Hospital

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Minha cabeça dói, abro meus olhos aos poucos, e percebo que estou no hospital. Baixo minha cabeça, e encontro o Martin sentado numa das poltronas.

- Por que você que está aqui? - Pergunto

- Resolveu acordar, não foi belo adormecido. - Ele fala, se levantando.

- Por que ninguém responde as minhas perguntas de primeira? - Digo

Ele se aproxima da minha cama, e explica:

- Antoine tá na UTI, lá em cima, e o Damien tá acompanhando ele. Seus pais não param de discutir desde que ela descobriu que o Hector é filho dele. Luna estava auxiliando nos cuidados com o Antoine, mas foi para casa, já que ela não pode se esforçar, e o Hector foi direto para casa.

- E você ficou, por que? - Pergunto

Ele se aproxima do meu ouvido, e sussurra:

- Porque eu me importo com você.

- Para de flertar comigo. - Digo - E meus tios e a Celeste?

- Todos estão de plantão para encontrá-los, mas nenhum rastro. - Ele responde

Passo minhas mãos no meu rosto, e tento me levantar, mas ele fica na minha frente, me impedindo, e fala:

- Pode parar, você teve uma concussão cerebral. Pode ter sido leve, mas você ainda precisa ser examinado pelo médico.

- Você é um idiota. - Digo, deitando novamente na cama.

Ele chama o médico, que logo me examina e me dá a alta. Quando o médico saí, e me preparo para ir, eu pergunto:

- Cadê o meu celular?

Ele tenta desconversar, mas logo me entrega, e quando ligo, tem várias ligações do telefone da empresa. Tento retornar, mas ninguém atende. Então explico:

- Eu vou passar lá em cima, para ver o Damien e o Antoine, e depois vamos para a empresa, ver que tipo de confusão tá tendo por lá.

- Você precisa tomar um banho e descansar. - Martin fala

- Eu não preciso de uma babá, Martin. - Respondo

O médico volta com a papelada para eu assinar, e logo saio do quarto.

Chegando na UTI, pergunto para a moça da recepção onde é o quarto do Antoine, e ela me leva até lá. O Damien está dormindo na poltrona, enquanto o Antoine tá apagado e entubado na cama. Me aproximo do mais novo, e faço um carinho no braço, fazendo ele despertar, e ao me ver, ele me abraça e diz:

- Me alegro de que te hayas despertado.

- Gracias. ¿Como está él? - Pergunto

- Estable por ahora, pero aún grave. - Ele responde

- Lo siento. ¿Y tu? ¿Necesita algo? - Pergunto, colocando-o de pé na minha frente.

Ele me abraça, e isso me surpreende, mas eu retribuo. Sinto ele chorar no meu ombro, então faço carinho na cabeça dele, e digo:

- Va a estar bien, ¿de acuerdo?

Solto o abraço, e ele diz:

- Eso nunca sucedió, ¿verdad?

Balanço a cabeça concordando, enquanto ele seca as lágrimas.

- Necesito ir a la empresa, pero cualquier cosa me llama, ¿de acuerdo? Cuidate. - Digo, dando um selinho nele.

Quando chego no estacionamento, e o Martin está me esperando. Entramos no carro, e saímos para a empresa. Durante o caminho, ele pergunta:

- Como ele está?

- Estável, mas o estado é grave. O tecido do pulmão dele deve tá prejudicado pela quimioterapia, e o tiro acabou piorando. - Digo

- Quimio? Ele tá com câncer? - Martin pergunta, em choque com a notícia.

- Você não ouviu nada de mim. - Respondo.

O caminho até a empresa é rápido, então entramos e subimos para o último andar, onde fica a minha sala. Quando a porta se abre, apenas um cara que eu nunca vi na vida está surtando atendendo vários telefones de uma vez só.

- ¿Qué carajo está pasando aquí?

Ao me ver, o garoto coloca os telefones de volta nos locais, e diz:

- Gloria, apareció alguien. Esta empresa se está derrumbando, los abogados de diferentes partes del edificio no se han presentado, y cuando entro aquí, las salas de juntas están vacías.

Merda.

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