dez

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Morato

Este capítulo contém cenas explícitas. 

Sim, sempre fui muito inconsequente, muito no mundo das drogas e da lua. Mas olha, minha infância foi bem conturbada. Meus pais viviam brigando e se separaram quando eu tinha dez anos, vivia em dois lares diferentes toda semana até minha mãe ficar com a minha guarda. 

Meu pai era um policial, bem corrupto por sinal e não ligava muito pra mim, só queria minha guarda para não ter que pagar pensão. Já minha mãe era enfermeira e nunca tinha estado muito tempo em casa. Conclusão: cresci praticamente sozinho, me virando nos trinta. 

As vezes me mostro como uma muralha para os meus amigos, como aquele cara que só quer bebida, drogas e pessoas pra levar pra cama, mas só faço isso porque não quero que eles vejam o meu lado machucado. Só o Ale sabe dele, porque eu fui idiota o suficiente pra falar quando estava bêbado. 

- Dara. Por que a Hito tá com tanta conversinha pro Guizo? - questiono apoiando os braços no balcão. 

- Ah. Eles transaram ontem. 

ale :)

não queria que soubesse assim
mas hito dormiu com o guizo 

QUE? 
POR ISO QUE ELES TAO JUTNOD?

ale, calma
esconde o ciúmes que você já fechou a cara

ciúmes? eu? como assim?

que gay alexandre
vai achar alguém, pq eu já achei um pra mim 

OI?
conta

ruivinho na sua direita 
vou lá na dele 

depois eu que sou gay

vai se fuder

A

gora o papo dos dois faz sentido. Hito nunca foi de se abrir tão fácil assim, estranho ter virado tão rápido essa chave pro Guizo em menos de vinte quatro horas. Mas não me importa, aquele ruivo me aguarda. 

- Opa. Cabelo bonito. - digo sentando ao seu lado no balcão. 

- Valeu. O seu também. Calisto. - diz esticando a mão. 

- Morato. Mas se quiser, pode me chamar de amor, porque sei que vou ser o amor da sua vida. - pisco. 

- Sempre tão convencido assim? 

- Convencido não, eu sei o que quero e vou atrás. Mas me fala, pra gente se beijar falta uma atitude minha ou uma risadinha sua? 

- Ah, não falta nada. - sussurra me puxando pela nuca e colando nossos lábios. 

C a r a l h o . 

Em uma fração de segundos nossas bocas entram em sintonia completa e sua língua dança desesperadamente por dentro de meus lábios. Minhas mãos apertam sua cintura e puxam o cabelo de sua nuca de leve. Já as mãos de Calisto, entram em minha camiseta e suas unhas arranham meu abdômen. Seu corpo gruda ao meu, viramos só um nesse momento, mais nada importa.  

- Ah. Parece que alguém ficou animado né, Calistão. - digo sentindo o volume de seu jeans na minha coxa. - Banheiro. Agora. 

Abafada pelas paredes do ambiente, Call out My Name do The Weeknd toca. Nunca amei tanto essa música como agora. 

Tranco a porta atrás de mim e pressiono Calisto contra a parede, beijo seu pescoço e acaricio seu abdômen por fora da camiseta. Em questão de segundos, lá está ele, com o tronco exposto e somente uma cueca boxer de distância do meu sonho.

Ele me olha desesperado, implorando para que eu lhe chupe e acabe com o tesão. Mas é muito mais divertido beijar suas coxas, puxar o elástico de sua cueca e deixar o mesmo rebater contra seu corpo sensível, ver seus olhos implorando. 

- Por favor, Morato. Me chupa logo caralho. - suplica em sussurro. 

- Seu pedido é uma ordem, meu bem. - afirmo abaixando o resto de roupa que restava em seu corpo. 

Seu membro completamente exposto e duro na minha frente. Como eu vim parar aqui tão rápido? Nem lembro mas ter esse pau na minha boca, faz todo sentido. Faço movimentos de vai e vem com a cabeça, aproveitando cada centímetro de sua extensão e tudo fica melhor ao ouvir os gemidos baixos do garoto. 

Porra . É tudo que eu tenho em minha boca e rosto após esses ótimos momentos. 

- Caralho. - sussurra com a voz trêmula. 

- Me passa seu número. Quem sabe não podemos fazer mais do que isso. - sorrio maliciosamente lambendo o resto de gozo que existia em meu queixo. 



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Daaaaaaaaaaaaante, aqui o Calisto meu bem 😼

me ame, xanzo (rpg do cellbit)Onde histórias criam vida. Descubra agora