James Miller

capítulo 34

Cecília.

Por incrível que pareça Arthur anda cuidando bem de mim.

Não conversamos muito, e nem viramos amigos, ou algo do tipo, ele vem me trazer comida, remédio, e me ajuda a trocar os curativos.

Disse que conseguiu falar com James, e provavelmente hoje eles conseguem acabar com tudo isso.

Não vejo a hora de ir para casa.

Ana vem duas vezes ao dia ver como está minhas costas, ela disse que tenho que tomar cuidado para não infeccionar.

E continuar tomando os medicamentos que ela passou, por um tempo até que tenha certeza que tudo esteja cicatrizado.

Ela é legal, e olha para Arthur com um olhar de carinho, paixão, não sei ao certo, mas ela parece gostar muito dele.

Kevin não apareceu mais, nem seus capangas, Arthur disse que ele está muito ocupado, com uns negócios e não tava tendo tempo para vim aqui.

Arthur disse que ele deixou que ele cuidasse de mim, o que facilitou para que ele ajudasse a me tirar daqui.

Assim é melhor, dês do começo eu sabia que ele não era bonzinho como mostrava ser.

Escuto a porta abrir e Arthur entrar com a bandeja agora era a hora do almoço.

- Oi, como você está?- pergunta fechando a porta com o pé, e trazendo a bandeja até mim na cama.

- Estou bem, com um pouco de dor.- falo me referindo a minhas costas, não doía tanto quanto antes, mas ainda sentia dor quando ia me levantar ou deitar.

- Seus remédios estão ai do lado, quando terminar de comer, pode tomar.- ele fala colocando a bandeja no meu colo, e se afasta se sentando na beirada da cama.

- Então, como anda o plano? Tudo certo pra hoje?- pergunto e logo em seguida colocando a primeira garfada na boca.

Tinha arroz, feijão, franco assado, e salada, um copo de suco e do lado um de água que acredito ser para que eu possa tomar o remédio.

- Sim, só vamos acertar os últimos detalhes, mas quero que saiba e esteja pronta para todas as situações, meu pai não é fácil, e vai ficar puto com toda essa merda, não sei o que pode acontecer, talvez conseguimos sair daqui vivos, ou não.- ele fala olhando nos meus olhos.

Sinto um arrepio percorrer meu corpo.

- Tá bom, como vai funcionar?

- Você vai saber na hora.

- Todo esse misterioso está me matando.- resmungo.

Ele solta um risada baixa.

- Relaxa, é melhor você não saber.

Não respondo mais nada, volto a comer pois estava com bastante fome.

Depois que termino de comer, espero uns minutos e tomo os remédios, Arthur foi levar a bandeja e disse que voltava mas tarde.

Me deitei e acabei dormindo.

[...]

Acordo com Arthur entrando rápido no quarto, fazendo a porta do quarto bater, e me acordar no susto.

- Levanta, não temos muito tempo.

- O que aconteceu?

- Meu pai está vindo para cá.- ele vai até o guarda roupa e começa e pegar algumas coisas colocando na mochila.

- Agora?

- É agora, temos vinte minutos.

- E o plano?