Los descubrimientos (Parte 1)

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Fui pra cozinha e peço para uma das empregadas fazer algo rápido para eu comer. Ela faz uma macarronada, que enquanto eu comia, o Martin apareceu, e disse:
- No fue fácil, pero me entregó la llave - Ele me entregou - Termina de comer, para que puedas irte, cualquier cosa estaré aquí abajo.

- Gracias - É a única coisa que digo, entre as garfadas

Assim que terminei, subi pro corredor dos quartos e fui até a porta do quarto do Diego. Coloquei a chave na fechadura, respiro fundo e abro a porta. Quando eu entro, encontro tudo do jeito que ele tinha deixado da última vez, vou até o closet dele, e quando eu abro a porta, o cheiro dele impregna meu nariz fazendo com que uma lágrima de saudades descesse do meu olho.

Queria que tudo não passasse de um pesadelo.

Respiro fundo, secando a lágrima, vou em direção a estante de livros. Olho aquela enorme estante e penso por onde começar. Ela é toda dividida por autores, já que ele colocou uma frase de Dom Quixote, vou até onde estão os livros de Miguel de Cervantes.

Tiro todo o conjunto de livros, e embaixo de todos eles tinha um envelope. O pego, e coloco tudo no lugar novamente, para ninguém perceber nada.

Fecho tudo, e vou pro meu quarto, onde eu tranco a porta, e olho o que tinha no envelope. Dentro tinha apenas uns papéis e um pendrive. Olho os papéis, e vejo uma lista com vários nomes, dentro tinha o do meu pai, do meu tio Pablo, do Hector, da minha mãe, da minha tia Martina, do meu abuelo e vários outros nomes desconhecidos para mim. Só que tudo ainda não fazia sentido algum, leio a lista novamente, desta vez devagar, e encontro um nome que não esperava: Martin Diaz Flores. Pego o meu notebook, e conecto o pendrive, onde encontro um vídeo.

Abro o vídeo, e eram vários homens, e reconheço o meu pai no meio de todos, e então meu pai começou a falar no vídeo:
- Bueno, es un placer para mí presentarles a mi hijo: Diego Alessandro Hernandez. El miembro más nuevo de Marfia Hernandez y el futuro jefe.

Eu pauso o vídeo. Como assim máfia Hernandez? Como assim futuro chefe? Minha cabeça começou a explodir de diversas maneiras. Aperto para continuar, e então o vídeo corta e vai pra outro, onde estava tudo escuro, e só escuto o áudio, reconheço a voz do Diego:
- O dinheiro do caixa não está batendo, está faltando cerca de 10 milhões de euros. Isso tudo nos últimos 5 anos, não tem condições de isso ficar assim.

- Diego, a gente acabou de entrar, não tem como fazer uma denúncia desse cabimento. Ainda mais sem ter alguém e a prova contra essa pessoa. - A pessoa responde, e eu reconheço ser a voz de Martin.

O vídeo acaba com uma foto, onde diz que vermelho “Não se pode confiar em todos”.

Ok, é muita coisa pra uma pessoa só, em um tempo só. Primeiro, toda a minha família e próximos fazem parte de uma máfia, que por sinal, leva o nome da minha família, meu irmão descobriu um problema, e o Martin mentiu na minha cara, quando disse que não conhecia o meu irmão.

Pego a lista com nomes, e olho o nome do Martin mais uma vez, observo aquele pedaço de papel por vários minutos, até que decido agir.

Desço, e procuro pelo o Martin, e o encontro no escritório do meu pai, onde agora tem uma 3ª mesa, pra ele, outra pro meu pai, e outra pro Hector. Ao ver, eu digo:
- Vem comigo. Agora.

Ele se levanta e me segue até o meu quarto. Quando ele entrou, fechei a porta com chave, e olhei pra ele. Como eu vou falar sobre alguém, sobre algo que eu nem sei direito? Ele vendo meu nervosismo, fala:
- Sinto muito, Ethan. Mas além de seu segurança, sou seu professor, não posso transar com você.

- O QUE?? - Eu grito, e ele começa a rir - Cala a boca, seu idiota. O assunto é sério.

- Então fale… - Ele pede

Respiro fundo, e começo:
- Eu sei sobre a máfia, sobre meus pais, meu abuelo, meus tios, meu irmão, o Hector e você.

- Acho que você anda lendo muitos livros de romance policial, Ethan. - Ele disse

- Para de mentir, Martin, eu sei que você e meu irmão se conheciam, e que ele te falou do rombo nas contas. - Respondo

Ele fica assustado, e pergunta:
- Como?

- Eu achei umas coisas. - Digo, mostrando a lista e os vídeos.

- Por que você está confiando em contar isso para mim, se nos conhecemos hoje? - Ele fala

- Porque meu irmão parecia confiar em você. - Respondo

Ele dá uma risada, então empurro ele na parede, e pergunto:
- Porque mentiu sobre conhecer meu irmão?

- Você é uma criança, não tem que entrar nisso. - Ele diz

- Você - Me aproximo um pouco dele - Não - Aproximo mais - Sabe - Aproximo mais - Nada - Mais ainda - Sobre - Fico na frente dele, com nossos rostos quase grudados - Mim.

Pude sentir a respiração dele no meu rosto, e ele me empurra e diz:
- Você só tem 17 anos, isso é o suficiente pra saber que você não precisa disso.

- Eu quero somente saber em que inferno eu nasci. - Falo

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