James.
Volto a realidade com Louis entrando no escritório, eu mal havia percebido que estava tento aquelas lembranças.
- Então, está tudo certo lá em baixo?- pergunto me referindo ao bar.
- Sim, já arrumamos tudo chefe.
- Certo, mais tarde vamos no galpão ver aqueles desgraçados.
- Ok, pretende fazer o que com eles?
- Não sei, algo cruel, talvez.- sorrio de lado pra ele, e acendo um cigarro, soprando a fumaça em seguida.
O olho para o teto enquanto fumo meu cigarro tranquilamente, e fico pensando.
Haviam invadido o bar com o meio de deixar um recado, e disso eu não tinha dúvida alguma, mais o que me deixa pensativo, é que esse pode ter sido o primeiro de muitos.
Não sei o que eles estão planejando, mas coisa boa sem dúvidas não é, afinal eu sei que tem muitos que não concorda com as mudanças, mais eu não podia continuar que continuassem o que estavam fazendo.
Fiquei tão vulnerável falando todas as aquelas coisas para Cecília, que mal percebi quando as palavras saíram de minha boca.
Ela causa esse efeito em mim, me faz ser aquele menino de antes que era inocente e feliz.
Mais sei que se ela descobrisse o monstro que sou, ela não ficaria perto de mim, nunca mais.
Não quero inventar uma versão de mim para ela, então o que preciso fazer é me afastar, mesmo não querendo.
Mas ainda preciso dela para conseguir os papéis que estão com seu pai, vai ser isso, depois que eu tiver os papéis vou me afastar, e deixar ela viver sua vida tranquila e em paz.
Esses papéis são para eu achar aonde os amigos do meu pai estão, eles foram presos logo depois que matei meu pai.
Eles estavam com medo do que eu podia fazer com eles, então se entregaram a polícia, com uma forma de se esconder de mim, mais sei que o pai da Cecília tá com os papéis aonde fala aonde eles estão, é disso que eu preciso.
Não posso colocá-la no meio dessa bagunça e desastres que eu sou, isso soa terrivelmente melancólico demais, mais é apenas a realidade. Uma realidade que gostaria que fosse completamente diferente, mas sou assim, a vida me fez assim, não a como mudar.
Não posso envolver ela nisso, principalmente com um monte de caras querendo minha cabeça em uma bandeja, eu estaria colocando a vida dela em risco, e se alguma coisa acontecesse com ela, eu nunca me perdoaria...
Saio dos pensamentos mais uma vez, apago o resto do cigarro e o coloco no sincero, levanto pegando a chave do carro e saio indo para o galpão.
Assim que chego vejo, caras espalhados por todos os lados, pedi que ficassem aqui, caso os amigos dos traidores quisessem aparecer, pelo gente estava tudo ok por aqui.
Aceno com a cabeça pra eles, e entro na sala que os traidores estavam, dou de cara com os três sentados em cadeiras, amarrados e amordaçados.
[...]
Faço tudo que tenho que fazer no galpão, não conseguimos tirar tantas informações dos malditos traidores, mais preciso ficar atendo a tudo agora.
Mandei os caras darem um fim no corpo deles, agora o que eu mais precisava era de um banho urgente.
Chego em casa e vou direto para banho. Tomo um banho demorado, quando saio coloco uma roupa, e desço para comer alguma coisa.
Encontro Laura na cozinha bebendo água, enquanto olha alguma coisa no celular.
- Bom dia.- Falo indo até a geladeira.
- Bom dia.- fala sem olhar pra mim, continua digitando sem parar e sorrindo para o celular.
- Com quem você tá falando?
- Que eu saiba, não te devo satisfação.
- Você sabe que deve.- pego um copo de suco e bebo enquanto olho pra ela.
- E Cecília?- ela pergunta colocando o celular no bolso e olhando para mim.
- O que tem?
- O que tem? Você estava na casa dela aquele dia, falou aquelas coisas ridículas pra ela, e depois pediu desculpas, por que?
- Que eu sabia, não te devo satisfação.- falo imitando ela.
- James só não a magoe, Cecília é incrível, não digo isso por que ela é gata e eu tenho vontade de beijar ela, mais acima de tudo, ela é minha amiga, minha primeira amiga a anos e mostrou se importar comigo, sem ao menos me conhecer direito, eu sei que vocês tem todo um amor guardado para se viver, mais não faça mais merda, por que se você fazer, eu arranco suas bolas fora.- ela sai dá cozinha me deixando sozinho.
Às vezes eu acho que Luana não bate bem da cabeça.
Pedir desculpas para Cecília foi uma forma de tirar um peso da consciência, não ficaria em paz, em saber que eu havia magoado por um simples surto, por lembrando do meu passado.
Cecília ela continua a mesma de sempre compreensiva e doce, ela tem um brilho nos olhos inesquecível, sempre quando fecho meus olhos me lembro de seu lindo rosto, seus olhos castanhos, e seu cabelos cacheado, que a mesma ama deixar bagunçados.
Sai para dar uma volta de carro, e agora me vejo parado do outro lado da rua da sua casa, olhando compulsivamente para sua janela.
A mesma dançava com os olhos fechados, estava de fone, e tenho quase certeza que não estava percebendo que dançava bem de frente para a janela no meio do quarto, qualquer um que passasse e olhasse a veria ali, usando apenas uma camiseta grande do Bob esponja.
Aquilo me deixou de certa forma incomodado, por que eu não sei, mais era como se eu não quisesse que ninguém a visse, além de mim.
E sem pensar, desço do carro, o trancando, coloco a chave no bolso da jaqueta, e até a porta da sua casa, bato na porta, e fico ali parado com as mãos no bolso para disfarçar o nervosismo esperando para ser atendido.
Estava ali fazia uns dez minutos e ninguém abriu a porta, então resolvo chegar se estava trancada, não pergunte o por que, nem eu sei, só tô seguindo meus instinto.
Giro a maçaneta, e para minha sorte, estava aberta.
Entro sem fazer barulho, o andar de baixo inteiro estava escuto e quieto, talvez ela estivesse sozinha em casa.
Fecho a porta, desta vez a trancando, sem fazer barulho, subo às escadas devagar, tentado não tropeçar nos degraus, já que estava difícil de ver por conta do escuro.
Ando pelo corredor até aonde acredito ser seu quatro, a porta estava entre aberta, que dava para ver ela perfeitamente
Paro ali e fico a observando, Cecília é linda, seu corpo e suas curvas são maravilhosas, quando a toquei na cachoeira foi difícil parar, eu a queria, queria não só toca-la mais tê-la também.
Fico ali a observando e torcendo para que aquele momento dure pra sempre.
...
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James Miller
RomanceE lá estava ele... Sentado do outro lado do refeitório, com seu cigarro entre os lábios, olhando para mim, tão intensamente, que parecia que estava vendo minha alma. Ele é tão lindo, que tenho medo de me perder em seus lindos olhos avelãs, e nunca m...