé olhando para mim. 

— Espera aí — falei me levantando. — Achei que havia me chamado para termos um diálogo, está parecendo mais um interrogatório. — Você pediu para alguém me vigiar? Meu entusiasmo desapareceu no mesmo instante.

— As pessoas não sabem guardar segredo Mel, você sabe que os comentários espalham rapidamente igual fogo em palha seca. Ele brincava com as cinzas.

— O que acontece entre eu e Ryan não é segredo. — Na noite em que nós três ficamos achei que isso tinha ficado claro. — Eu ia te contar.

— E eu achei que o lance com o Ryan era sobre "nós", ele levantou a voz quando deu ênfase ao nós. — Você não deveria ter ficado com ele na minha ausência. — Você me traiu quebrando a regra. — Você me usou. Ele jogou o cinzeiro na mesa junto com o cigarro ainda acesso.

— Eu te usei? — Como você tem coragem de me dizer uma coisa dessas. — E quanto ao fato de você ter me usado? — Todo mundo usa todo mundo. — Nunca estivemos em um relacionamento sério ou algo parecido, a gente só estava ficando Norman. — A gente transou, foi gostoso, mas agora você vem me falar que eu te usei, você me usou também. Eu estava com o coração disparado, os batimentos eram como se estivessem presos na garganta.

— Tem momentos que você é muito agressiva Melissa, você não precisa falar assim comigo. — Você é insensível, não estou te reconhecendo você está parecendo uma... ele parou bruscamente quando percebeu o que ia dizer.

— Uma o quê? — Do que você ia me chamar? — O sujo falando do mal lavado. — Você está pensando que sou promiscua, imoral e fácil? Para ser franca, havia ficado ofendida.

— Não põe palavras em minha boca, só estou achando você alterada demais. Ele se defendeu.

Parecia que estávamos numa competição para ver quem falava mais alto. Precisava colocar minha cabeça no lugar antes que um de nós dois saísse magoado daquela discussão.

— Norman você está sendo contraditório, você está sendo hipócrita. — Seus relacionamentos sempre foram abertos, você sempre levou a vida assim, não imaginei que comigo você quisesse exclusividade — falei diminuído o tom de voz.

— Eu nunca estive em relacionamento aberto com ninguém. — Não sei de onde você tirou isso. — Você não deveria acreditar em tudo o que dizem sobre mim. — Com a Helena foi traição, confesso que pisei na bola feio com ela. — Agora com as outras garotas foi só curtição, nunca existiu a intenção de relacionamento sério com nenhuma. — Eu era jovem, reconheço que cometi alguns erros, mas eu estava no meu direito de curtir a vida como qualquer outro homem jovem — ele justificou.

PRAZER MELISSA - o amor pode ser plural FANFIC MCREEDUSOnde histórias criam vida. Descubra agora