capítulo 27

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Cecília.

Acordou na manhã seguinte e olho as horas, 9h30 da manhã, era sábado.

Nunca quis tanto que o final de semana chegasse como agora, a satisfação de não precisar acordar cedo era maravilhosa.

Essa semana na escola tinha sido puxado, já que na próxima começamos a fazer as provas finais, precisávamos estudar o máximo, se quisemos passar de ano.

James já não estava mais lá, pego o papel que estava ao lado no meu celular e leio;

"Tive que sair cedo para não perder o vôo, queria muito ficar agarradinho aí com você, mas o dever me chama. Logo estou de volta, eu te amo, com todas as batidas do meu coração, beijinhos, minha garota favorita."

Sorrio e coloco o papel de volta junto com o celular, me levanto passando as mãos no rosto e indo para o banheiro, fazer minhas higiene e descer para tomar café.

Assim que desço vejo meu pai tomando café.

- Bom dia!

- Bom dia querida, dormiu bem?

- Sim, não vi a hora que você chegou.- falo pegando um xícara e me sentando na mesa.

- Dormi na casa da Carla.

- Entendi.

- Desculpa não ter te falado dela antes, tudo aconteceu tão rápido, e também não sabia como te contar, não sei se seria estranho para você, ter uma madrasta depois de tanto tempo sem uma figura materna presente em casa, mesmo tendo uma mãe que não liga muito pra você, se você não gostou da ideia, eu posso falar com Carla e a gente...

- Pai nem termina, eu amei a ideia de você ter alguém, principalmente agora, que estou quase entrando no último ano, logo irei procurar uma faculdade, então, vai ser bom você ter alguém para dividir seus dias, e preciso falar sobre uma coisa que James me disse ontem.

- Ele conversou comigo filha, pediu permissão, e tudo, achei muito bonito da parte dele, ele é um bom garoto.

- Conversou? Como assim?

- Enquanto vocês arrumavam a cozinha, ficamos na sala, e fiz ele prometer que cuidaria muito bem de você, caso contrário, vocês não poderia fazer... Você sabe, ele seria castrado.

- Meu deus pai, você falou isso pra ele?

- É óbvio que falei, você é minha garota, ninguém faz mal a minha garota.

- Então... O que você acha?

- Olha, eu acho que você deveria tomar essa decisão sozinha, pensar no que você realmente quer, mas se vocês se amam, deveria dar uma chance em ir, se não desse certo, as portas de casa sempre estará aberta para você, eu e seu avô ficaremos bem, ele está bem com Meg, tanto que nem para mais em casa, está parecendo um adolescente.

- Acho que agora você está fazendo o papel de pai dele, tá vendo, tudo que o senhor aprontou na adolescência ele está aprontando agora.

- Pior que é verdade, você acredita que tive que buscar ele em uma boate uma noite dessas?

- Sério?

- Sim, era três horas da manhã quando ele me ligou.

Caímos na gargalhada, meu avô era doido.

- Vou pensar direitinho pai, para ver se realmente é o que eu quero, James volta no fim de semana, então tenho uma semana para pensar.

- Muito bem, qualquer decisão que você tomar vou te apoiar, agora tenho que ir, o dever me chama, qualquer coisa me liga.- ele dá um beijo na minha cabeça, e sai pegando a chave da caminhonete.

James Miller Onde histórias criam vida. Descubra agora