capítulo 24

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Cecília.

Arthur subia cada vez mais a mão, uma mão estava tão próxima da minha intimidade que eu estava vendo a hora que não ia me segura e soltar tudo que havia em meu estômago em cima dele.

Tudo que eu sentia era nojo, eu sabia que não podia confiar nele, estava nítido.

Tentei chutar o meio de suas pernas mais ele prendeu minha perna com a sua, antes que eu pudesse fazer alguma coisa.

Tinha tenta gente naquela droga de boate, e ninguém aparecia.

- Você nem imagina o tanto de coisas que pretendo você com você.- ele aperta meus seios com força me fazendo sentir dor.

- SEU FILHA DA PUTA, DESGRAÇADO.- escuto um grito alto, e logo Arthur é tirado bruscamente de cima de mim.

Abro os olhos, minha visão estava meio embaçada, e eu não conseguia ver direito.

Mais pude ver James em cima de Arthur, o socando diversas vezes no rosto, tinha um rapaz ao lado de James, apenas o vendo bater, descontroladamente em Arthur, sem fazer nada.

James parecia estar fora de si.

- James... James...- minha voz saia baixa, abraço meu corpo com minha próprias mãos, e o chamo seu nome um pouco mais alto dessa vez.

O cara que estava ao lado percebeu que James não ia parar, então se aproximou tirando James de cima de Arthur.

- Nunca mais chega perto da minha garota, ou eu mato você.- James disse para Arthur e deu um chute em sua costela, antes de se afastar por completo.

- Eu ainda pego você Cecília.- Arthur disse baixo para mim, quando James ia avançar nele de novo, o cara entra na frente.

- Leva sua garota pra casa, deixa que eu termino por aqui.- só aí que percebi que era Jason.

- Você tá bem?- James pergunta segurando meu rosto com uma mão de cada lada de minha bochecha.

- Eu quero ir pra casa.- falo baixo colocando a cabeça em seu peito, minha cabeça rodava e doía muito.

- Vamos pequena, vou te levar pra casa e cuidar de você.

James me pega no colo estilo noiva, e sai comigo andando, passando entre as pessoas, colo meu rosto em seu peito, fechando os olhos, e deixando a escuridão me levar.

Acordo me sentindo em um lugar macio e aconchegante, abro os olhos devagar, sentido a claridade incomodar, minha cabeça latejava, que sensação horrorosa.

Me sento na cama coçando os olhos, e os abro por completo, vendo que não estava em meu quarto, e sim no de James.

Olho ao redor e vejo que estou com uma camisa sua, e vou lembrando das coisas aos pouco, Arthur me prendendo na parede, James tirando ele, e o batendo.

Não lembro muitas coisas quando James me trouxe, sei que passei mal e o mesmo me deu banho, me colocou para dormir e fez carinho no meu cabelo para mim pegar no sono.

Me deito, e o cheiro delicioso do perfume de James estava por toda a cama, fecho os olhos e fico apreciando a maravilhosa sensação.

Até que escuto abrirem a porta, mais não abro os olhos.

- Como ela está?- é a voz de Luana.

- Graças a mim ela tá bem e segura.- James responde grosso.

- James... Me desculpa, eu juro que não foi na intenção de fazer mal a ela, só queria que ela se soltasse um pouco.

- Isso não se faz Luana, você sabia que ela nunca tinha bebido antes, e vai e pede para um cara qualquer colocar coisa no suco dela, você foi uma péssima amiga, e faltou com respeito, se eu não tivesse lá, você nem se tocaria o que estava acontecendo com ela, enquanto você enchia a cara e enfiava a língua na boca de algum cara.

- Eu não queria causar mal a ela, eu nem sabia que Arthur podia fazer o que fez.- só de escuta aquele nome meu estômago se refirar.

Me mexo na cama abrindo os olhos, vejo os dois me observar.

- Depois conversamos luana.- antes que ela pudesse responder James fecha a porta e vem até mim com uma bandeja em mãos.

- Como se sente, meu amor?- me sento e ele coloca a bandeja do meu lado.

- Bem, eu acho, minha cabeça está doendo demais.- observo o que tinha na bandeja, pão, fruta, suco, café, torrada, e panquecas.

- Tem um remédio a para você tomar depois que comer, parabéns pela sua primeira ressaca.- ele fala em um tom brincalhão, mais eu não sinto a menor graça, nunca quis beber por esse e outros motivos.

- Obrigada por ontem, não sei o que seria de mim sem você.

- É isso que namorados fazem, não é mesmo, salvam suas donzelas.

- Claro, e o que você fazia lá? Não me disse que iria.

- E não ia, fui a um jantar de negócios, as coisas não acabaram tão boas, então passei lá para tomar uma bebida, e quando ia no banheiro vi Arthur fazendo o que estava fazendo.

- Como não acabou bem? O que aconteceu?

- Começou uma troca de tiros na parte de fora, ficamos presos dentro do lugar por mais de meia hora já que se saímos era bem capaz de levar um tiro e não saber nem da onde foi, parece que uma das duas gangues que estavam lá, brigaram, e começaram a palhaçada toda, por sorte ninguém que estava dentro da casa se feriu. Já os qua estavam fora, não restou muitos.

- Nossa, que perigo james.- falo terminando de comer o pão.- Não vai comer?

- Já comi enquanto preparava para você.

Aceno com a cabeça e volto a comer, não demoro muito e termino, tomando o remédio em seguida.

Coloco a bandeja na cabeça da cama, e deito no peito de James, sentindo seu coração bater.

- No meu primeiro dia de aula, eu falei com Luana e Felipe, e eles me disseram para ficar longe de você, se não eu iria me machucar, por que era isso que você fazia com as meninas, só as usavam, e depois as esquecia como se nada tivesse acontecido, por que?- pergunto, já tinha um tempo que queria perguntar, mais parecia que nunca tinha um momento certo.

- Nunca quis que ninguém entrasse na minha vida dessa forma, como alguém que eu devesse amar e proteger, nunca quis esse tipo de preocupação, ou talvez por eu não ter encontrado ninguém que me fizesse me sentir como você me faz, essa coisa louca que é está apaixonado por alguém, tão louca que faz você pensar na pessoa vinte e quatro horas sem parar, e querer estar sempre com ela, contar os segundos para vê-la e ficar com ela, até mesmo em silêncio, enfim, com você é diferente, sou apaixonado por você, amo o que temos, e sem dúvidas não vou te descartar, por que sou completamente louco por você.

Ele fala todas aquelas coisas olhando nos meus olhos.

Eu também estava completamente apaixonada por James, não tinha ninguém que me fizesse sentir tudo que ele é capaz de fazer, todos os momentos, e segundos com ele são maravilhosos.

Sorrio pra ele, e dou um selinho em seu lábios, deito a cabeça novamente em seu peito, a sentindo parar de doer um pouco.

- Esqueci de falar, mas meu pai quer marcar um jantar para você ir lá em casa, tudo bem pra você?

- Claro, quando?

- Não sei, o que acha de hoje?

- Tudo bem.

Ficamos deitados mais um pouco, em silêncio, tudo que eu ouvia era o som do coração de James, calmo e tranquilo.

Estava tudo tão bem entre a gente, que sinto medo de um dia acordar e ver que tudo não passou de um sonho.

...

James Miller Onde histórias criam vida. Descubra agora