Confissão...

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Tinta, tinta, tinta.

O mundo era colorido como as cores estampadas em suas roupas.

Por mais que eu tentasse colocar em um quadro uma parte mínima de sua beleza, eu sabia que não conseguiria colocar 1% do que eu realmente via.

A beleza está nas coisas pequenas.

Em um sorriso, um abraço. Uma risada.

Um beijo. Um “Bom dia”.

“ O amor está nas pequenas coisas que você faz”.

Eram tantos pensamentos, tantas coisas...

Que nem percebi que já havia terminado... só faltava a minha assinatura...

                              Jenna Ortega

Deixei no cantinho da pintura.

Eu estava satisfeita, pois pela primeira vez eu tinha conseguido colocar todos os meus sentimentos em uma só obra. Eu estava em paz.

Estava feliz com isso.

O sorriso tímido em meus lábios me denunciava.

Mas ainda sim havia algo que me preocupava....

Ela.

Não entendi sua mudança tão repentina de humor.

Eu precisava falar com ela, mas eu não queria ser inconveniente.

Emma tinha uma vida difícil... não adianta ser podre de rica e ser infeliz...

É mesma coisa que nada...

Eu estou com você caso precise...se quiser conversar, é só mandar mensagem. Tá bom? A gente se vê...”

Mandei, eu precisava pelo menos tentar falar com ela...mas não ia abusar.

Resolvi dar uma volta na cidade, pra respirar um pouco, deixar de pensar em “Casamento” e “Emma Myers”...

Parei em uma praça. Estacionei minha moto e fiquei observando a paisagem tranquila.

Eu nunca tinha ido pra aquele lado da cidade, era realmente muito calmo e bonito.

A criança brincando de correr com um homem que aparentava ser o seu pai, a senhora que alimentava os passarinhos...o casal de mãos dadas com cara de apaixonados que cruzavam a rua...

Eu só conseguia pensar em como queria que Emma estivesse ali comigo...

Fechei meu olhos com os pensamentos que me cercavam até que uma voz desperta minha atenção.

— Jenna?

— Eugene? Eugene!! — Dei um abraço forte no garoto, hqvia um bom tempo que não o via.

— Saudades, o que faz aqui? — Perguntou enquanto me soltava. — Soube que está noiva, meu parabéns.

— Ah, Obrigada. — Desviei o olhar. — Vim pra cá respirar um pouco. Aconteceram muitas coisas enquanto estava com Xavier...— Voltei a me sentar no banquinho de madeira que se encontrava um pouco empoeirado devido a falta de limpeza.

— Hmm, e o Tyler? Está melhor?

— Do soco ? Sim..

— Não. Ele não te disse? — Franziu o cenho. — Teve uma noite que você precisoi se ausentar e Tyler liderou o nosso grupo, conseguimos roubar 21 milhões... mas o dinheiro era falso..

Meu queixo caiu.

— É sério isso? Não acredito...Tyler é muito burro mesmo, pita que pariu. — O garoto acabou rindo com meu comentário.

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