XXXVII

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Continuação...
| Envelope  |

Depois daquele momento em que tivemos um com outro, eu não sabia como eu iria fazer para agarra-la em qualquer compartimento desta casa sem que ninguém veja. Era difícil com aquela plateia toda na sala. Todos conversavam mas minha mente continuava presa naquele momento em que tivemos antes de todos se voltarem a uma reunião em "família" na sala.

Ela estava no outro sofá, assim como correu horas antes. Ela estava rindo das conversas dos nossos amigos, parecia confortável. Mas meus olhos não saiam do seu sorriso e daqueles cabelos longos escuros preso a uma fita de cetim branca. Ela estava lindo como sempre.

— Neymar você está babando pela minha irmã? — sussurrou no meu ouvido e eu automaticamente virei meu rosto em sua direção.

Dei um sorriso como resposta e ela piscou para mim. Fazendo em entender aquilo como "confia em mim".

— O Neymar! — alguém daquela roda me chamou. Reconheci a voz da loira que segurava o telefone em uma das mãos.

Carol estava com um sorriso sacana no rosto.

— Para com isso! Que isso me deixa assustado. — reclamei franzindo a testa.

Eles riram. O que não foi engraçado para mim no momento.

— É a Carol da medo as vezes. — concordou Antony com um sorriso nos lábios. — Nada com que você não seja acostumado.

Balancei a cabeça, negativamente.

— Você que pensa.

Eles continuaram a rir e ri junto.

— Queria pedi a você para ir lá no quarto pegar um negócio que deixei em cima do guarda a roupa para você.

Aquilo estava estranho demais. Não me cheirava bem.

— Calma! Que se fosse para te matar, eu teria matado a anos atrás. — rebateu rindo.

Me levantei para caminhar em direção ao quarto mas olhei novamente para cada um, para esperar um olhar suspeito por apenas alguns minutos.

— Eu costumo ficar calado mas se eu fosse você, iria abrir aquele envelope. — Antony deu outra pista e eu senti minha curiosidade sendo mais forte do que qualquer senso de cuidado.

Corri meus olhos pelo restante dos amigos, até parar sobre ela que estava com as sombrancelha erguidas e me olhando com um olhar tão intenso que parecia que lia até a minha alma. Milenna estava séria, com os olhos focados em mim.

— Eu fiz alguma coisa? — perguntei desviando meus olhos para meu amigo.

Ele negou.

— Só digo que se apresse para ver.

Concordei e caminhei lentamente até o quarto principal do apartamento. Naquele quarto não havia nada que poderia chamar de bagunçado, estava bem mais arrumando do quê as últimas vezes que pisei aqui.

Em cima do guarda roupa? Ou dentro?

Abrir a porta do guarda roupa e me deparei com algumas roupas penduradas no cabide, roupas com o cheiro dela. Dela. Poderia dizer que eu tinha errado de quarto ou certificar de que não me informaram qual dos três quartos era para eu ter entrado.

Toda sua | Neymar JrOnde histórias criam vida. Descubra agora