Love Story

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SUNAGAKURE — CAPITAL.

AKASUNA SAKURA:

Deixo minha mão deslizar da página do livro de leis, para a mesa e então para meu peito. Levanto o olhar para Sasori e pisco.

Ele está sorrindo... Como se tivesse acabado de contar um trocadilho engraçado. Como ele pode estar sorrindo, como pode estar tranquilo e tão... Em paz, com o que acabou de me dizer.

— Sasori... Você entende o que acabou de me dizer? — Minha voz soa grave, ao mesmo tempo em que sai em apenas um fio.

— Sim. Eu entendo perfeitamente o que lhe disse e o que estou lhe propondo. — Sasori me dá as costas e observando ele indo até uma das prateleiras de livros próximos de seu quadro, do dia em que fora coroado Rei de Suna. — A guerra acabou Sakura. Acabou.

— Ainda não sabemos... Ainda há muitas reuniões, consensos, divergências e...

— Sim. Mas todos estão cansados Sakura. Akatsuki perdeu seu maior Rei, o herdeiro não suporta o peso da guerra e da morte em seus ombros. Kirigakure também perdeu seu Rei e um de seus príncipes. E por mais que insistem na questão de que deva haver um lado "vencedor" na guerra... — Sasori para de falar, suspirando e encarando sua pintura. — Se persistir com esse ideal, não terá apoio e guerreará sozinho. Iwagakure não quer mais conflitos, seu exército enfraqueceu. E Namikaze já perdeu demais... É um Reino que vem perdendo sua vantagem. Kumogakure está sem recursos. Não preciso mencionar Ootsutsuki, de longe o país com menos força entre a aliança. Konoha ficará do lado de Akatsuki e nós... Nós não queremos mais mortes em vão... Se colocarmos os pesos sob a balançam, tudo pende para o lado de cessar fogo. As forças já estão se retirando dos Reinos inimigos. Ontem mesmo, todo o porto de Iwagakure, a onde havia a marinha de Kumogakure, foi esvaziado. Acabou Sakura.

— E-Eu... — Engulo em seco. — Sasori... Nós nos separarmos em meio ao acordo de paz entre os Reinos.

— Somos aliados de Namikaze, Sakura, não um Reino colônia. Não começamos essa guerra, mas estamos tendo a oportunidade de pará-la e com isso, a oportunidade de conseguir a nossa própria paz, não apenas a de nosso povo. — Sasori se vira para me encarar, o sorriso continua ali.

Enquanto eu continuo estática, apenas olhando-o como se estivesse perdida nos desertos do Norte do Reino. Meu peito está acelerado, eufórico até e eu não consigo classificar exatamente o porquê... Uma fagulha de esperança.

— Sasori... O que está propondo é...

— Um pedido de liberdade. Sim. — Meu marido se afasta de sua pintura e volta ao meu lado, olhando de mim para o livro de leis. — Eu a amo Sakura. E sei que você me ama. Mas o nosso amor não é o de um marido e mulher. O de um Rei e Rainha. Você me deu o maior presente que a vida poderia me dar, meu filho. Khater é tudo para mim. O ar que respiro, meu coração fora de meu corpo. Como eu poderia manter a mãe dele, a passos da verdadeira felicidade, sem poder alcançá-la?

— Eu sou feliz com você. — Toco seu ombro. — Eu sou extremamente feliz com você Sasori, com sua família. Eu o amo. Amo Suna e amo ser sua Rainha. A Rainha deles. — Sinto meus olhos arderem, eu não quero chorar... Não agora. — Este lugar se tornou meu refugio, meu lar, o lar de meu filho... Nunca poderei esquecer e ser grata o suficiente pelo o que Suna e você fizeram por mim.

— Tão pouco eu. Sakura, o povo lhe ama. E com razão. — As mãos de Sasori vão para meu rosto, alisando minhas bochechas em um toque suave. — E é por isso que você merece ser feliz. Você é uma mulher incrível. Não poderia escolher uma Rainha melhor. E... Konoha é merecedora de uma Rainha que põe o povo acima de sua própria felicidade.

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