Amor chegava para todos, só que alguns precisavam aprender como é realmente o amor. Pessoas ensinavam umas a outras. Neymar passaria por essa lição. Ele queria casar e ter outro filho. Mas principalmente amar somente uma pessoa.
Dois dias haviam se passado desde do último encontro com Neymar e sua família. Agora estava eu e minha irmã se preparando para alguma coisa semelhante a festa, só não imaginava o porque e a razão daquilo. Havíamos andando aquelas ruas de Doha por algumas vezes mas nada parecido com hoje. Nada parecido com os lugares seguintes que conhecíamos.
Segurei o anti braço da minha irmã antes que ela desse mais um passo e respirei fundo. Assimilando aquela volta toda por aquela cidade. Ela me olhou quando a toquei e franziu o cenho tentando entender a interrupção. Busquei ar novamente antes de explicar qualquer coisa ou responder a uma pergunta pegajosa.
— Antes que fale alguma coisa, peço que deixe eu parar um pouco. — pedi.
Ela mostrou os dentes, se divertindo com a situação.
— Você já cansou? Não acredito. — ela pegou no meu ombro e fez uma massagem e me olhou nos olhos.
Durante o caminho — minutos atrás — conversamos sobre as novidades de sua vida amorosa, as fofocas de Carol com o seu marido. Mas nada que envolvesse Neymar e eu e acredito que ela se mordia por dentro para perguntar mas não fez menção nenhuma. Nem ela e nenhum dos nossos amigos. Pareciam trabalhar em silêncio e isso me assustava mais.
— Estou procurando um presente para Antony e não encontrei nada legal para o meu marretinho. — piscou algumas vezes — Estou um pouco desesperada.
Sorrir. Meu coração aqueceu.
— Estou vendo. Mas eu não tenho culpa. Você já me castigou demais e pode descontar na conta do controle da tv. — rimos.
Sempre fomos unidas? Não, afinal somos irmãs. Gostamos de se implicar mais do que o ar que respiramos. Nada adjacente.
— Desculpa mas você mereceu por todas vezes que roubou o controle remoto só porque era a mais nova. — passou a mão no meu cabelo e riu.
— Deixa de ser rancorosa, sua rancorosa.
Ela me puxou para voltar a me mexer novamente e caminhar em direção de alguns locais.
— Calada. — protestou e eu respirei fundo.
Além dessa nova jornada — em busca de um presente — que estava iminente que não iria escapar. Coloquei a concentração nas ruas, que não era muito movimentada. E então voltei a pensar na noite em que Neymar estava ao meu lado na mesa. E discretamente passava seus pés sobre os meus debaixo da mesa.
Aquele momento foi de tensão, de medo impressionante. O que não era ruim no momento, era bom de sentir adrenalina do perigo. Durante o jantar conversamos sobre de tudo um pouco. Após jogamos, que particularmente foi a melhor parte da noite. Carol apareceu e se assentou conosco na roda com o seu pedaço de torta e elogiou por diversas vezes.
— Vamos de duplas!? — perguntou Neymar se achegando ao meu lado.
Colocando por sobre o chão os dados e algumas cartas. O que era me estranho pois havíamos combinado UNO.
— Eu e a mamãe! — Davi continuou entusiasmado.
Carol concordou e abraçou o garotinho dos cabelos loiros.
— Eu e Antony — Melissa sorriu — Você e Neymar.
Quando voltei meus olhos para o moreno de cabelos escuros que sorriu de volta. O coração galopou.
— Não aceito menos que ganhar! — cruzei os braços e ele semicerrou os olhos.
— Coopere então. — pediu enquanto jogava as cartas — Então vamos as regras do jogo.
A buzina do carro me acordou do transe que estava e pisquei algumas vezes, me recompondo. E minha irmã falava algo durante o caminho mas sua voz se tornou tão distante que foi difícil prestar atenção.
— O que acha? — perguntou e nesse momento eu poderia responder um "sim" ou "não", porém não sabia e nem imaginava qual era a pergunta.
— Que tal irmos tomar uma limonada. — pedi e ela franziu o cenho.
— Mas foi isso que eu propus e você disse não. — Ela cruzou os braços.
Então eu havia respondido e nem me dei conta.
— Agora eu quero. — sorri — Posso mudar de ideia, não é mesmo?
Me encarou e mostrou a língua.
— Então te pago a limonada e você me conta o que aconteceu naquela cozinha na casa da Carol. — sorriu maliciosa e eu engasguei com a própria saliva.
Isso me fez culpada.
— Absurdo. — Rebati em meio as tosse.
Ela gargalhou.
— Te conto sobre a DJ que o Antony se envolveu. — sussurrou e eu arregalei os olhos.
— Uma DJ? — perguntei e ela concordou. — Esse Antony apronta demais...
— Não com a mamãe aqui. Domei a muito tempo. — falou e eu rir.
— Para! Que você é molenga. — rebati e ela revirou os olhos.
Extra
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