Sorpresa

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Em pouco menos de 2 horas, descemos em Sevilla, e o Hernandez ofereceu uma carona até o hospital, que eu aceitei. Chego no hospital, vou direto a recepção, e digo:
- Necesito saber dónde está la doctora Luna Flores.

- Los consultorios médicos están en el tercer piso. - A recepcionista me responde

- Excusa. No me entendiste, ella está aquí como paciente. - Digo

A recepcionista olha no computador, e diz:
- Esta en la habitación 719, quinto piso.

Vou em direção ao elevador, e aperto para o 5º andar. Ando pelo andar, entre os quartos, até que o encontro, abro a porta, e encontro minha irmã sentada em uma cama, com um braço enfaixado e um curativo no rosto, com o Hector do lado dela.

Ao me ver, a Luna diz:
- Martin?

- O Superman que não é. - Vou até ela e dou um abraço - O que aconteceu?

- Atropelada. - Ela diz

- Como é que é? - Pergunto, me sentando em uma cadeira do quarto.

- Pois é. Ela foi atravessar a rua, e por algum motivo se sentiu mal, e parou no meio da rua, uma moto não conseguiu frear, e esse é o resultado. - O Hector explica

A gente continua conversando, eles me explicam que o motociclista ajudou a Luna, chamou ambulância e tudo.

Então, uma médica entra no quarto e começa a dizer:
- Está bien, Luna. Sus radiografías sólo muestran una fractura en su brazo izquierdo. Luego tendrá el yeso durante 6 a 8 semanas.

- Está bien, pero ¿por qué se enfermó? - O Hector pergunta

A médica continua:
- Bueno, el análisis de sangre de la doctora resultó con un pequeño cambio.

- Eso es porque no comes bien, mocosa. - Digo

- No creo que la comida sea el problema. - Luna diz

Eu e o Hector ficamos sem entender, e a médica conclui:
- La prueba Beta HCG fue positiva. Luna está embarazada.

- ¿Seré tío? - Pergunto

A doutora balança a cabeça positivamente, olho pra minha irmã, e ela está chorando, com as mãos na barriga.

Quando olho pro Hector, o moreno está amarelado, e com um rosto de como se tivesse  acabado de ter visto um fantasma, então a Luna diz:
- Oye cariño, ven aquí.

Ela pega na mão dele, fazendo ele se senta do lado dela, ela o abraça, em pouco tempo ele retribui o abraço e ele volta ao normal.

Depois de comemorarmos a notícia, a médica fez uns exames, e confirmou que o acidente não causou nenhum problema no bebê. Quando a doutora saiu, ficamos só nós três, a Luna pergunta:
- Como você chegou tão rápido aqui?

- Bem… - Começo a falar - Hoje cedo, eu recebi a visita do Adolfo Hernandez no escritório de Barcelona e ele me trouxe.

- Espera, espera, espera… Para tudo. O que o velho Hernandez queria contigo? - A Luna me questiona escandalizando, como sempre.

- Ethan. - Digo

A Luna olha pro Hector com uma cara de preocupada, então pergunto:
- O que aconteceu?

- O senhor Adolfo deve ter te dito que ele tá matando sem dó, certo. - O Hector pergunta, e eu respondo que sim com a cabeça - Ele matou todos que eram importantes pros líderes das máfias que não queriam se aliar a Hernandez. Ele mata o primeiro, como um recado, e os demais são como forma de extorsão, até aceitarem.

Cubro meu rosto com minhas mãos, e falo:
- O que ele acha que está fazendo? Matar nunca é a primeira opção.

- Ele mudou, Martin. Os olhos dele já não mostram aquela doçura, na verdade, já não mostram nada. - Luna me fala

- Por que o Adolfo acha que eu deveria fazer algo? - Pergunto

- Porque ele sabe que vocês dois se amam. - O Hector fala

Ao ouvir a frase do moreno, meu coração começa a bater rápido, assustado, eu digo:
- Pelo que vocês falam dele, é mais que claro que ele não ama ninguém.

- Você é a última salvação dos Hernandez. Ethan saiu de casa, foi morar sozinho em um apartamento, o Marco e a senhora Ester estão preocupados com o garoto. - Hector me diz

- Estão preocupados com ele, ou com o que podem perder com o que ele tá fazendo? Durante todos os anos, aquele garoto foi tratado como um nada. Ele só tá querendo que tratem ele melhor. - Explico

- Tá vendo, Martin. Você entende ele. Conversa com ele, por favor. - Luna pede, me olhando com uma carinha triste

Viro meu rosto, e respondo:
- Ai que merdaaaa. O que você pede, que eu não faço… - Respondo - Mas eu vou amanhã, já teve bastante emoção por hoje.

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