Mi Nuevo Mundo

El Funeral

No outro dia, acordo com batidas na minha porta, então digo:
- Pode entrar.

Quando a porta se abre, entra uma empregada com uma bandeja com comida, e o Hector, que diz:
- Seu pai mandou você tomar café e se vestir pra descer, várias pessoas estão lá embaixo, incluindo seus avós do Brasil.

Os dois iam saindo, quando o chamo de volta:
- Cierra la puerta.

Ele faz o que digo, e pergunta:
- ¿Qué quieres?

- La verdad sobre la muerte de mi hermano. - Digo na cara dura

- Fue un accidente automovilístico, y eso es todo. - Ele fala saindo

Antes dele sair, eu digo:
- Não conta pro meu pai que eu perguntei isso.

Ele balança a cabeça positivamente e sai do meu quarto, me deixando sozinho com uma grande bandeja de comida.

Termino de comer, tomei um banho rápido e vesti um terno. Quando olho pro espelho, eu digo pra mim mesmo:
- Vamos lá, Ethan. Você consegue suportar horas e horas de pura falsidade.

Saio do quarto, e vou para a sala, onde estava, como eu previ, cheio de gente. Quando me viram, foram todos pra cima de mim, me desejando os pêsames, e depois de um tempo, a palavra "Gracias" deixou de ter sentido pra mim. Sento próximo à minha família, e fiquei lá enquanto o padre falava algumas palavras.

Esse funeral realmente era o último lugar que eu queria estar, ninguém aqui realmente era amigo do meu irmão, só estão aqui para mimar meus pais de alguma maneira.

Quando estamos indo para o cemitério, meus avós brasileiros falam comigo, eles são os melhores, só que vivem longe, então o convívio é pouco, já que meus pais não permitem que eu vá mais para o Brasil.

O enterro foi rápido, várias pessoas jogaram rosas dentro do túmulo, depois que todos se afastaram, eu fui até cova, me ajoelhei e falei:
- Você vai fazer muita falta

Coloquei uma rosa branca, no meio de todas as rosas vermelhas, e sai dali, não aguentava ficar mais perto daquelas pessoas, tendo que segurar todos os meus sentimentos, apenas para não dizerem que eu só estou me aproveitando pra fazer cena.

Longe de todos, me aproximo de um poste, e minha lágrimas começam a sair novamente, eu sinto dentro de mim que se pudesse elas nunca deixariam de sair. De repente, sinto uma mão no meu ombro, quando olho pra trás, era o meu Abuelo, então sem olhar pra ele, eu pergunto:
- ¿Qué pasó?

- Hora de volver a casa. - Ele responde

Eu permaneço no mesmo lugar,então ele fala:
- A Diogo no le gustaría verte llorar. Vamos para casa.

Ele coloca a mão sobre meu ombro, então o sigo, até o carro, e voltamos para casa.

Na hora do almoço, foi um silêncio de enlouquecer. Depois, todos nos reunimos na sala, enquanto meus avós, meus tios, meus pais e meu abuelo conversavam, eu ficava no meu canto, lendo "El principito". Estava ótimo não participar da conversa, até que minha avó pergunta:
- O pequeno príncipe é um livro ótimo, não é querido?

Todos olharam pra mim, e respondi:
- É ótimo, vovó.

- El libro está lleno de frases inolvidables ¿Cuál es tu favorita? - O tio Pablo pergunta, dessa vez

Olho para todos na sala, e recito:
- "Es muy triste olvidar a un amigo. No todos han tenido un amigo."

O silêncio é imposto de novo, então o Hector entra na sala e sussurra algo no ouvido do meu pai. Quando ele sai, meu pai diz:
- Ethan, a partir de mañana, tendrás un guardia de seguridad para ti.

- No necesito de niñero, papá - Respondo

- No estoy preguntando, estoy diciendo. - Ele grita

Eu me levanto, e digo:
- Eres mi papá, no mi dictador, no tengo que caminar con un palo a mi lado.

Ele se levanta e grita:
- Quería tanto que fueras como tu hermano... No tienes tu voluntad, a partir de mañana habrá un guardia y pronto.

- Si tanto lo prefieres, hubiera sido mejor que yo hubiera muerto en lugar de Diego. - Digo saindo da sala

Ouço minha mãe e meu abuelo me chamando, mas ignoro e vou pro meu quarto.