Toda sua | Neymar Jr

XXIV

Jantar
| Versão Milenna |

Todos os meus ajudantes estavam exautos. Uns debruçado sobre o balcão de mármore. Outros bebendo água como se tivesse feito uma maratona. E Mel rindo de cada cena que ela conseguiu capturar com o celular.

Amizades inesperadas. Que nunca amei tanto aquela sensação de amor que todos compartilhavam entre-si. União.

Tinha feito a maioria do trabalho na cozinha mas não queria roubar os méritos dos meus amigos, talvez sim. Eles estavam felizes demais mesmo que gostasse muito de acabar com aqueles sorrisos de vitoriosos que tinham no rosto.

— Milenna sei bem no que está pensando. — Mel riu alto e eu sorri de volta.

Como confirmação dos meus pensamentos.

— Não quero estragar o momento de vocês.

Eles todos me encararam. Como se quisessem desde já que retira-se aquelas palavras tão ofensivas a eles. Vinícius cruzou os braços e me olhou.

— Você gostou da nossa ajuda sim. Deixa de ser chata! — ele mostrou os dentes e eu devolvi um sorriso.

Voltei meus olhos para o forno. A onde estava a torta que todos ansiavam. Até mesmo meu estômago reclamava. Durante todo o silêncio que estava na cozinha, voltei meus olhos sobre Carol, que estava com um sorriso contente.

— Esse cheiro no ar. Hmmm. — Carol fungou e sorriu pondo sua mão esquerda sobre a barriga.

— Verdade. — fez o mesmo. E logo em seguida, Mel, olhou para mim. — Você deveria ir para cozinha mais vezes!

Mostrei o dedo do meio e todos riram. Como as crianças estavam na sala, então estava liberada para oferecer aquele dedo feio para meus supostos companheiros. Que agora viraram meus grandes amigos em poucas semanas.

O que era incrível

— Daqui a pouco esse sorriso vitorioso some dos lábios. — agitou Carol e eu franzi o cenho.

— Ahh, ela esqueceu.

Voltei meus olhos para a minha irmã que completou a frase do casal logo em seguida.

— Neymar. — pausou e o silêncio recaiu.

Não estava preparada para isso. E nem deveria me preparar. Não era obrigada a ficar ali ou era?

— Ele vem mesmo!? — perguntei enquanto Vinícius dava a meia volta e saia do local. Com um copo de refrigerante na mão esquerda.

Elas concordaram ao mesmo tempo.

— Você não acha que tá na hora de você agir da forma que deseja? — continuou — Me diz. Preciso que se expresse de verdade.

Carol insistiu e o estômago embrulhou. Como se lutasse contra todos os sentimentos que invadiam meu subconsciente. O que era terrível.

— A gente já conversou que isso é muito irrelevante. — lembrei e elas respiraram fundo, em sincronia.

— Seus sentimentos são irrelevantes minha irmã? — perguntou novamente e eu assenti. Me virando de costas para as duas.

Pisquei algumas vezes. Eu estava prestes a explodir de tantas coisas ao mesmo tempo. Não estava preparada para onda que poderia vim se eu confessasse aquilo em voz alta.