O Contrato - JEMMA

A Notícia

- Pera, deixa eu ver se entendi. Como você está com sua empresa falindo, você fez um acordo com o Sr.Myers colocando a idéia de um mísero casamento,  onde ele quer status, e você grana? - Questionou Jenna dando um gole em seu café quente.

- Não fale assim, será ótimo para todos...

Eu interrompi dando um forte soco na mesa, trazendo atenção de todos pra mim.

- Pra nós quem, pai? Ainda continua o mesmo egoísta individualista de sempre, não é?  - Cuspi as palavras.

- Me respeite!! Você ainda é minha filha!!

- ahhhhhh, claro. - Ironizei.- Agora eu sou sua filha, a melhor coisa que eu fiz na minha vida foi ter saído de casa.

- Você se orgulha de morar com aqueles marginais, não é ? E depois eu sou o manipulador.

- Eles são os meus amigos! E diferente de você,  temos dinheiro pra fazermos qualquer coisa! - Ela gritou fazendo a gerente ir até a nossa mesa pedir um pouco de civilização de ambas as partes,  pois se quisessem brigar, que saíssemos de lá.

- Perdoe-me,  minha filha é um pouco...explosiva.

- Eu Já estou de saída mesmo. Paguei a conta do café e se levantou rapidamente saindo pela porta.

Estava furiosa com o que meu pai havia feito, dessa vez ele tinha passado de todos os limites possíveis.

- Espera, Jenna! - O homem mais velho tentava alcançá-me. - Eu sei que seu amigo está doente, e sei que vocês não tem recurso o suficiente pra pagar o tratamento. A gente poderia se ajudar!!!

Parou no mesmo instante,  o amigo a quem meu pai se tratava era o Xavier,  ele acabou sendo agredido por membros de outra gangue e quebraram os seus dois braços,  o que era algo  ilícito, pois uma luta entre membros de gangues rivais deveria ser justa, colocando apenas um contra um.

- Pai, você cada dia consegue se superar em como ser ridículo e manipulador,  foi por isso que a mamãe morreu. Ela não aguentou você,  deveria se envergonhar da vida que leva.

- Você não tem moral pra isso,  Jenna. - Ele ajeitou o seu terno enquanto checava se tinha alguém nos observando.

- Eu só quero ter um cigarro pra fumar no fim do dia, ouvir músicas das quais me identifico, sair de madrugada pra ter um vida louca. Ser uma adolescente normal, entende?

- Me poupe das suas lamentações,  você se casará em breve, e vai conhecer a sua noiva hoje mesmo.  - Disse enquanto viramos a rua e íamos em direção ao carro estacionado.

- Eu aposto que é uma garota mimadinha cheia de " não me toques ". Eu vou ter que fazer isso pelo meu melhor amigo,  e ums dos meus mais fiéis homens.

- Se sua preocupação é com as outras garitas que você gosta de se divertir,  bom, não precisa se preocupar. - Ele ri.  - Com certeza o pai dela já deve ter conversado com ela sobre isso.

Babaca.

- Adeus, "PAI". - Falei indiferente, não entrando em seu carro.

(...)

- INFERNO derrubo a mesa cheia de talheres no chão.

- Eiii, calma. Jenna! - Tyler tenta me acalmar mas eu arremesso um cabo de vassoura em sua direção,  por sorte o rapaz consegue desviar.