Rio de Janeiro

35 9 0
                                    

Ethan POV

Sinto alguém me balançando, e quando abro os olhos, é o Martin, que ao ver que acordei, diz:
- Já chegamos.

Me alongo um pouco, e me levanto da poltrona. Ao descermos do avião, um carro já estava à nossa espera na pista de pouso. Entramos, e rapidamente seguimos para o hotel, onde vou comer e tomar um banho para poder ir à reunião.

Chegamos no Copacabana Palace, e ao adentrarmos o prédio, vou a recepção, e digo:
- Fiz uma reserva aqui, poderia me entregar a chave?

- No nome de quem está a reserva? - O recepcionista pergunta

- Alonso Hernandez. - Respondo

O cara digita algo no computador, então responde:
- Certo, aqui consta uma suíte de frente ao mar para duas pessoas, confirma?

- Não, não, eu pedi um superior com vista para a cidade para uma pessoa. - Digo

Ele olha novamente no computador, e diz:
- Sim, o senhor está certo. Porém, ontem a noite foi feita uma mudança do superior para uma pessoa, para a suíte para duas pessoas.

INFERNO.

Ele estica o cartão-chave do quarto, pego, e vou na direção do Martin que ficou sentado em uma das poltronas, então digo:
- O que você pensa que vai acontecer para ter reservado um quarto para nós dois.

- Olha, pirralho. - Ele começa a falar, se levantando - Eu não fiz nada, estou aqui apenas para trabalhar, inclusive, quem fez a minha reserva foi a Luna. Agora você pode parar de dar piti, e subirmos para irmos logo encontrar os Sampaios?

O ignoro, e vou até o elevador, com ele vindo atrás de mim. Quando ele entra, eu aperto o botão do último andar.

Entramos no quarto, e jogo minha bolsa em cima da cama, e vou direto ao banheiro, mas antes de entrar, Martin pergunta:
- O que vai querer comer?

- Café da manhã tradicional brasileiro. - Respondo

- Ok, não demore. Também preciso tomar banho. - Ele diz

- Demoro o quanto eu quiser. - Falo, e entro no banheiro.

Sentir a água tocando meu corpo depois de um vôo longo é a melhor coisa do mundo. Quando termino de tomar o banho, visto um dos roupões que tinha pendurado, e saio do banheiro.

No quarto, o Martin está sem camisa, recebendo o café, ele recebe o pedido, e fecha a porta, e logo entra no banheiro, ao ver que eu já tinha saído.

Pego o carrinho com o café, e mesmo que esteja morrendo de fome, resolvo esperar o panaca sair do banho, porque ainda tenho um pingo de respeito.

E ele não demora muito, e logo sai do banheiro, só com uma toalha enrolada na cintura, e por Dios, esse desgraçado ainda é tão gostoso. Quando ele vê que ainda não comi, ele pergunta:
- Me esperando?

- Eu posso odiar pessoas, mas ainda sei os bons modos. - Respondo

- Matar pessoas quando elas se negam a fazer o que pede não é um bom modo. - Ele diz, se sentando do meu lado na cama, e tirando a tampa do carrinho.

O carrinho, que estava com uma garrafa de café tradicional, pães, creme de avelã, geleias de frutas, e uma pequena porção de frutas variadas, ficou vazio.

- Você é um desesperado de fome. - Digo

- Eu treino, preciso comer. - Ele explica - Mas você não fica para trás

A gente ri, então ele coloca a mão direita no lado esquerdo do meu rosto, instantaneamente eu fecho os meus olhos, e sinto ele aproxima o rosto do meu, e o desejo de sentir os lábios dele no meu aumenta, e como se ele lesse meus pensamentos, ele me beija.

Retribuo o beijo, coloco minha mão no rosto dele, e jogo a minha perna por cima da dele, sentando no seu colo. Então, enquanto nos beijamos, sinto que o membro dele cresce por baixo da toalha, então separo o beijo, e desço do colo dele.

- Qué pasa? - Ele pergunta

- Esto no puede ocurrir. - Respondo

Pego uma roupa na minha mala, e ele se aproxima de mim e pergunta:
- Por que?

- Porque você me deixou quando eu mais precisei de você. Você se irritou com algo que eu precisei fazer e apenas foi embora sem se despedir. Eu fiquei noivo, eu entrei num mundo totalmente diferente do que já vi na minha vida, e você que era a única pessoa que eu confiava, depois da morte de Diego, foi embora. - Eu grito

- Você afastou todo mundo, afastou a Luna, o Hector, seus pais, seu avô e inclusive a mim. Não diga que a culpa é minha, porque foi você que resolveu entrar nesse mundo, mesmo eu dizendo que isso não era para você. - Ele responde, gritando também - E não diga que precisou ficar noivo do Damien, você aceitou de bom grado.

- Quer saber, foda-se. - Digo, voltando a pegar a roupa na mala

- Foda-se o caralho, eu quero você de volta. - Ele diz

- Nunca fui seu. - Respondo

Ele puxa o meu braço, nos fazendo ficar frente a frente, e me beija mais uma vez.

Mi Nuevo MundoOnde histórias criam vida. Descubra agora